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EFEITO DA RELAÇÃO ENERGIA/PROTEÍNA DA DIETA E DA SUPLEMENTAÇÃO COM EXTRATO TANÍFERO DE ACACIA MEARNSII SOBRE A EXCREÇÃO DE NITROGÊNIO POR OVINOS E A EMISSÃO DE ÓXIDO NITROSO

MARIANA NUNES DE SOUZA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-213469

Resumo

A pecuária é uma das principais atividades responsáveis pela produção dos gases de efeito estufa (GEE), como o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). No Brasil, 38% das emissões no setor agropecuário são representadas por N2O, sendo o nitrogênio (N) excretado por animais em pasto a principal fonte de emissões diretas do solo. Com isso, objetiva-se avaliar o ajuste de dietas visando mitigar a emissão de N2O a partir da relação energia × proteína e da suplementação com extrato tanífero, além de determinar o fator de emissão (FE) nas condições estudadas. Foram avaliados três tratamentos com pré-secado de azevém (Lolium multiflorum Lam.) à vontade e diferentes suplementações: 60 g farelo de soja (S), 140 g grão de milho moído + 60 g farelo de soja (SM) e 140 g grão de milho moído + 60 g farelo de soja + 40 g/kg de alimento concentrado de extrato tanífero de Acacia mearnsii (SMT). Foram utilizados seis cordeiros da raça Lacaune, distribuídos num delineamento experimental em duplo Quadrado latino 3 × 3, com três períodos de 21 dias (14 de adaptação e sete de coletas). Excretas foram coletadas para análise da composição e aplicação no campo para determinação da emissão de N2O com uso de câmaras estáticas, com três repetições de área (blocos) por tipo de excreta (fezes ou urina) por tratamento. Os consumos totais de matéria seca (MS) e matéria orgânica (MO) foram maiores nos animais dos tratamentos SM e SMT em comparação ao tratamento S. No entanto, o consumo de N foi similar entre os tratamentos, apresentando média de 18 g/dia. As digestibilidades aparente e verdadeira do N diminuíram com a adição de extrato tanífero no alimento concentrado, apresentando aumento de 16% na excreção fecal de N quando comparado aos tratamentos S e SM. Excreção diária de N na urina foi 12% inferior nos animais recebendo grão de milho na dieta em comparação aos animais que receberam apenas farelo de soja na suplementação, enquanto a inclusão do tanino não se mostrou eficaz para aumentar estas reduções. O fluxo de emissão e a emissão acumulada de N2O foram similares entre as amostras de fezes das diferentes dietas e a emissão do solo do tratamento controle. No entanto, o fluxo de N2O das amostras de urina apresentou tendência de redução nas amostras dos animais suplementados com inclusão de grão de milho em comparação aos animais suplementados somente com farelo de soja, sem efeito adicional do extrato tanífero. O FE para fezes foi similar entre os tratamentos com média de 0,18%. O FE médio das amostras de urina foi de 4%, porém apresentou uma tendência de redução para o tratamento SM em 60% quando comparado ao tratamento S, sem efeito da adição do tanino. A suplementação com grão de milho na alimentação de ruminantes é uma prática que permite a diminuição na excreção de N na urina, enquanto o fornecimento do extrato tanífero de Acacia mearnsii não se mostrou eficaz. Sempre que possível, FE específicos devem ser utilizados na elaboração de inventários.
Livestock systems are the main activity liable for the greenhouse gases emission (GHG), like methane (CH4) and nitrous oxide (N2O). In Brazil, N2O represents 38% of the total agriculture emission, where, the excreted nitrogen (N) by grazing animals is the principal source of direct emissions from the soil. The objective of this study was to evaluate the adjustment of diets to mitigate the nitrous oxide emission as a function of the relation energy × protein and tannin extract supplementation, as well as to determine the emission factor (EF) under the studied conditions. Three treatments were evaluated using ryegrass (Lolium multiflorum Lam.) haylage ad libitum and different supplements: 60 g soybean meal (S), 140 g ground corn + 60 g soybean meal (SC) and 140 g ground corn + 60 g soybean meal + 40 g/kg concentrated feed of Acacia mearnsii tannin extract (SCT). Six Lacaune lambs were distributed in a replicated 3 × 3 Latin square experimental design, with three periods of 21 days (14 of adaptation and seven of measurements). Excreta were collected for composition analysis and application in the field to determine the nitrous oxide emission using static chambers, with three repetitions of area (blocks) per excretion type (feces or urine) per treatment. The total dry matter (DM) and organic matter (OM) intake were higher in the SC and SCT treatments compared to the S treatment. However, N intake was similar between treatments, averaging 18 g / day. The apparent and true N digestibilities decreased with the tannin extract addition in the concentrate feed, increasing the fecal N excretion on 16% when compared to the S and SC treatments. Daily urine N excretion was 12% lower in animals receiving corn grain in the diet compared to the animals receiving soybean meal alone, while the tannin inclusion did not show to be effective to improve these reductions. Emission flow and accumulated emission of N2O were similar between feces samples from different diets and soil emission from the control treatment. However, the flow of N2O from urine samples showed a tendency of reduction in the samples of the animals supplemented with corn grain inclusion in comparison to the animals supplemented with soybean meal alone, without additional effect of the tannin extract. The EF for feces was similar between treatments, averaging 0.18%. The EF of the urine samples averaged 4% but, showing a tendency to reduce 61% on SC treatment when compared to the S treatment, without tannin addition effect. Supplementation with corn grain in ruminant feeding is a practice that allows to decrease the urinary N excretion, while the supply of the tannin extract of Acacia mearnsii was not effective. Whenever possible, the specific EF should be used in the preparation of inventories.
Biblioteca responsável: BR68.1