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ESTABELECIMENTO DE BIOFILME DE DERMATÓFITOS EM MODELO EX VIVO USANDO PELO DE CÃO E GATO: UMA ESTRATÉGIA PARA ANÁLISE DE VIRULÊNCIA

LARA DE AGUIAR THOMAZ.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-213118

Resumo

Dermatofitose é a micose superficial de maior incidência em animais, sendo ocasionada por fungos cujo principal atributo patogênico é a capacidade de utilizar a queratina como substrato nutricional. A sua importância clínica e epidemiológica se dá devido ao fato de ser uma dermatopatia cosmopolita, infecciosa, contagiosa e zoonótica. Diversos fatores de virulência estão envolvidos na patogenicidade dessa doença, dos quais a formação de biofilme fúngico está diretamente relacionada com a dificuldade de tratamento e cronicidade. Para o estudo da interação parasita/hospedeiro, diversos modelos experimentais ex vivo, utilizando materiais biológicos viáveis, estão sendo desenvolvidos com o intuito de diminuir o uso de animais em experimentos. Portanto, o objetivo desse estudo foi estabelecer um modelo ex vivo para formação do biofilme de dermatófitos, utilizando pelos de cães da raça Yorkshire Terrier e gatos da raça Persa. Para esta finalidade, foram utilizadas 12 cepas de Microsporum canis, 7 M. gypseum, 6 Trichophyton mentagrophytes e 5 T. tonsurans. Em um primeiro instante, foi avaliada a produção do biofilme in vitro, e a seguir, fez-se a análise no modelo ex vivo, no qual foi detectada a formação de matriz extracelular polimérica, pela coloração vermelho congo. Em um segundo momento, três cepas de cada espécie foram selecionadas para análise do modelo ex vivo, por meio da microscopia confocal e de varredura a laser. Este estudo demonstrou que todas as espécies de dermatófitos testadas foram capazes de formar biofilme in vitro, sendo o melhor resultado observado com T. mentagrophytes, seguido de T. tonsurans, M. canis e M. gypseum. Este resultado foi corroborado com a observação de matriz extracelular fúngica no modelo ex vivo, para todas as espécies. Através da microscopia confocal observou-se hifas, pelos perfurados, colonização da haste pilosa e abundante formação de conídios. Na microscopia eletrônica de varredura foi observado malhas de hifas envoltas em matriz extracelular fúngica, macro e microconídios e superfícies rugosas com canais de água do biofilme bem definidos. O presente estudo demonstrou um modelo ex vivo utilizando pelos de cães e gatos viável para pesquisas envolvendo a formação de biofilme por dermatófitos. Esse modelo poderá potencialmente substituir o uso de animais em pesquisas nesse campo, pois proporciona um ambiente favorável para a formação de biofilme por dermatófitos.
Dermatophytosis is the superficial mycosis with highest incidence in animals. It is caused by fungi whose main pathogenic attribute is the ability to use keratin as a nutritional substrate. Its clinical and epidemiological importance is due to the fact that it is a cosmopolitan, infectious, contagious and zoonotic dermatopathy. Several virulence factors are involved in the pathogenicity of this disease, of which fungal biofilm formation is directly related to the difficulty of treatment and chronicity. For the study of parasite/host interaction, several ex vivo experimental models using viable biological materials have been developed for the purpose of reducing the use of animals in experiments. Therefore, the objective of this study was to establish an ex vivo model for biofilm formation of dermatophytes using hairs from Yorkshire Terrier dogs and Persian cats. For this purpose, 12 strains of Microsporum canis, 7 of M. gypseum, 6 of Trichophyton mentagrophytes and 5 of T. tonsurans were used. At first, the biofilm production was evaluated in vitro, followed by analysis according to the ex vivo model, in which the formation of extracellular polymer matrix was detected through Congo red staining. In a second moment, three strains of each species were selected for analysis of the ex vivo model, through confocal microscopy and laser scanning. This study demonstrated that all species of dermatophytes tested were able to form biofilms in vitro, with the best result being observed with T. mentagrophytes, followed by T. tonsurans, M. canis and M. gypseum. These results were corroborated by the observation of fungal extracellular matrices in the ex vivo model, for all species. By confocal microscopy, hyphae were observed through perforation, colonization of the hair shaft and abundant formation of conidia. Scanning electron microscopy showed hyphaes enveloped in the fungal extracellular matrices, macroconidia and microconidia, and rough surfaces with well-defined biofilm water channels. The present study demonstrated an ex vivo model using dog and cat hair suitable for research involving the biofilm formation by dermatophytes. This model potentially replaces the use of research animals in this field research, as it provides a favorable environment for the biofilm-forming by dermatophytes.
Biblioteca responsável: BR68.1