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Uso de óleos essenciais e doses de suplemento proteico energético, para bovinos mantidos em pastagens: consumo, digestibilidade aparente dos nutrientes, parâmetros ruminais e crescimento microbiano

MURILO GARRETT MOURA FERREIRA DOS SANTOS.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-212548

Resumo

A inclusão de óleos essenciais em suplementos concentrados de bovinos de corte recriados e terminados em pastejo pode melhorar a eficiência da fermentação ruminal, devido às suas propriedades antimicrobianas e terapêuticas. Dois experimentos foram conduzidos para investigar a inclusão de uma mistura de óleos essenciais (MOE; Crina ®) composta por Timol, Eugenol, Vanilina e Limoneno sobre o consumo de forragem e total, digestibilidade aparente dos nutrientes, parâmetros ruminais e o crescimento microbiano. Para a realização do do Experimento 1, 12 bovinos machos não castrados, da raça Nelore com 436 ± 34,14 kg de peso corporal inicial médio (PCI) foram distribuídos em três Quadrados Latinos 4 X 4. Foram avaliadas doses da MOE e os tratamentos consistuídos por: Controle (0 mg), 100 mg, 200 mg e 400 mg de MOE para cada 100 kg peso corporal (PC). Todos os animais receberam suplemento proteico-energético na dose de 0,3% do PC (matéria natural) com os respectivos tratamentos. Os animais foram alocados em um piquete de 2,2 ha de Brachiaria brizantha cv. Xaraés, sob lotação contínua. No Experimento 2, foram utilizados oito bovinos, machos não castrados da raça Nelore com 481,8 ± 28,2 kg de PCI, dispostos em 2 Quadrados Latinos 4 X 4. Foram avaliados 2 aditivos, monensina sódica (Rumensin ®) e MOE+AM (Crina ® combinado com - amilase) para bovinos na fase de terminação em pasto com dois níveis de suplementação (1% x 1,5% do PC). Os tratamentos testados foram: T1) monensina + 1% do PC; T2) monensina + 1,5% do PC; T3) MOE+AM + 1,0% do PC; T4) MOE+AM + 1,5% do PC de suplemento proteico-energético. Os animais foram alocados em um piquete de 2.2 ha de Brachiaria brizantha cv. Xaraés, sob lotação contínua. As análises estatísticas foram conduzidas com a utilização do programa estatístico SAS. No Experimento 1 a inclusão de doses da MOE na dieta não afetou (P>0,10) o consumo e a digestibilidade aparente dos nutrientes, a concentração de AGCC totais, as proporções molares de acetato, propionato, butirato, isobutirato, isovalerato, a relação acetato:propionato e a concentração de N-NH3 no fluido ruminal. Houve efeito linear positivo de doses crescentes da MOE na dieta sobre o pH ruminal e efeito quadrático na proporção molar de valerato. A inclusão de doses de MOE na dieta também não afetou (P>0,10) o N ingerido, N excretado (fezes), N absorvido e a síntese microbiana em bovinos mantidos em pastagens tropicais suplementados com suplemento proteico-energético na dose de 0,3% do PC. No Experimento 2, houve interação entre aditivo e nível de suplemento para todas as variaveis de consumo (kg e %PC) avaliadas (P<0,10). A suplementação com 1,5% do PC aumentou o CMSt, o CMO, CMSD e o CMOD dos animais suplementados com monensina, mas não nos animais suplementados com MOE+AM. Na presença de MOE+AM o nível alto de suplementação (1,5% do PC) causou redução no CMS de forragem e consequentemente no consumo de FDN. As digestibilidades da MS e da PB foram maiores nas dietas com nível de suplementação de 1,5% do PC que nas de 1% do PC (P<0,10) independente do aditivo fornecido. As digestibilidades da MS, MO, FDN e PB foram maiores nas dietas contendo monensina em comparação com MOE+AM, independentemente do nível de suplemento fornecido. A suplementação com MOE+AM resultou em menor pH ruminal, maior concentração 7 molar de AGCC e maior proporção molar de C2 que a monensina (P<0,10). A suplementação com 1,5% do PC reduziu o pH ruminal, a proporção molar de C2, e aumentou a concentração ruminal de N-NH3, a concentração molar de AGCC e a proporção molar de valerato (P<0,10). Houve interação (P<0,10) entre nível de suplemento e aditivo para a proporção molar de C3, de isobutírico, de isovalérico e para a relação C2:C3. Tanto a monensina quanto o nível alto (1,5% PC) de suplementação aumentaram a proporção molar de C3, entretanto, não houve diferença entre os tratamentos monensina + 1,0% PC e MOE+AM + 1,5% PC. A relação C2:C3 foi reduzida tanto pela monensina quanto pelo nível de suplementação de 1,5% PC, entretanto, o efeito da monensina só ocorreu em combinação com suplementação a 1,0% PC. A suplementação com MOE+AM aumentou (P<0,10) a eficiência e a produção de proteína microbiana em comparação com a monensina, enquanto o nível de suplementação não teve efeito (P>0,10) sobre esses parâmetros.
The inclusion of essential oils in supplements for growing and finishing grazing cattle can improve the efficiency of ruminal fermentation due to its antimicrobial and therapeutic properties. Two experiments were conducted to investigate the effects of of the inclusion of a mixture of essential oils (EOM; Crina®) composed of Timol, Eugenol, Vanillin and Limonene in supplements for grazing beef cattle on forage intake, total dry matter intake, apparent digestibility of nutrients, ruminal parameters and microbial growth. In Experiment 1, twelve Nellore bulls with IBW of 436 ± 34.14 kg were alloted to three 4 X 4 Latin Squares. Four doses of EOM were evaluated: Controll (0 mg), 100 mg, 200 mg e 400 mg for every 100 kg of body weight (BW). All the animals were fed an energy-protein supplement at 0.3% BW (AF). The animals grazed a 2.2 ha paddock of Brachiaria brizantha cv. Xaraés, under continuous stocking. In Experiment 2, eight Nellore bulls with IBW of 481.8 ± 28.2 kg, were allotted to two 4 x 4 Latin Squares. Two feed additives, monensin (MON; Rumensin®) and a mixture of essential oil (EOM+AM; Crina® combined with exogenous -amylase), were compared for grazing cattle fed an energy-protein supplement at 1.0 or 1.5% of BW (AF). Treatments were: MON+1%, M+1.5%, EOM+1.0% and EOM+1.5%. The animals grazed a 2.2 ha paddock of Brachiaria brizantha cv. Xaraés, under continuous stocking. Statistical analyzes were performed using the SAS statistical program. In Experiment 1, doses of EOM had no effect (P>0.10) on DMI, apparent digestiibility of nutrientes, ruminal concentration of SCFA, molar concentrations of acetate, propionate, butirate, isobutirate, isovalerate, the C2:C3 ratio and on the rumen concentration of N-NH3. There was a positive linear effect (P<0.10) of doses of EOM on rumen pH and a quadratic effect (P<0.10) on proportion of valerate. The EOM had no effect (P<0.10) on N ingested, N excreted, N absorbed and on microbial synthesis and efficiency. In Experiment 2, there was interaction between feed additive and supplement level for all consumption variables (kg and% BW) evaluated (P <0.10). Supplementation with 1.5% of BW increased DMI, OMI, DDMI and DOMI of animals supplemented with monensin, but not in animals supplemented with EOM+AM. In the presence of EOM+AM, the high level of supplementation (1.5% of CP) caused a reduction in forage DMI and consequently in the consumption of NDF. The digestibilities of DM and CP were greater for cattle supplemented at 1.5% of BW than at 1.0% of BW (P<0.10) regardless of the feed additive. The digestibilities of DM, OM, NDF and CP were greater in diets containing monensin compared to EOM+AM, regardless of the supplement level provided. The supplementation with EOM+AM resulted in lower ruminal pH, greater molar concentration of total VFA and greater molar proportion of C2 than monensin (P<0.10). Feeding supplement at 1.5% of BW decreased rumen pH, molar proportion of C2, and increased the concentration of rumen N-NH3, total VFA and the molar proportion of valerate (P<0.10). There was interaction (P<0.10) between feed additive and level of supplement for molar proportion of C3, isobutyrate, isovalerate and for the C2:C3 ratio. Both monensin and the high level of supplement (1.50% of BW) increased ruminal proportion of C3, however, there was no difference between the treatments monensin + 1.0% of BW and EOM+AM + 1.5% of BW. The ratio C2:C3 was decreased by both monensin and supplement fed at 1.50% of BW, 9 however, the monensin effect occurred only when combined with supplement fed at 1.0% of BW. The EOM+AM increased (P<0.10) the efficiency and production of microbial protein compared with monensin, while the level of supplement had no effect (P>0.10) on those parameters.
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