Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

IMPACTO DA CRONICIDADE DA MASTITE SUBCLÍNICA NA CHANCE DE CURA DURANTE O PERÍODO SECO DE VACAS LEITEIRAS

WILLIAM MAROTA BARBOSA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-212202

Resumo

A mastite é o fator mais importante para o aumento da contagem de células somáticas (CCS) no leite das vacas; este aumento causa inúmeros prejuízos aos produtores e às indústrias de laticínios. Diversos estudos medindo taxas de cura de mastite subclínica durante a secagem vêm sendo realizados há várias décadas com diferentes resultados em função do tipo de patógeno envolvido na infecção, da idade e imunidade da vaca, duração do período seco e dos protocolos de medicamentos utilizados na terapia de vaca seca. Poucos estudos no Brasil consideram o tempo de infecção e o nível da CCS antes da secagem pela dificuldade em acessar ou controlar esta informação. O objetivo deste estudo foi determinar a associação entre a ocorrência de mastite subclínica crônica (MSC) em vacas leiteiras antes da secagem, os valores de contagem de células somáticas (CCS) neste período e o risco de mastite subclínica (MS) no primeiro teste da próxima lactação. Foram avaliadas 2.455 lactações de 2.064 vacas em 14 fazendas que incluíram 9.820 exames. As lactações foram agrupadas em quatro categorias com base no status da mastite subclínica em cada um dos três meses antes da secagem utilizando um limiar de 200.000 células / ml. Cada lactação também foi classificada e agrupada pela média geométrica da CCS dos últimos três meses em cinco categorias. A variável resposta binária foi baseada na primeira CCS após o parto foi agrupada como Sadia ou Subclínica. Foram criados três modelos de regressão logística mista onde foram incluídas também as variáveis explicativas ordem de parto, duração do período seco, estação de parto e estação de secagem. A avaliação do conjunto de dados (modelo1) mostrou que 850 (34,5%) das lactações retornaram com mastite subclínica na próxima lactação, independentemente de como secaram. Houve grande variação entre as propriedades com exceção da duração do período seco, os demais fatores influenciaram o resultado da CCS no pós-parto. A taxa de novos casos (Modelo2) foi de 20,9% (152/729) e foi mais influenciada por ordem de lactação, onde vacas de cinco ou mais lactação tiveram oito vezes mais chance de novo caso em relação às vacas de segunda lactação (OR=8,25-IC95% 3,29-21,75). A estação da secagem não influenciou os novos casos. A taxa de cura durante o período seco foi de 59,6% (1.028/1.726) e variou de 20,0 a 83,3% entre as propriedades. Vacas que secaram com média geométrica da CCS abaixo de 200 mil células/ml nos últimos três meses de lactação tiveram seis vezes mais chance de cura em relação às vacas que secaram com média geométrica acima de 1.600 mil (OR=6,41-IC95% 3,17-13,15). Os resultados indicaram que a avaliação sistemática da avaliação do CCS ao final da lactação pode ajudar os produtores e consultores a tomar decisões para prevenir a mastite crônica e também estabelecer recomendações de manejo de vacas crônicas com alta CCS na secagem, o descarte desses animais deve ser considerado
The aim of this study was to determine the association between the occurrence of chronic subclinical mastitis (CSM) in dairy cows before drying, the somatic cell count (SCC) values in this period and the risk of subclinical mastitis (SCM) in the first tests next lactation. 2,455 lactations from 2,064 cows were evaluated in 14 farms that included 9,820 tests. Lactations were grouped into four categories based on MS status for each of the three months prior to drying using a threshold of 200,000 cells / ml, and were also grouped by the geometric mean SCC of the past three months into five categories. The binary response variable was based on the first SCC after delivery and was grouped as healthy or subclinical. Three mixed logistic regression models were created and also included the explanatory variables order of delivery, duration of dry season, delivery season and drying season. Data set evaluation (model1) showed that 850 (34.5%) of lactations returned with subclinical mastitis in the next lactation, regardless of how they dried. There was a wide variation between the properties and all factors influenced the postpartum SCC result, except dry period duration. The rate of new cases (Model2) was 20.9% (152/729) and was more influenced by order of lactation, where cows of five or more lactation were eight times more likely to have a new case than second-lactation cows. (OR = 8.25-95% CI 3.29-21.75). The drying season did not influence the new cases. The cure rate during the dry period was 59.6% (1,028 / 1,726) and ranged from 20.0 to 83.3% between properties. Cows that dried with geometric mean SCC below 200,000 cells / ml in the last three months of lactation were six times more likely to cure than cows that dried with geometric mean above 1,600 (OR = 6.41-95% CI). 3.17-13,15). The results indicated that systematic evaluation of the end-lactation SCC assessment can help producers and consultants to make decisions to prevent chronic mastitis and also to establish recommendations for management of high-drying chronic SCC cows. considered.
Biblioteca responsável: BR68.1