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Blend de tanino condensado e hidrolisável em dietas de bovinos de corte em terminação
Thesis em Pt | VETTESES | ID: vtt-215154
Biblioteca responsável: BR68.1
RESUMO
Dois experimentos (in vitro e in vivo) foram realizados com o objetivo de avaliar se a inclusão de um blend de tanino condensado e hidrolisável, melhora a utilização de nutrientes de dietas de bovinos de corte em terminação. No primeiro, objetivou-se avaliar os efeitos dos taninos versus monensina sobre a fermentação ruminal in vitro de uma dieta de confinamento. Os tratamentos foram controle (sem aditivos); baixo tanino (2 mg g DM-1); médio tanino (4 mg g DM-1); alto tanino (6 mg g DM-1) e monensina (0,02 mg g DM-1). O substrato incubado consistia de uma dieta de confinamento com feno e concentrado (1585). O fluído ruminal foi obtido de três ovinos Santa Inês, machos, fistulados no rúmen. As incubações in vitro foram conduzidas durante quatro semanas consecutivas. A produção de gás (PG) foi registrada nos tempos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 60, 72, 84 e 96 h de incubação. Nos tempos de 48 e 96 h, dois frascos de cada tratamento foram retirados para mensurar pH, concentração de amônia (NH3), ácidos graxos voláteis (AGV), digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e digestibilidade in vitro da fibra em detergente neutro (DIVFDN). Adição de tanino ou monensina não afetou (P > 0,05) os parâmetros cinéticos. Suplementação com tanino reduziu (P < 0,05) a PG no tempo 24 h comparado com monensina. Adição de monensina reduziu (P < 0,05) DIVMS em 96 h e DIVFDN em 48 e 96 horas comparados ao controle. A NH3 foi menor (P < 0,05) com tanino comparado com monensina. Com o aumento nas doses de tanino, os níveis de NH3 responderam quadraticamente (P < 0,05). Constatou-se que adição de monensina reduziu a digestibilidade in vitro da fração fibrosa da dieta de confinamento. Sugere-se que taninos tenham potencial para melhorar o uso da proteína da dieta por conta da redução no nitrogênio amoniacal. No segundo experimento, objetivou-se avaliar os efeitos da inclusão de um blend de tanino condensado e hidrolisável em suplementos múltiplos com e sem ureia sobre as características nutricionais de bovinos de corte em pastejo durante o período seco. Para tanto, quatro bovinos Nelore com cânula ruminal, machos não castrados, com peso médio corporal de 470 kg ± 8 kg e 20 meses de idade foram utilizados. Os animais foram aleatoriamente distribuídos em um quadrado latino 4 x 4 com arranjo fatorial 2 x 2 (suplemento com e sem ureia e com e sem tanino), onde os tratamentos eram 1. Suplemento sem ureia e sem tanino; 2. Suplemento sem ureia e com tanino; 3. Suplemento com ureia e sem tanino; 4. Suplemento com ureia e com tanino. O tanino foi obtido a partir de uma mistura comercial contendo 70% de tanino condensado e hidrolisável. O nível de inclusão foi calculado para ser fornecido diariamente 1 g/kg MS ingerida, de acordo com a recomendação do fabricante. Uma menor digestibilidade (P0,005) foi observada para MS e MO com adição de ureia, comparado a sem ureia. Tanino aumentou a digestibilidade da PB dentro da ureia (P=0,043), comparado sem tanino. Uma redução na excreção de N fecal (P=0,040) foi observada para o suplemento contendo ureia quando o tanino foi incluído. Não houve efeito de interação entre ureia e tanino (P=0,758) para N microbiano e eficiência de síntese microbiana. A inclusão do blend de tanino condensado e hidrolisável beneficamente alterou a eficiência de utilização de nitrogênio por bovinos em pastejo, permitindo que parte da proteína verdadeira seja substituída por uma fonte de nitrogênio não proteico.
ABSTRACT
Two experiments (in vitro and in vivo) were carried out to evaluate whether the inclusion of a condensed and hydrolyzable tannin mixture improves the nutrient utilization of finishing beef diets. In the first, the objective was to evaluate the effects of tannins versus monensin on an in vitro ruminal fermentation of a confinement diet. In the first experiment, the objective was to evaluate the effects of tannins versus monensin on in vitro rumen fermentation of a feedlot diet. The treatments were control (no additives); low tannin dose (2 mg g DM-1); medium tannin dose (4 mg g DM-1), high tannin dose (6 mg g DM-1), and monensin (0.02 mg g DM-1). The substrate was a feedlot diet with hay and concentrate (1585 w/w). Rumen fluid was obtained from three rumen-fistulated male Santa Inês sheep. In vitro incubations were carried out during four consecutive weeks (run). Gas production (GP) was recorded at 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 60, 72, 84, and 96 h of incubation. At 48 and 96 h, two bottles per treatment were withdrawn to measure pH, ammonia concentration (NH3), volatile fatty acid (VFA), in vitro dry matter digestibility (IVDMD), and in vitro neutral detergent fiber digestibility (IVNDFD). Addition of tannin or monensin did not affect (P > 0.05) the kinetics parameters. Supplementation of tannin reduced (P < 0.05) the GP at 24 h compared with monensin. Addition of monensin decreased (P < 0.05) IVDMD at 96 h and IVNDFD at 48 and 96 h compared with the control. The IVNDFD was lower (P < 0.05) with monensin than with tannin at 48 and 96 h. The NH3 was lower (P < 0.05) with tannin compared with monensin. With increasing tannin doses, NH3 levels changed quadratically (P < 0.05). This study showed that the addition of monensin in feedlot diets reduces in vitro digestibility of the fibrous fraction. We therefore suggest that tannins have potential to improve the use of dietetic protein because of the reduction in ammonia nitrogen. In the second experiment, the objective study was to evaluate the effects of the inclusion of a condensed and hydrolyzable tannin blend in multiple supplements with and without urea on nutritional characteristics of beef cattle during grazing dry season. Four rumen fistulated Nellore non-castrated male cattle with an average body weight (BW) of 470 ± 8 kg and 20 months of age were used. The animals were randomly distributed in a 4 x 4 Latin square design in a 2 x 2 factorial scheme (supplement with and without urea and with and without tannin), where the treatments were 1. Supplement without urea and without tannin; 2. Supplement without urea and with tannin; 3. Supplement with urea and without tannin; 4. Supplement with urea and with tannin. The tannin was obtained from a commercial mixture containing 70% of condensed tannin and hydrolyzable tannin. Level of tannin inclusion was calculated to provide a daily intake of 1 g/kg of total DM intake, according to the manufacturer's recommendation. A lower digestibility (P0.005) were observed for DM and OM with addition of urea, compared without urea. Tannin increased the digestibility of CP within urea (P=0.043), compared with no tannin. A lower fecal N excretion (P=0.040) was observed to the supplement containing urea when tannins were included in the supplement. There was no interaction effect between urea and tannin (P=0.758) for microbial N and efficiency of microbial synthesis. The inclusion of the condensed and hydrolysable tannin blend beneficially altered the efficiency of nitrogen utilization by grazing cattle, allowing part of the true protein to be replaced by a source of non-protein nitrogen.
Palavras-chave
Texto completo: 1 Base de dados: VETTESES Idioma: Pt Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Thesis
Texto completo: 1 Base de dados: VETTESES Idioma: Pt Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Thesis