Infecção experimental por Anaplasma marginale em búfalos e bovinos: esplenectomia, aspectos clínicos, hematológicos, parasitológicos, patológicos e moleculares
DANILLO HENRIQUE DA SILVA LIMA.
Tese
em Português
| VETTESES
| ID: vtt-215077
Resumo
Os objetivos da presente pesquisa foram descrever uma técnica de esplenectomia e comparar os aspectos clínicos, hematológicos, parasitológicos, patológicos e moleculares da anaplasmose em bubalinos e bovinos inoculados experimentalmente com estirpe AmRio 2 de A. marginale. No artigo um, foram utilizados quatro bubalinos Murrah e quatro bovinos mestiços. Dois animais de cada espécie foram esplenectomizados através do 12º espaço intercostal esquerdo e amostras de sangue foram colhidas em momentos pré e pós a cirurgia para realização de hemograma. A técnica utilizada apresentou boa aplicabilidade e foi considerada segura. Os bovinos esplenectomizados apresentaram maiores alterações no hemograma após a cirurgia. No artigo dois, os animais do estudo anterior foram infestados com um grama (1g) de larvas de Rhipicephalus (Boophilus) microplus e foram inoculados com estirpe AmRio 2 de A. marginale. No 21º dia após infestação, foi realizada a coleta dos carrapatos para detecção de cópias de DNA da riquétsia através de Semi-Nested PCR (snPCR) para os genes alvo msp5 e msp1. Os bovinos apresentaram em média 87±33 carrapatos/animal, enquanto que, os bubalinos apresentaram em média 49±19 carrapatos/animal. Dos carrapatos coletados, 10,4% (5/48) foram positivos na snPCR para msp5 e, destes, 20% (1/5) foi positivo na snPCR msp1. No artigo três, os animais do estudo anterior foram utilizados para comparar os aspectos clínicos, hematológicos, parasitológicos, patológicos e moleculares após infecção de estirpe AmRio 2 de A. marginale. Foram realizados exames clínicos, hemograma, hematócrito, avaliação de riquetsemia, necropsia, histopatologia, snPCR para os genes alvos msp5 e msp1 de A. marginale nas amostras de sangue dos animais, além de, sequenciamento do gene msp1. Apenas dois bovinos esplenectomizados apresentaram anaplasmose. O período de incubação nestes animais foi de 25,5 dias e os mesmos morreram em média 63 dias após inoculação da estirpe. Os achados de necropsia caracterizaram-se por carcaça pálida, vesícula biliar repleta e distendida. À histopatologia, verificou-se infiltração de macrófagos e linfócitos em diversos órgãos. À snPCR para os genes msp5 e msp1 foi positiva em todos os animais. Entretanto, o sequenciamento revelou cinco animais com sequências de aminoácidos da estirpe AmRio 2. Os bovinos esplenectomizados morreram em virtude de anaplasmose provocada pela estirpe inoculada e os bubalinos não apresentaram alterações clínicas.Os objetivos da presente pesquisa foram descrever uma técnica de esplenectomia e comparar os aspectos clínicos, hematológicos, parasitológicos, patológicos e moleculares da anaplasmose em bubalinos e bovinos inoculados experimentalmente com estirpe AmRio 2 de A. marginale. No artigo um, foram utilizados quatro bubalinos Murrah e quatro bovinos mestiços. Dois animais de cada espécie foram esplenectomizados através do 12º espaço intercostal esquerdo e amostras de sangue foram colhidas em momentos pré e pós a cirurgia para realização de hemograma. A técnica utilizada apresentou boa aplicabilidade e foi considerada segura. Os bovinos esplenectomizados apresentaram maiores alterações no hemograma após a cirurgia. No artigo dois, os animais do estudo anterior foram infestados com um grama (1g) de larvas de Rhipicephalus (Boophilus) microplus e foram inoculados com estirpe AmRio 2 de A. marginale. No 21º dia após infestação, foi realizada a coleta dos carrapatos para detecção de cópias de DNA da riquétsia através de Semi-Nested PCR (snPCR) para os genes alvo msp5 e msp1. Os bovinos apresentaram em média 87±33 carrapatos/animal, enquanto que, os bubalinos apresentaram em média 49±19 carrapatos/animal. Dos carrapatos coletados, 10,4% (5/48) foram positivos na snPCR para msp5 e, destes, 20% (1/5) foi positivo na snPCR msp1. No artigo três, os animais do estudo anterior foram utilizados para comparar os aspectos clínicos, hematológicos, parasitológicos, patológicos e moleculares após infecção de estirpe AmRio 2 de A. marginale. Foram realizados exames clínicos, hemograma, hematócrito, avaliação de riquetsemia, necropsia, histopatologia, snPCR para os genes alvos msp5 e msp1 de A. marginale nas amostras de sangue dos animais, além de, sequenciamento do gene msp1. Apenas dois bovinos esplenectomizados apresentaram anaplasmose. O período de incubação nestes animais foi de 25,5 dias e os mesmos morreram em média 63 dias após inoculação da estirpe. Os achados de necropsia caracterizaram-se por carcaça pálida, vesícula biliar repleta e distendida. À histopatologia, verificou-se infiltração de macrófagos e linfócitos em diversos órgãos. À snPCR para os genes msp5 e msp1 foi positiva em todos os animais. Entretanto, o sequenciamento revelou cinco animais com sequências de aminoácidos da estirpe AmRio 2. Os bovinos esplenectomizados morreram em virtude de anaplasmose provocada pela estirpe inoculada e os bubalinos não apresentaram alterações clínicas.
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