Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

UTILIZAÇÃO DE UREIA ASSOCIADA A FONTES DE CARBOIDRATOS NA ALIMENTAÇÃO DE CAPRINOS

OLGA XIMENA AGUILAR GALVIS.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-215093

Resumo

Objetivou-se avaliar diferentes fontes de carboidratos associadas à ureia sobre o consumo e digestibilidade aparente dos nutrientes, resposta produtiva e fisiológica em caprinos. Foram utilizados 31 machos castrados, sem padrão racial definido, peso inicial de 19,8 ± 3,1 kg delineamento inteiramente casualizado (peso inicial utilizado como co-variável), com quatro tratamentos: 1. milho + farelo de soja; 2. milho + ureia; 3. raspa de mandioca (Manihot esculenta crantz) + ureia; 4. Palma forrageira (Nopalea cochenillifera) + ureia. As dietas continham feno de Tifton 85 (Cynodon spp) (581,3 g kg-1) e mistura de sal mineral. O experimento abrangeu 30 dias de adaptação e 90 dias de coleta de dados. Os animais alimentados com palma forrageira + ureia apresentaram menor consumo de matéria seca (497,5 g MS d-1) (P<0,05), portanto, menor consumo de nutrientes e de energia metabolizável em relação às dietas contendo milho ou raspa de mandioca (743,6 g MS d-1). O consumo de proteína bruta foi maior nos animais alimentados com milho (+ farelo de soja ou + ureia) (127,7 g d-1) e diferiram das matérias primas alternativas (84,6 g d-1) (P<0,05). O consumo de fibra detergente Neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp) foi inferior (P<0,05) nas dietas com palma forrageira + ureia (292,8 g d-1), mas quando se expresso em relação ao peso corporal foi semelhante entres os tratamentos (12,4 g kg PC-1) (P<0,05). Os coeficientes de digestibilidade (CD) aparente da MS (656,8 g kg1), MO (675,9 g kg1), FDNcp (530,9 g kg1), CNF (831,7 g kg1), foram similares entre as diferentes fontes de carboidratos associadas à ureia (P<0,05). O tempo despendido para atividades alimentação (265,5 min dia-1), ruminação (447,4 min dia-1) e ócio (727,4 min dia-1) foi semelhante (P>0,05). A concentração de glicose sanguínea foi menor para os animais alimentados com palma forrageira e foram observadas menores concentrações de triglicerídeos e colesterol nos animais alimentados com raspa de mandioca. O nitrogênio retido (5,27 g d-1) e sínteses de proteína microbiana (21.9 g d-1) foram similares (P>0,05). O ganho de peso (104,0 g d-1), peso corporal ao final PCF(29,3 kg) e peso do corpo vazio PCV (22,9 kg) foram maiores para os animais alimentados com milho+ farelo de soja diferente dos que receberam raspa de mandioca + ureia (73,1 g d-1) e palma forrageira + ureia (21,2 g d-1) com PCF 25,2 kg e 20,7 kg e PCV de 18,9 e 15,2 Kg para raspa de mandioca e palma forrageira (+ ureia), respectivamente (P>0,05). Os animais alimentados com raspa de mandioca + ureia apresentaram semelhança ao tratamento milho + ureia e diferem palma forrageira + ureia para estas variáveis. Os animais que receberam palma forrageira + ureia apresentaram menor (P<0,05) rendimento da carcaça fria (39,2%) em relação aos alimentados com milho (+ farelo de soja ou + ureia) (43,5%). Os índices de compacidade da carcaça e musculosidade da perna, razão músculo:gordura e músculo:osso nos animais alimentados com raspa de mandioca foram semelhantes as dietas com milho (+ farelo de soja ou + ureia) e superiores ao tratamento palma forrageira + ureia (P<0,05). O pH da carcaça 0 (6,9) e 24h (5,5) após o abate, a proporção dos cortes comercias na carcaça, composição química no músculo Semimembranosus, características físico-químicas foram semelhantes entre as fontes de carboidratos associadas à ureia (P>0,05). As características e qualidade da carne dos animais alimentados com raspa de mandioca + ureia foram próximas àqueles alimentados com milho + farelo soja, indicando que a raspa de mandioca + ureia pode substituir o milho e o farelo de soja na alimentação dos caprinos em regiões tropicais em função da disponibilidade e custo. A substituição do milho pela palma forrageira associada a altos níveis de ureia (30 g kg MS-1) diminui o consumo de nutrientes e, por conseguinte, o desempenho, rendimento e características da carcaça.
The objective of this study was to evaluate different carbohydrates sources associated with urea on intake, apparent digestibility of nutrients, productive and physiological response in goats. Thirty-one castrated males without a defined race and initial average weight of 19.8 ± 3.1 kg were randomly assigned to one of four treatments in a complete randomized design with the initial weight as a covariate. The treatments were: 1. corn + soybean meal, 2. corn + urea, 3. cassava meal (Manihot esculenta crantz) + urea and 4. cactus (Nopalea cochenillifera) + urea. All treatments had Tifton 85 (Cynodon spp) hay as roughage source (581.3 g kg -1 of DM), mineral salt mixture and ad libitum water access. The experiment lasted 120 days (30 days of adaptation and 90 days of measurements). The animals fed with cactus + urea presented lower ingestion of dry matter (497.5 g DM d-1, P < 0.05), which promoted lower intake of nutrients and metabolizable energy in comparison to diets with corn and cassava meal (743.6 g DM d-1). Crude protein intake was similar for treatments with corn (+ soybean or + urea (127.7 g d-1) and differed from cassava meal + urea and cactus+ urea (84.6 g d-1, P < 0.05). Apparent neutral detergent fiber corrected for ash and protein (NDFap) intake was lower with cactus + urea (292.8 g d-1, P < 0.05), however, when it was expressed in relation to live weigh was similar among different sources of carbohydrates (12.4 g d-1, P > 0.05). Apparent digestibility of DM (656.8 g kg-1), organic matter (675.9 g kg-1), NDFap (530.9 g kg-1), and non-fibrous carbohydrates (831.7 g kg-1), were similar among the sources of carbohydrates associated with urea (P < 0.05). The time spent for feeding (265.5 min dia-1), rumination (447.4 min dia-1) and idle (727.4 min dia-1) were similar among carbohydrates sources. Blood glucose concentration was lower for animals fed with cactus + urea, and lower concentrations of triglycerides and cholesterol were observed in animals fed with cassava meal. Retention of nitrogen (5.27 g d-1) and microbial protein synthesis (22 g d-1) was similar for all treatments. Corn + soybean meal had higher final body weight (29.3 kg FBW), daily average gain (104.0 g d-1 AG), empty body weight (22.9 kg EBW) compared with cassava diet or cactus + urea (25.2 kg and 20.7 kg FBW, 18.9 e 15.2 Kg EBW, 73.1 and 21.4 g d-1 AG, respectively P > 0.05). Animals fed with cassava + urea showed similarity in variables response to corn + urea and differ from cactus + urea. Cactus + urea reduced commercial yield compared with corn (+ soybean meal or + urea) (39.2% vs43.5% , P <0.05). The carcass compactness and leg muscle indexes, muscle: fat and muscle: bone ratio were similar in animals fed with cassava and corn diets (+ soybean meal + urea) and superior compared with cactus + urea (P <0.05). The pH of the carcass at 0h (6.85) and 24h (5.5) after slaughter, the proportion of commercial cuts in the carcass, the chemical composition in Semimembranosus muscle, physical-chemical characteristics except shear force were similar among carbohydrate sources associated with urea (P > 0.05). The results suggested that despite the lower weight of the carcass, meat characteristics and quality for animals fed with cassava meal + urea were similar to those fed corn + soybean meal, indicating that cassava meal + urea could substitute corn and soybean meal in tropical regions due to availability and cost. The replacement of corn by cactus associated with high levels of urea (30 g kg MS-1) decreased nutrient consumption and, therefore performance, yield and carcass characteristics.
Biblioteca responsável: BR68.1