Your browser doesn't support javascript.
loading
DIAGNÓSTICO PATOLÓGICO E MOLECULAR DA INFECÇÃO POR Ehrlichia canis EM CANINOS DE MINAS GERAIS
Thesis em Pt | VETTESES | ID: vtt-213589
Biblioteca responsável: BR68.1
RESUMO
A erliquiose monocítica canina (EMC) é uma doença infecciosa causada pela bactéria Ehrlichia canis, com sinais clinicos relacionados a aplasia de medula óssea e trombocitopenia. As lesões de necropsia são inespecíficas, podendo ocorrer hemorragias disseminadas, esplenomegalia, hepatomegalia e linfoadenomegalia. Microscopicamente, os achados dependem da fase clínica da doença, mas, frequentemente, ocorrem hemorragias multifocais, infiltrado linfoplasmocitário perivascular e vasculite em vários tecidos, baço com hiperplasia da polpa branca, pneumonia intersticial, glomerulonefrite membranosa e aplasia de medula óssea. O diagnóstico baseia-se nas manifestações clínicas, nas lesões de necropsia e no achado de inclusões riquetsiais em citoplasma de monócitos e linfócitos, as quais são raras e visualizadas somente na fase aguda da doença. Desta forma, o objetivo deste estudo foi descrever as principais lesões observadas na EMC, validar uma PCR em tecidos para o diagnóstico molecular da erliquiose canina e identificar a cepa de E. canis circulante em cães no Sul de Minas Gerais. Tecidos de quarenta caninos encaminhados para necropsia no Setor de Patologia Veterinária da UFLA foram submetidos a histopatologia e Nested-PCR. Destes, 28 apresentaram lesões compatíveis e PCR positivo para EMC e 12 animais diagnosticados com outras doenças foram negativos na PCR para EMC (controle negativo). Na PCR realizada em amostras de baço e rim, 14 cães (50%) foram positivos em ambos os órgãos, 16 (57,1%) positivos no baço e 26 caninos (92,8%) positivos no rim. As lesões macroscópicas mais frequentes na EMC foram edemas e hemorragias generalizadas, anemia e icterícia, lesões de insuficiência renal crônica (uremia), linfadenomegalia, esplenomegalia e hepatomegalia. Microscopicamente hemorragias e trombose multifocal, hemossiderose acentuada em baço, linfonodo e medula óssea, aplasia de medula óssea, nefrite intersticial linfoplasmocitária, glomerulonefrite membranosa e congestão acentuada com atrofia de cordões de hepatócitos foram os achados mais importantes. Necrose fibrinoide de paredes vasculares e vasculite foram observadas em cinco animais (17,8%). A sequência obtida de E. canis, quando comparada com as sequências dos fragmentos dos genes disponíveis no GenkBank, obtiveram 95,9% de identidade com a cepa E. canis Jake (NC_007354.1) e 95,6% com a cepa Oklahoma (NR_118741.1). A nested-PCR associada às lesões se mostrou efetiva para o diagnóstico da EMC.
ABSTRACT
Canine monocytic erliquiosis (CME) is an infectious disease caused by the bacterium Ehrlichia canis, with clinical signs related to bone marrow aplasia and thrombocytopenia. Necropsy lesions are nonspecific and disseminated hemorrhages, splenomegaly, hepatomegaly and lymphoadenomegaly may occur. The microscopic findings depends on the clinical phase of the disease, but often occur multifocal hemorrhages, perivascular lymphoplasmocytary infiltration and vasculitis in various tissues, spleen with white pulp hyperplasia, interstitial pneumonia, membranous glomerulonephritis and bone marrow aplasia. The diagnosis is based on clinical manifestations, necropsy lesions and the ricketsian inclusions in the cytoplasm of monocytes and lymphocytes, which are rare and visualized only in the acute phase of the disease. Thus, the aim of this study was to describe the main lesions observed in CME, validate a tissue PCR for the molecular diagnosis of canine erlichiosis and identify the circulating E. canis strain in dogs in southern of Minas Gerais, Brazil. Tissues from 40 canines referred for necropsy in the Veterinary Pathology Sector of UFLA were submitted to histopathology and Nested-PCR avaliation. Of these, 28 had compatible lesions and positive PCR for CME and 12 animals diagnosed with other diseases were negative in PCR for EMC (negative control). In the PCR performed on spleen and kidney samples, 14 dogs (50%) were positive in both organs, 16 (57,1%) positive in the spleen and 26 canines (92.8%) positive in the kidney. The CME most frequent macroscopic lesions were edema and generalized hemorrhages, anemia and jaundice, lesions of chronic renal failure (uremia), lymphadenomegaly, splenomegaly and hepatomegaly. Microscopically hemorrhages and multifocal thrombosis, severe hemosiderosis in the spleen, lymph node and bone marrow, bone marrow aplasia, interstitial lymphoplasmocyte nephritis, membranous glomerulonephrite and severe congestion with atrophy of hepatocytes were the most important findings. Fibrinoid necrosis and vasculitis were observed in five animals (17.8%). The sequence obtained from E. canis when compared with the sequences of fragments of genes available in GenkBank, obtained 95.9% identity with the E. canis strain Jake (NC_007354.1) and 95.6% with the Oklahoma strain (NR_118741.1). The nested PCR associated with the lesions was effective for the diagnosis of CME.
Palavras-chave
Texto completo: 1 Base de dados: VETTESES Idioma: Pt Ano de publicação: 2019 Tipo de documento: Thesis
Texto completo: 1 Base de dados: VETTESES Idioma: Pt Ano de publicação: 2019 Tipo de documento: Thesis