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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-215156

Resumo

Este trabalho está dividido em 2 capítulos. Primeiro capítulo: objetivou-se investigar os efeitos de inclusão de farelo de crambe (FC, 382,4 g de proteína bruta (PB) / kg de matéria seca (MS), 450 mg de glicosinolatos / kg de MS) na dieta total parcial (DTP; 0, 45, 90 e 135 g / kg DM), sobre o desempenho produtivo, eficiência de utilização de nutrientes em vacas leiteiras e preferência de queijo para consumidores não treinados. Foram utilizadas doze vacas leiteiras sendo oito vacas mestiças de Holandês × Zebu (456 ± 91 kg de peso corporal) e quatros vacas Jersey (384 ± 32.29 kg de peso corporal) distribuídas em três quadrado latino 4 × 4 simultâneos com quatro períodos experimentais de 21 dias cada. As DTP foram isonitrogenadas (130 g PB/kg MS) e oferecido ad libitum entre a ordenha das 7:00 da manhã e 18:30 tarde. As vacas entre o horário 19:00 da tarde até 6:30 da manhã permaneceram em pastagens Panicum Maximum cv. Mombaça (564 g de fibra detergente neutro/kg MS e 90,4 g PB/kg MS). A produção de leite e o consumo de DTP foram registrados do dia 15º ao dia 21º de cada período experimental. As amostras de leite foram coletadas nos dias 17º e 18º de cada período experimental. As amostras de fezes de cada animal foram coletadas entre 17º a 21º para estimativa de excreção fecal (usando dióxido de titânio como indicador externo) e para o consumo de pastagem (utilizando fibra insolúvel detergente neutro indigestível após 288 incubação ruminal in situ). A inclusão de FC não afetou o consumo de DTP (P = 0,173; 11,47 ± 0,20 kg de MS/dia), consumo de forragem (P = 0,185; 0,90 ± 0,07 kg MS/dia), consumo de PB (P = 0,481; 1,49 ± 0,01 kg de PB/dia), digestibilidade da matéria orgânica (P = 0,254; 0,749 ± 0,01 g/g), digestibilidade da PB(P = 0,545; 0,747 ± 0,02 g/g), síntese de proteína microbiana (P = 0,348; 0,83 ± 0,08 kg/d), produção de leite (P = 0,462; 13,29 ± 0,24 kg/dia), nitrogênio (N) no leite (P = 0,566; 64,2 ± 1,3 g/dia), ureia no leite (P = 0,178; 10,6 ± 0,94 mg/dL), excreção urinária de nitrogênio (P = 0,717; 90,9 ± 1,9 g/dia), eficiência de nitrogênio no leite (P = 0,622; 0,268 ± 0,01 g consumo nitrogênio/nitrogênio do leite), função hepática IU/mL (GGT 32,05 ± 2,94; ALT 15,98 ± 0,44 e AST 48,02 ± 5,71), rendimento de queijos (0,21 ± 0,01 kg/kg de leite) e análise sensorial (gostei 59,78, 80,00, 76,00, 77,67 % dos provadores). O farelo de crambe pode ser incluso até 135 g/kg de MS na DTP sem afetar o desempenho produtivo, eficiência na utilização de nutrientes em vacas leiteiras e preferência de queijo por consumidores não treinados. Segundo capítulo: Utilizamos a abordagem meta-analítica para avaliar os efeitos da substituição de diferentes fontes de proteína por dietas de brassicas sobre a produção de leite e na utilização de nutrientes de vacas leiteiras, de 37 artigos revisados por pares. O farelo de canola (FC) foi a principal fonte de brassica. Os efeitos foram comparados pelas diferenças médias brutas (DMB) entre as dietas com FC e fontes de proteínas (controle) e ponderados pela variância inversa usando modelos de efeito aleatório. O nível de heterogeneidade foi analisado por estatística I2 (baixa 25%, moderada = 26 a 50% e alta> 50%). Em geral, o uso de FC como fonte de proteína aumentou o consumo de MS (DMR = 0,22 ± 0,12 kg de MS/dia, P <0,01; n = 79; I2 = 9,1%) e ingestão de proteína bruta (PB) = (DMR, 14 ± 0,07 kg PB/dia, P <0,01; n = 33; I2 = 21,1%), ambos com baixa heterogeneidade, mas não afetaram a digestibilidade do trato total da matéria orgânica (P = 0,50; n = 12; I2 = 29,2 %). No geral, o uso de FC aumentou a produção de leite (DMR = 0,69 ± 0,35 kg/dia, P <0,01; n = 88; I2 = 74,9%), mas seu efeito depende da comparação entre as fontes proteínas: o FC versus o FS não houve efeito a produção de leite (DMR = 0,23 ± 0,66 kg/dia, P = 0,50; n = 33), mas a produção de leite aumentou com a substituição de DDG por FC (DMR = 2,03 ± 1,67 kg/dia; P <0,01; n = 13) e de outras fontes de proteína por FC (DMR = 0,82 ± 0,43 kg/dia; P <0,01; n = 42). No geral, o uso de FC não afetou o teor de proteína do leite (P = 0,08; n = 60; I2 = 19,5%) e teor de gordura do leite (P = 0,20; n = 60; I2 = 16,9%), mas FC aumentou a produção de proteína do leite (DMR = 0,02 ± 0,01 kg/dia, P <0,01; n = 60; I2 = 0%). O uso de FC reduziu o teor nitrogênio ureico no leite (N) (DMR = - 0,98 ± 0,31 mg/dL; P <0,01; n = 22; I2 = 32,2%) e aumentou a eficiência de consumo N no leite (DMR = 0,22% N do leite/consumo de N ± 0,07 mg/dL; P 0,05; n = 34; I2 = 0%), ambos com baixa heterogeneidade. Concluímos que FC é fonte de proteína semelhante ao FS e é mais eficaz do que o DDG e outras fontes (farelo de algodão, farelo de milho e farinha de girassol) para vacas leiteiras em lactação. De modo geral os farelos de brassicas (farelo de crambe e farelo de canola pode ser incluídos em dietas de vacas leiteiras em substituição á fontes proteicas sem afetar no desempenho produtivo, eficiência de utilização de nutrientes.

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This thesis is divided into 2 chapters. The objective of this study was to investigate the effects of inclusion of crambe meal (CM, 382.4 g crude protein/kg dry matter (DM), 450 mg glucosinolates/kg DM) in the total partial diet (pTMR, 0, 45, 90 and 135 g/kg DM), on the productive performance, nutrient utilization efficiency in dairy cows and cheese preference for untrained consumers. Twelve dairy cows were used: eight crossbred Holstein × Zebu cows (456 ± 91 kg body weight) and four Jersey cows (384 ± 32.29 kg body weight) distributed in three simultaneous 4 × 4 Latin squares with four experimental periods of 21 days each. The pTMR were isonitrogenated (130 g CP/kg DM) and offered ad libitum between milking from 7:00 am and 6:30 pm. Cows between the hours of 19:00 in the afternoon until 6:30 in the morning remained in pastures Panicum Maximum cv. Mombaça (564 g neutral detergent fiber/kg MS and 90.4 g CP/kg DM). Milk yield and pTMR intake were recorded from day 15th to day 21st of each experimental period. The milk samples were collected on days 17th and 18th of each experimental period. Fecal samples from each animal were collected between 17th and 21st to estimate fecal excretion (using titanium dioxide as an external indicator) and for pasture consumption (using indigestible neutral detergent insoluble fiber after 288 ruminal in situ incubation). The inclusion of CM did not affect pTMR intake (P = 0.173, 11.47 ± 0.20 kg DM/day), forage intake (P = 0.185, 0.90 ± 0.07 kg DM/day), CP intake (P = 0.481, 1.49 ± 0.01 kg CP/day), organic matter digestibility (P = 0.254, 0.749 (P = 0.545, 0.747 ± 0.02 g/g), microbial protein synthesis (P = 0.348, 0.83 ± 0.08 kg/d), milk yield (P = 0., 64.2 ± 1.3 g/d), milk yield (P = 0.462; 13.29 ± 0.24 kg/d), nitrogen (N) milk (P = 0.566; 64.2 ± 1.3 g/d), milk urea-N (P = 0.178; 10.6 ± 0.94 mg/dL), N urinary excretion (P = 0.717; 90.9 ± 1.9 g/d), N milk efficiency (P = 0.622; 0.268 ± 0.01 g N milk/g N intake) hepatic function IU/mL (GGT 32.05 ± 2.94, ALT 15.98 ± 0.44 and AST 48.02 ± 5.71), cheese yield (0.21 ± 0.01 kg/kg milk) and sensory analysis (I liked 59.78 , 80.00, 76.00, 77.67% of the tasters). Crambe meal can be up to 135 g/kg DM in pTMR without affects productive performance, efficiency of nutrient utilization in dairy cows and cheese preference for untrained consumers. We used meta-analytical approach to evaluate the effects of replacement of different sources of protein by brassicas meals on milk production and nutrient utilization of dairy cows, from 37 peer-review papers. Canola meal (CM) was unique brassica source founded. The effects were compared by raw mean differences (RMD) between CM diet and control treatment means and weighted by inverse variance using random-effect models. Heterogeneity level was analyzed by I2 statistic (low 25%; moderate = 26 to 50%; and high > 50%). In overall, use of CM as protein source increased DM intake (RMD = 0,22 ± 0.12 kg DM/d; P < 0.01; n = 79; I2 = 9.1%) and crude protein (CP) intake (RMD = 0,14 ± 0.07 kg CP/d; P < 0.01; n = 33; I2 = 21.1%), both with low heterogeneity, but it did not affect organic matter total-tract digestibility (P = 0.50; n = 12; I2 = 29.2%). In overall, use of CM increased milk yield (RMD = 0.69 ± 0.35 kg/d; P < 0.01; n = 88; I2 = 74.9%), but its effect depends on protein sources comparation: CM versus SBM did not increase milk yield (RMD = 0.23 ± 0.66 kg/d; P = 0.50; n = 33), but milk yield was increased with replacement of DDG by CM (RMD = 2.03 ± 1.67 kg/d; P < 0.01; n = 13) and of other protein sources by CM (RMD = 0.82 ± 0.43 kg/d; P < 0.01; n = 42). In overall, CM use did not affect milk protein content (P = 0.08; n = 60; I2 = 19.5%) and milk fat content (P = 0.20; n = 60; I2 = 16.9%), but CM increased milk protein yield (RMD = 0,02 ± 0.01 kg/d; P < 0.01; n = 60; I2 = 0%). Use of CM reduced milk urea nitrogen (N) (RMD = - 0,98 ± 0.31 mg/dL; P < 0.01; n = 22; I2 = 32.2%) and increase N intake milk efficiency (RMD = 0.22% N milk/N intake ± 0.07 mg/dL; P 0.05; n = 34; I2 = 0%), both with low heterogeneity. We concluded that CM is similar protein source to SBM and it is more effective than DDG and other sources (cottonseed meal, corn gluten meal and sunflower meal) to lactating dairy cows.

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