Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

Aditivos fitogênicos na alimentação de frangos de corte e poedeiras comerciais

HUMBERTO MARQUES LIPORI.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-212442

Resumo

Foram realizados três experimentos para avaliar a adição de fitogênicos (erva-mate, folhas de chá verde, hibisco e estévia) na alimentação de frangos de corte, na fase de 1 a 21 dias (Experimento I) e de 21 a 42 dias (Experimento II), e poedeiras comerciais (Experimento III). No experimento I, foi avaliado o desempenho, perfil bioquímico sérico, morfometria intestinal, peso relativo dos órgãos e sistema imune, na fase de 1 a 21 dias de idade. Foram utilizados 700 frangos de corte Cobb® machos (1 dia de idade), distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos: Controle (isenta de aditivo); Erva-mate 0,5%; Chá verde 0,5%; Hibisco 0,5% e Estévia 0,5%, com sete repetições e 20 aves por unidade experimental. A suplementação dos fitogênicos, não influenciaram (P>0,05) o ganho de peso e consumo de ração. Entretanto, a erva-mate apresentou melhor conversão alimentar (P<0,05) em relação ao tratamento controle. Não foi observado efeito (P>0,05) com a suplementação dos fitogênicos sobre o perfil bioquímico sérico, peso relativo dos órgãos do trato gastrointestinal e linfoides, e comprimento do intestino. A suplementação de erva-mate apresentou maior relação vilo:cripta no jejuno (P<0,05), quando comparado ao tratamento controle. Para a reposta imune celular, mediada pela fitohemaglutinina, houve interação (P<0,05) entre os fitogênicos e tempo de reação. No tempo de 24 horas pós-inoculação, a suplementação de erva-mate, chá verde e hibisco apresentaram (P<0,05) menor reação inflamatória em comparação ao tratamento controle e a estévia. E no período de 48 horas, mantiveram a mesma relação, com menores valores de reação inflamatória com a suplementação de erva-mate, chá verde e hibisco. Os fitogênicos proporcionaram menor (P<0,05) número de heterófilos e menor relação H/L em relação ao tratamento controle. Com a suplementação de chá verde e hibisco, houve maior (P<0,05) título de anticorpos em relação ao controle, não diferindo da erva-mate e estévia. Em conclusão, o uso dos fitogênicos como aditivos, ao nível de 0,5%, na alimentação de frangos de corte durante a fase de 1 a 21 dias de idade podem melhorar a morfometria intestinal, podendo diminuir conversão alimentar. Do mesmo modo, a erva-mate, chá verde, hibisco e a estévia, podem reduzir o estresse das aves por seus conhecidos efeitos anti-inflamatórios, como mostrou a redução na relação H/L. Além disso, o chá verde e o hibisco podem ser aditivos importantes para melhorar o sistema imune humoral. No experimento II, foi avaliado o desempenho, perfil bioquímico sérico, peso dos órgãos, qualidade e oxidação lipídica da carne, na fase de 21 a 42 dias de idade. Foram utilizados 1134 frangos de corte Cobb® machos, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x2+1 (fitogênicos x níveis + controle) totalizando 9 tratamentos, com sete repetições e 18 aves por unidade experimental. Os níveis avaliados dos fitogênicos foram de 0,5 e 1,0% de suplementação. Não houve interação (P<0.05) entre os aditivos e os níveis dos fitogênicos, para os parâmetros avaliados, com exceção para a porcentagem de gordura abdominal. Ao aumentar o nível de suplementação do chá verde para 1,0% houve menor porcentagem de gordura abdominal (P<0.05) e avaliando os aditivos ao nível de suplementação de 1,0%, houve menor valor para o chá verde comparado com a estévia. A suplementação de chá verde diminuiu (P<0.05) o consumo de ração e o ganho de peso das aves, comparado com a erva-mate e a estévia, todavia não diferiu do hibisco. Entretanto, não foi observado diferença para conversão alimentar. Não foi observado efeito dos aditivos fitogênicos sobre o perfil bioquímico sérico, peso relativo dos órgãos do trato gastrointestinal e comprimento do intestino. Contudo, foi observado maior CRA com a suplementação de erva-mate e chá verde, e maior valor com a suplementação dos aditivos ao nível de 1,0%. Para os valores de malonaldeído, a suplementação de erva-mate e chá verde ao nível de 1,0% diminuiu os valores em relação ao tratamento controle. Em conclusão, a suplementação de 1,0% de erva-mate, chá verde e hibisco nas dietas de frangos de corte durante a fase final, pode diminuir o consumo de ração e ganho de peso, embora não alteram a conversão alimentar. Todavia, a suplementação de erva-mate e chá verde melhoram a qualidade da carne e ao nível de 1,0% de suplementação reduz a oxidação lipídica da carne. No experimento III, foi avaliado o desempenho produtivo, perfil bioquímico sérico, qualidade dos ovos e oxidação lipídica do ovo. Foram utilizadas 320 poedeiras comerciais (33 semanas de idade), Hy-Line W36, distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado, divididos em cinco tratamentos: Controle (isenta de aditivo); Erva-mate 0,5%; Chá verde 0,5%; Hibisco 0,5% e Estévia 0,5%, com oito repetições e oito aves por unidade experimental. O desempenho produtivo foi avaliado durante 4 ciclos de 21 dias cada, e a qualidade dos ovos foi avaliada nos quatro últimos dias de cada ciclo. A suplementação dos fitogênicos nas dietas não alteraram (P>0,05) o desempenho produtivo, perfil bioquímico sérico, peso do ovo, espessura de casca e Unidade Haugh. Porém, observou-se menor (P<0,05) porcentagem de casca dos ovos das aves que receberam suplementação de chá verde, quando comparado com o tratamento controle e a estévia. A oxidação lipídica dos ovos foi realizada sob um esquema fatorial 5 x 6 x 2 (5 tratamentos x 6 períodos de armazenamento x 2 ambientes). Houve interação (P<0,05) entre tratamentos e períodos de armazenamento, para os valores de malonaldeído, avaliado pelo método de TBARS, nas gemas, apresentando menores valores para os tratamentos suplementados com erva-mate, chá verde e hibisco comparados com o controle, nos dias 0, 5 e 10 de armazenamento, independente do ambiente de armazenamento. Em conclusão, a adição dos fitogênicos em pó na alimentação de poedeiras comerciais ao nível de 0,5% ou 5 g/kg de dieta, não alteraram os parâmetros de desempenho. No entanto, a suplementação de erva-mate, chá verde e hibisco nas dietas das aves, podem diminuir a oxidação lipídica do ovo.
Three experiments were carried out to evaluate the phytogenic plants (yerba-mate, green tea, hibiscus and stevia) addition to broiler chickens from 1 to 21 days (Experiment I) and from 21 to 42 days (Experiment II), and laying hens (Experiment III). In the experiment I, the growth performance, serum biochemical profile, relative organ weight, intestinal morphometry and immune system were evaluated in the phase of 1 to 21 days of age. A total of 700 broilers Cobb® male (1 day old), distributed in a completely randomized design with five treatments: control (free of additive); Yerba-mate 0.5%; Green tea 0.5%; Hibiscus 0.5% and Stevia 0.5%, with seven replicates and 20 birds per experimental unit. The phytogenic supplementation did not influence (P>0.05) the weight gain and feed intake. However, the yerba-mate had better feed conversion (P <0.05) than control treatment. No effect (P>0.05) was observed with a phytogenic supplementation on serum biochemical profile, relative gastrointestinal tract organs weight and lymphoid, and small intestine. The yerba-mate supplementation presented higher villus:crypt ratio in the jejunum (P<0.05) when compared to control treatment. For cellular immune response, mediated by phytohemagglutinin, there was interaction (P<0.05) between phytogenics and reaction time. In the 24-hour post-inoculation period, the yerba mate, green tea and hibiscus supplementation presented a lower (P<0.05) inflammatory reaction compared to control and stevia treatments. And in the period of 48 hours, they maintained the same relation, with lower values of inflammatory reaction with yerba mate, green tea and hibiscus supplementation. Phytogenics provided lower (P<0.05) heterophiles number and lower H/L ratio when compared to control treatment. With green tea and hibiscus supplementation there was higher (P<0.05) titer antibodies in relation to the control, not differing from yerba-mate and stevia. In conclusion, the use of phytogenic feed additives at the 0.5% level in broiler chickens feeding during the 1 to 21 days period may improve intestinal morphometry and reduce feed conversion. The phytogenic may reduce the stress of birds by their known anti-inflammatory effects, as shown by the reduction in H / L ratio. In addition, green tea and hibiscus may be important additives to improve the humoral immune system. In the experiment II, the growth performance, serum biochemical profile, organ weight, quality and lipid oxidation of the meat were evaluated in the phase of 21 to 42 days of age. 1134 male Cobb® broiler chickens were distributed in a completely randomized design in a factorial scheme 4x2+1 (phytogenic x levels + control), totaling 9 treatments, with seven replicates and 18 birds per experimental unit. The evaluated phytogenic levels were 0.5 and 1.0% of supplementation. There was no interaction (P<0.05) between additives and phytogenic levels, for the evaluated parameters, except for abdominal fat percentage. Increasing the green tea level supplementation to 1.0% resulted in a lower abdominal fat percentage (P<0.05) and for the additive at the 1% supplementation level there was a lower value for green tea compared to the stevia. Green tea supplementation decreased (P<0.05) feed intake and weight gain of the birds compared to yerba mate and stevia, without differing from hibiscus. However, no difference was observed for feed conversion. No effect of the phytogenic additives was observed on serum biochemical profile, relative gastrointestinal tract organs weight and intestine length. However, higher CRA was observed with green tea and hibiscus supplementation, and higher value with the additives supplementation at the 1.0% level. For malonaldehyde values, the yerba mate and green tea supplementation at the 1.0% level decreased the values in relation to control treatment. In conclusion, the 1.0% of yerba mate, green tea and hibiscus supplementation in diets of broiler chickens during the final phase can reduce feed intake and weight gain, although without altering feed conversion. However, yerba mate and green tea supplementation improves meat quality and at the 1.0% supplementation level reduces meat lipid oxidation. In the experiment III, productive performance, serum biochemical profile, egg quality and lipid oxidation were evaluated. A total of 320 laying hens (33 weeks old), Hy-Line W36, distributed in a completely randomized design, were divided in five treatments: control; yerba-mate 0.5%; green tea 0.5%; hibiscus 0.5% and stevia 0.5%, with eight replicates and eight birds per experimental unit. The productive performance was evaluated during 4 cycles of 21 days each, and egg quality was evaluated in the last four days of each cycle. Dietary supplementation in the diets did not change (P>0.05) the productive performance, serum biochemical profile, egg weight, eggshell thickness and Haugh Unit. However, it was observed a lower (P<0.05) eggshell percentage in birds that received green tea supplementation when compared to control and stevia treatments. The eggs lipid oxidation was carried out under a 5 x 6 x 2 factorial scheme (5 treatments x 6 storage periods x 2 environments). There was interaction (P<0.05) between treatments and storage periods, for malonaldehyde values, evaluated by the TBARS method, in buds, presenting lower values for treatments supplemented with yerba-mate, green tea and hibiscus compared to control, on days 0, 5 and 10 of storage, independent of the storage environment. In conclusion, the phytogenic powders addition in laying hens diet at the level of 0.5% or 5 g/kg of diet did not alter the performance parameters. Although, yerba mate, green tea and hibiscus supplementation in poultry diets may decrease egg lipid oxidation.
Biblioteca responsável: BR68.1