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APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE VITRIFICAÇÃO DE OVÁRIO OVINO USANDO O ÁCIDO ALFA LIPÓICO: UMA ALTERNATIVA PARA SALVAGUARDAR A RAÇA MORADA NOVA DO RISCO DE EXTINÇÃO

LUCY VANESSA SULCA NAUPAS.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-213894

Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de duas concentrações de ácido alfa lipóico (ALA: 100 uM/mL - ALA100 e 150 uM/mL - ALA150) na solução de vitrificação (SV) do tecido ovariano ovino após cultivo (in vitro por 7 dias ou in vivo - xenotransplante por 15 dias). Após o período de cultivo, o ovário foi submetido à avaliação histológica (morfologia e desenvolvimento folicular e densidade das celulas do estroma); imuno-histoquímica para forkhead box O3a (Foxo3a - ativação folicular), Ki67 (proliferação celular), Cluster de diferenciação 31 (CD31: vasos novos) e alfa actina do músculo liso (-SMA: vasos maduros). Além disso, foram avaliados os níveis de espécies reativas de oxigênio (reactive oxigen espécies - ROS) no tecido ovariano e os níveis de malonaldeído (MDA) e nitrito no meio de cultivo. Nossos resultados mostraram que a porcentagem de folículos morfologicamente normais no ovário vitrificado foi maior (P <0,05) na presença de ALA100 após cultivo in vitro. Além disso, o desenvolvimento folicular em todos os tratamentos foi superior (P <0,05) ao controle (tecido não vitrificado), da mesma forma que a ativação dos folículos primordiais (FOXO3a). A densidade de células estromais, imunomarcação para Ki67 e CD31, foi significativamente maior no tecido vitrificado com ALA150, sem diferença (P> 0,05) para -SMA entre as duas concentrações de ALA, após cultivo in vitro ou xenotransplante. Finalmente, os níveis de MDA e nitrito em todos os tratamentos foram semelhantes ao controle. Resultados similares foram observados para os níveis de ROS, exceto no fragmento xenotransplantado após vitrificação com ALA100. Concluímos que a vitrificação do tecido ovariano ovino foi aperfeiçoada e consolidada pela adição do ALA na SV e, que dependendo da aplicação que se pretende fazer é possível utilizar ambas as concentrações testadas nesse estudo.
The aim of this study was to evaluate the effect of two alpha lipoic acid concentrations (ALA: 100 uM / mL - ALA100 and 150 uM / mL - ALA150) on ovarian tissue vitrification solution (SV) after culture (in vitro for 7 days or in vivo - xenograft for 15 days). After the culture period, the ovary was submitted to histological evaluation (morphology and follicular development and stromal cell density); immunohistochemistry for Forkhead box O3a (Foxo3a - follicular activation), Ki67 (cell proliferation), Cluster of diferentation 31 (CD31: new vessels) and smooth muscle alpha actin (-SMA: mature vessels). In addition, the levels of reactive oxygen species (ROS) in the ovariam tissue and the levels of malonaldehyde (MDA) and nitrite in the culture medium were evaluated. Our results showed that the percentage of morphologically normal follicles in the vitrified ovary was higher (P <0.05) in the presence of ALA100 after in vitro culture. In addition, follicular development in all treatments was superior (P <0.05) to control (non-vitrified tissue), as was activation of primordial follicles (FOXO3a). Stromal cell density, immunostaining for Ki67 and CD31, was significantly higher in ALA150 vitrified tissue, with no difference (P> 0.05) for -SMA between the two ALA concentrations after in vitro culture or xenograft. Finally, MDA and nitrite levels in all treatments were similar to control. Similar results were observed for ROS levels except in the xenotransplanted ovarian tissue after ALA100 vitrification. We concluded that the vitrification of sheep ovarian tissue was improved and consolidated by the addition of ALA in SV and that, depending on the ovarian tissue application, it is possible to use both concentrations tested in this study.
Biblioteca responsável: BR68.1