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PESCA, SELETIVIDADE E BIOECOLOGIA DO CAMARÃO-DAAMAZÔNIA Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) NA FOZ DO RIO AMAZONAS

ODAIR DE ALMEIDA MELO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-212312

Resumo

Os recursos que ainda não estão sobrexplotados são aqueles que possuem algum tipo de regulamentação, governança e controle do território. No Brasil, Macrobrachium amazonicum é a espécie de camarão nativo de água doce mais explorada e consumida pelas populações amazônicas e região semiárida do Nordeste Brasileiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura populacional, rentabilidade, produtividade e seletividade da pesca de camarões com diferentes espaçamentos entre talas. A área de estudo foi o estuário do rio Amazonas, Ilha de Santana, Amapá, Brasil. As coletas foram realizadas com armadilhas denominadas de matapi, (aparelho de pesca). Para obter os dados foram colocadas três armadilhas com espaçamento entre talas de diferentes tamanhos. Cada armadilha foi coberta com uma rede do tipo mosqueteira, denominada de sobrematapi. Foram registrados o comprimento da carapaça em centímetros e o peso individual em gramas. Os comprimentos da carapaça foram agrupados em classes de 0,25 cm para o cálculo das frequências entre os espaçamentos. Os camarões foram categorizados em três classes de tamanho de acordo com o que se registra na comercialização do produto: pequenos, médios e grandes. A estrutura populacional foi baseada nas análises de comprimento da carapaça, comparando por sexo e mês de coleta, determinando as relações entre comprimento da carapaça e peso entre sexos e meses e o fator de condição para ambos os sexos. A seletividade foi determinada através das curvas de seletividade para os diferentes espaçamentos. Do total de 19.967 camarões coletados 14.116 foram fêmeas, 5.806 machos e 45 de sexo indeterminado. As fêmeas variaram de 0,5 a 2,7 cm de comprimento da carapaça com uma média de 1,24±0,47 cm e peso variando de 0,10 a 13,49 g com uma média de 2,09±2,41 g. Para os machos a variação de comprimento da carapaça foi de 0,5 a 3,3 cm com média de 1,50±0,46 cm, enquanto a variação de peso foi de 0,21 a 18,83 g com média de 3,19±2,71 g. No geral, os machos foram maiores que as fêmeas, quando comparados por mês, o mês de fevereiro de 2019 apresentou a maior média seguido pelo mês de julho e novembro de 2018 e o mês com a menor média foi o mês de abril 2019. Os machos foram sempre maiores que as fêmeas durante sete meses (março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro). A proporção entre os sexos foi muito diferente, sendo 2,43:1 (2,43 fêmeas para 1 macho). A proporção sexual foi diferente entre os meses, sendo as fêmeas sempre mais abundantes que machos, exceto nos meses de dezembro e janeiro em que as proporções foram iguais. Quando analisamos os valores de b tanto para machos quanto para as fêmeas, foi observado que os valores diferem de 3, portanto os valores para ambos os sexos são menores que 3, indicando crescimento alométrico negativo em todos os meses. O fator de condição para os machos e fêmeas diferiu de 1, quando comparados entre os sexos, também houve significância. Em todos os meses estudados não houve diferença entre os sexos, exceto no mês de maio. As armadilhas que apresentaram espaçamentos abaixo de 7 mm, atualmente utilizados pelos ribeirinhos e pescadores artesanais (geralmente 5 mm), podem ser considerados sem manejo, à medida que permitem a captura de indivíduos de pequeno porte, pois mais de 50% foram capturados entre os espaçamentos de 1 a 5 mm. Apesar dos espaçamentos de 8 a 10 mm terem capturados menores quantidades de camarões, o mesmo possibilita captura de camarões de maior porte e similar rendimento em biomassa, por isso, pode ser considerado mais viável em termos ecológicos e econômicos. Assim, para que seja minimizada a captura de camarões jovens, sem por outro lado afetar drasticamente o rendimento econômico das capturas e a estrutura populacional, sugere-se o ajustamento da distância entre talas das armadilhas a partir de 6 mm. Recomenda-se ainda, que esta medida seja estabelecida em uma portaria regulatória.
Resources that are not yet overfished are those that have some form of regulation, governance and control of the territory. In Brazil, Macrobrachium amazonicum is the most explored native species of freshwater shrimp consumed by the Amazonian populations and semi-arid region of the Brazilian Northeast. The aim of this work was to evaluate the population structure, profitability, productivity and selectivity of shrimp fishing with different spacing between splints of matapi. The present study was developed in the Amazon River estuary, Santana Island, Amapá, Brazil. The collections were performed with traps called matapi. Three traps with spacing between splints of different sizes were placed. Each trap was covered with a musketeer net called overmatapi. Were recorded carapace length in centimeters and individual weight in grams. The carapace lengths were grouped into 0.25 cm classes to calculate the frequencies between the spacings. Shrimps were categorized into three size classes according to that is registered in the product commercialization: small, medium and large. The population structure was based on carapace length analyzes, comparing by sex and month of collection, determining the relationships between carapace length and weight between sexes and months and the condition factor for both sexes. Selectivity was determined by the selectivity curves for the different spacings. From a total of 19.967 shrimp collected, 14.116 were females, 5.806 males and 45 of undetermined sex. Females ranged from 0.5 to 2.7 cm in carapace length with an average of 1.24 ± 0.47 cm and weight ranging from 0.10 to 13.49 g with an average of 2.09 ± 2, 41 g. For males the carapace length variation was 0.5 to 3.3 cm with a mean of 1.50 ± 0.46 cm, while the weight variation was 0.21 to 18.83 g with a mean of 3 19 ± 2.71 g. In general, males were larger than females when compared by month, February 2019 had the highest average followed by July and November 2018 and the month with the lowest average was April 2019. Males were always larger than females for seven months (March, April, May, June, July, August, September). The sex ratio was very different, being 2.43: 1 (2.43 females for 1 male). Sex ratio was different between months, with females always more abundant than males except in December and January when the proportions were equal. When we analyzed b values for both males and females, it was observed that the values differ from 3, so values for both sexes are less than 3, indicating negative allometric growth in all months. The condition factor for males and females differed from 1, when compared between sexes, there was also significance. In all months studied there was no difference between genres, except in the month of May. Traps with spacing below 7 mm, currently used by riverine and artisanal fishers (usually 5 mm), can be considered predatory as they allow the capture of small individuals, as more than 50% were caught between the spacings. from 1 to 5 mm. Although the 8 to 10 mm spacings have captured smaller quantities of shrimp, it allows larger shrimp to be harvested and a similar biomass yield, so it can be considered more economically and economically viable. Therefore, in order to minimize the capture of young prawns without drastically affecting the economic yield of the catch and the population structure, it is suggested to adjust the distance between traps splints from 6 mm. It is also recommended that this measure be established in a regulatory order.
Biblioteca responsável: BR68.1