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HIDROLISADOS PROTEICOS DE VÍSCERA RESIDUAL DE SARDINHA NA ALIMENTAÇÃO DE TRUTAS ARCO-ÍRIS

ANDRE FERNANDO NASCIMENTO GONCALVES.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-213472

Resumo

Gonçalves, André Fernando Nascimento. Hidrolisados proteicos de víscera residual de sardinha na alimentação de trutas arco-íris 2019. 111 f. Tese (Doutorado em Ciência Animal) Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV/UDESC), Lages, SC, 2019. Os hidrolisados proteicos são produtos obtidos da ação de enzimas proteolíticas através da quebra das proteínas. Pode ocorrer um aumento da digestibilidade, resultando em peptídeos de diferentes tamanhos e aminoácidos livres. A escolha da protease hidrolítica depende do custo da enzima e do resultado final desejado após a hidrólise. As enzimas têm diferentes especificidades para clivar as ligações peptídicas, alterando o perfil de peptídeos e aminoácidos, interferindo na qualidade e eficiência do hidrolisado obtido. O presente trabalho é composto por três estudos, com o propósito de desenvolver e caracterizar hidrolisados proteicos de vísceras de sardinha (Sardinella sp.) e sua influência na alimentação de trutas arco-íris (Oncorhynchus mykiss). O primeiro estudo consistiu em desenvolver e caracterizar um hidrolisado proteico de vísceras de sardinha produzido com as enzimas do próprio trato digestivo do animal. Foram testados diferentes pHs, temperaturas e tempo de hidrólise. As características adequadas para a produção de hidrolisado que economizam tempo, reagente e trabalho são pH 8,4, incubação de 4 horas com uma temperatura de 42 °C. O segundo estudo objetivou caracterizar e comparar o hidrolisado produzido com enzima endógena de sardinha com hidrolisados produzidos com as enzimas comerciais Protamex® e pepsina suína. Foi observado que a caracterização dos hidrolisados foi influenciada pelo tipo da enzima utilizada. A quantidade de nutrientes e o perfil de aminoácidos dos três hidrolisados indicam que eles podem ser utilizados na aquicultura. As enzimas endógenas produziram um hidrolisado com maiores quantidades de aminoácidos hidrofóbicos livres e peptídeos de baixo peso molecular. A enzima Protamex® produziu um hidrolisado com um perfil de peptídeos mais equilibrado. Nas condições produzidas, os hidrolisados inibiram o crescimento de bactérias láticas. O terceiro estudo teve como intuito utilizar estes três hidrolisados proteicos de vísceras de sardinha na alimentação de trutas arco-íris. As ferramentas de avaliação foram o desempenho produtivo, a dinâmica das reservas energéticas teciduais, o perfil de metabólitos no sangue, a atividade das vias metabólicas hepáticas e as enzimas digestivas. Foram utilizados 300 juvenis de trutas arco-íris, divididos em 20 caixas de polietileno com capacidade para 100 L. de água, resultando em 15 juvenis de truta arco-íris por unidade experimental. O ensaio teve a duração de 56 dias. O delineamento foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos e cinco repetições, sendo realizado ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey (5%). As dietas contendo hidrolisado produzido com enzima Protamex® e as dietas contendo hidrolisado produzido com pepsina suína, não diferiram (P>0,05) da dieta controle, proporcionando os melhores resultados de ganho de peso. A dieta controle foi a mais consumida pelas trutas. Foi observado que o hidrolisado produzido com enzimas endógenas de sardinha é pouco palatável, tendo prejudicado o crescimento dos animais. As diferenças relacionadas às reservas energéticas, parâmetros sanguíneos e síntese de aminoácidos, podem ter sido influenciados pelo consumo. A enzima Protamex® e a pepsina suína produziram hidrolisados que estimularam as proteases alcalinas totais. Foi constatado que as vísceras de sardinha hidrolisadas por enzimas comerciais ou pelas enzimas endógenas produzem ingredientes com características promissoras. Porém, estudos para retirada do amargor dos hidrolisados necessitam ser investigados.
Gonçalves, André Fernando Nascimento. Protein hydrolysates of residual sardine viscera in rainbow trout feeding 2019. 111 s. Thesis (Doctorate in Animal Science) - University of the State of Santa Catarina. Agroveterinary Science Center (UDESC/ CAV), Lages, SC, 2019. Protein hydrolysates are products obtained from the action of proteolytic enzymes through the breakdown of proteins. There may be an increase in digestibility, resulting in peptides of different sizes and free amino acids. The choice of hydrolytic protease depends on the cost of the enzyme and the desired end result after hydrolysis. The enzymes have different specificities to cleave the peptide bonds, altering the profile of peptides and amino acids, interfering in the quality and efficiency of the obtained hydrolyzate. The present work is composed by three studies, with the purpose of developing and characterizing protein hydrolysates of sardine viscera (Sardinella sp.) And its influence on the feeding of rainbow trout (Oncorhynchus mykiss). The first study consisted of developing and characterizing a protein hydrolyzate of sardine viscera produced with the enzymes of the animal 's own digestive tract. Different pHs, temperatures and hydrolysis time were tested. Suitable characteristics for hydrolyzate production that save time, reagent and work are pH 8.4, incubation of 4 hours with a temperature of 42°C. The second study aimed to characterize and compare the hydrolyzate produced with endogenous sardine enzyme with hydrolysates produced with the commercial enzymes Protamex® and porcine pepsin. It was observed that the hydrolyzate characterization was influenced by the type of enzyme used.The amount of nutrients and the amino acid profile of the three hydrolysates indicate that they can be used in aquaculture. Endogenous enzymes produced a hydrolyzate with higher amounts of free hydrophobic amino acids and low molecular weight peptides. The enzyme Protamex® produced a hydrolyzate with a more balanced peptide profile. Under the conditions produced, the hydrolysates inhibited the growth of lactic acid bacteria. The third study aimed to use these three protein hydrolysates of sardine viscera in the feeding of rainbow trout. The evaluation tools were the productive performance, the dynamics of the tissue energy reserves, the profile of metabolites in the blood, the activity of the hepatic metabolic pathways, and the digestive enzymes. 300 juveniles of rainbow trout were used, divided into 20 polyethylene boxes with capacity for 100 L of water, resulting in 15 juveniles of rainbow trout per experimental unit. The assay lasted for 56 days. The experimental design was completely randomized with four treatments and five replications. The analysis of variance (ANOVA) and the means were compared using the tukey test (5%). The diets containing hydrolyzate produced with Protamex® enzyme and the diets containing hydrolyzate produced with porcine pepsin did not differ (P> 0.05) from the control diet, providing the best results of weight gain. The control diet was the most consumed by trout. It was observed that the hydrolyzate produced with endogenous sardine enzymes is poorly palatable, having a detrimental effect on the growth of the animals. Differences related to energy reserves, blood parameters and amino acid synthesis may have been influenced by consumption. The enzyme Protamex and porcine pepsin produced hydrolysates.
Biblioteca responsável: BR68.1