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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-212263

Resumo

Foram realizados três experimentos, independentes entre si, com vistas a estudar temas associados à eficiência reprodutiva de caprinos e bovinos. Foram objetivos, respectivamente: 1) estudar o efeito da oferta de uma dieta em nível de manutenção, em comparação com a ingestão ad libitum, sobre o comportamento sexual e a qualidade seminal do sêmen criopreservado de machos caprinos; 2) comparar a qualidade seminal do primeiro e do segundo ejaculados de machos caprinos do sêmen fresco e criopreservado; e, 3) a adição do homeopático Arnica montana 6 CH ao meio de maturação de oócitos bovinos submetidos ou não ao estresse térmico. No primeiro experimento, foi fornecida uma mesma dieta padrão em manutenção (n = 5) e ad libitum (n = 5) a dez bodes jovens da raça Alpina. Foram avaliados parâmetros nutricionais, fisiológicos, biométricos, histológicos e espermáticos pós-descongelação. Nesse estudo, o fornecimento da dieta em manutenção resultou em menor (p <0,05) escore corporal, volume espermático e circunferência testicular e aumento (p < 0,05) do número de defeitos espermáticos menores e totais. Entretanto, não houve diferença entre os tratamentos (p > 0,05) quanto à síntese de testosterona, comportamento sexual, marcadores de estresse oxidativo no testículo, turbilhonamento, motilidade, vigor, concentração espermática, integridade funcional da membrana plásmática, termorresistência, integridade das membranas plasmática e acrossomal, presença de espécies reativas de oxigênio (ERO) e peroxidação lipídica da membrana plasmática. Portanto, o fornecimento da dieta em manutenção não compromete a capacidade reprodutiva de caprinos jovens, podendo, ainda, reduzir custos de produção. No segundo experimento, foram comparadas as qualidades seminais do primeiro e segundo ejaculados frescos e congelados de machos caprinos jovens por citometria de fluxo. O primeiro ejaculado apresentou maior porcentagem (p < 0,05) de defeitos menores e totais no sêmen fresco e pósdescongelação. Entretanto, os tratamentos não diferiram (p > 0,05) quanto à cor, aspecto, volume, turbilhonamento, motilidade, vigor, concentração espermática, termoresistência, reatividade no meio hiposmótico, integridade das membranas plasmática e acrossomal, presença de ERO e peroxidação lipídica da membrana plasmática. Entretanto, apesar de demonstrarem qualidade seminal similiar, os ejaculados apresentaram diferenças quantos aos fatores que comprometem a viabilidade espermática pós-congelamento. No terceiro experimento, foi avaliado o efeito da adição do homeopático Arnica montana ao meio de maturação in vitro (MIV) de oócitos bovinos submetidos ou não ao estresse por calor (EC). O experimento foi dividido em duas etapas: com ou sem EC. O controle (sem estresse) consistiu em maturação a 38,5 °C por 24 h, enquanto no EC a maturação foi procedida a 41 °C por 12 h seguidas de 12 h a 38,5 °C. Exceto pelo tratamento controle, em ambas as condições foram adicionados aos meios de MIV álcool (veículo homeopático, 30 % v/v) ou Arnica montanahomeopática 6 CH. Foram avaliados presença de ROS nos meios de MIV, configuração da cromatina dos oócitos, taxas de clivagem e formação de embriões no sétimo dia de cultivo (D7), classificação embrionária e total de células nos blastocistos. Na maturação na ausência do EC, a Arnica montana 6 CH reduziu (p < 0,05) as taxas de clivagem e blastocistos em D7 em relação aos demais tratamentos. Contudo, na presença do EC, o tratamento Arnica montana 6 CH apresentou a maior (p < 0,05) contagem de blastômeros dentre todos os tratamentos. O EC resultou em menores taxas de embriões em D7 e blastocistos expandidos que os demais tratamentos (p < 0,05). Portanto, a homeopatia apresentou resposta diferentequando aplicado ou não o estresse térmico, sendo prejudicial à maturação oocitária e ao desenvolvimento embrionário na ausência do estresse, mas benéfica na presença do EC, demonstrando, assim, potencial termoprotetor na MIV de oócitos bovinos.

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Three independent experiments were carried out to study the reproductive efficiency of goats and cattle. The objectives were, respectively: 1) to study the effect of maintenance diet versus an ad libitum intake diet, on the sexual behavior and seminal quality of bucks; 2) to compare the seminal quality of the first and second ejaculates of bucks; and, 3) the addition of homeopathic Arnica montana 6 CH to the maturation medium of bovine oocytes submitted or not to heat stress. In the first experiment, the same standard diet was given in maintenance and ad libitum dietto ten young bucks. Nutritional, physiological, biometric, histological and sperm parameters after thawing were evaluated. In this study, the maintenance diet supply resulted in a lower (p < 0.05) body score, seminal volume and testicular circumference, and an increase (p < 0.05) in the number of minor and total sperm defects. However, there was no difference between the treatments (p > 0.05) for testosterone synthesis, sexual behavior, oxidative stress markers in the testis, gross motility, sperm motility, sperm vigor, sperm concentration, reactivity to hyposmotic medium, thermoresistance, plasma and acrosomal membrane integrity, reactive oxygen species (ROS) presence and lipid peroxidation of the plasma membrane. Therefore, the maintenance diet supply does not compromise the reproductive capacity of bucks, and can also reduce production costs. The writing and formatting of this article were done according to the standards of the Animal Reproduction Science Journal, for which it will be submitted. In the second experiment, the seminal qualities of the fresh and frozen ejaculates of young bucks were compared by flow cytometry. The first ejaculate presented a higher percentage (p < 0.05) of minor and total defects in fresh and post-thawed semen. However, treatments did not differ (p > 0.05) regarding color, appearance, seminal volume, gross motility, sperm motility, sperm vigor, sperm concentration, thermoresistance, reactivity to hyposmotic medium, plasma and acrosomal membranes integrity, reactive oxygen species (ROS) presence and lipid peroxidation of the plasma membrane. However, despite showing similar seminal quality, the ejaculates presented differences by the factors that compromise the post-freezing sperm viability. The writing and formatting of this article were done according to the standards of the Animal Reproduction Journal, for which it will be submitted. The third experiment was evaluated the effect of homeopathic Arnica montana addition to maturation medium in vitro (IVM) of bovine oocytes submitted to heat stress (HS) or not. The experiment was divided into two stages: with or without HS. The control (without HS) consisted of maturation at 38.5 °C for 24 h, while the HS maturation was proceeded at 41 °C for 12 h followed by 12 h at 38.5 °C. Except for the control treatment, in both conditions the IVM medium were supplemented with alcohol (homeopathic vehicle, 30 % v/v) or homeopathic Arnica montana 6 CH. The presence of ROS in the IMV medium, oocyte chromatin configuration, the rates of cleavage and embryo formation on the seventh day of culture (D7), embryonic classification and total cells in blastocysts were evaluated. During maturation in the absence of HS, the Arnica montana 6 CH reduced (p < 0.05) the rates of cleavage and blastocysts in D7 in relation to the other treatment. However, in the presence of HS, Arnica montana6 CH presented the highest (p < 0.05) blastomere count among all treatments. The HS resulted in lower embryo rates in D7 and expanded blastocysts than the other treatment (p < 0.05). Therefore, homeopathy presented a different response whensubmitted or not to HS, being detrimental to oocyte maturation and embryonic development in the absence of stress, but beneficial in the presence of HS, demonstrating thermoprotective potential in IVM of bovine oocytes.

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