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EUGENOL E ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia alba COMO AGENTES ANESTÉSICOS E SEDATIVOS PARA A ARRAIA CURURU Potamotrygon wallacei (Chondrichthyes - Potamotrygonidae)

CRISTIANO LOPES DE LIMA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-215963

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo estabelecer as concentrações apropriadas de eugenol e óleo essencial de Lippia alba capazes de promover a indução e recuperação aos diferentes estágios de sedação e anestesia em juvenis de Potamotrygon wallacei. Estes foram capturados por pescadores profissionais em áreas próximas à Comunidade do Daraquá, Arquipélogo do Mariuá (Barcelos-AM) e aclimatados em laboratório durante 10 dias. Um primeiro experimento determinou os tempos de anestesia e retorno para as duas substâncias. Foram testadas as concentrações de 75, 100, 125 e 150 mg.L-1 para o eugenol e, de 150, 175, 200 e 225 µL.L-1 para a Lippia alba, nas quais seis arraias (n=6) foram eutanasiadas por secção do cordão neural, imediatamente após o auge da anestesia e retorno anestésico e, seis outras (n=6) 48 horas após a exposição, para a determinação de parâmetros fisiológicos (hemograma, glicose, proteínas totais, colesterol total, triglicerídeos, potássio, lactato e ureia plasmática) e avaliação histológica das lamelas branquiais. O segundo experimento determinou as concentrações sedativas destes óleos em transporte simulado de 24 horas em sacos fechados. Para isso, foram testadas duas concentrações de eugenol (5,0 e 7,5 mg.L-1) e de L. alba (10 e 15 µL.L-1). Ao término do transporte, para cada concentração testada, seis arraias (n=6) foram eutanasiadas para determinação dos parâmetros fisiológicos citados acima e análise histológica das brânquias. Animais submetidos à anestesia com eugenol mostraram menor tempo para indução anestésica e fase excitatória mais prolongada, se refletindo em retorno mais demorado, em comparação aos expostos à L. alba. Arraias tratadas com eugenol apresentaram lamelas com baixa hiperplasia e hipertrofia das células epiteliais e de cloreto. Danos mais graves, como necrose lamelar e apoptose das células de cloreto foram constatadas nas concentrações de 100, 125 e 150 mg.L-1. Arraias tratadas com L. alba apresentaram danos leves e reversíveis, exibindo pouca hiperplasia e hipertrofia das células epiteliais e de cloreto (mais expressivos em 150 e 175 µL.L-1). A avaliação dos tempos de indução e retorno, em conjunto com as respostas fisiológicas e morfológicas, indica que as melhores concentrações testadas para anestesia foram de 75 mg.L-1 para o eugenol e de 200 µL.L-1 para L. alba (as quais permitiram uma melhor condição de recuperação pós anestesia, além de causar menos efeitos nocivos sobre os tecidos branquiais e parâmetros do sangue. Concentrações sedativas de 5,0 mg.L-1 de eugenol e de 10 µL.L-1 de L. alba apresentaram os melhores resultados, uma vez que reduziram os níveis de lactato no plasma, demostrando eficiente poder sedativo. Estas observações são inéditas para P. wallacei e servem como base para futuros estudos envolvendo anestésicos e seus efeitos sobre a fisiologia de Potamotrigonídeos.
The present work aimed to establish the appropriate concentrations of eugenol and essential oil of Lippia alba capable of promoting induction and recovery at different stages of sedation and anesthesia in juveniles of Potamotrygon wallacei. These were captured by professional fishermen in areas close to the Daraquá Community, Mariuá Archipelago (Barcelos-AM) and acclimatized in the laboratory for 10 days. A first experiment determined the anesthesia and return times for the two substances. Concentrations of 75, 100, 125 and 150 mg.L-1 for eugenol and 150, 175, 200 and 225 L.L-1 for Lippia alba were tested in which six (n= 6) (n= 6) 48 hours after exposure, for the determination of physiological parameters (blood count, glucose, total proteins, total cholesterol, triglycerides, potassium, lactate and plasma urea) and histological evaluation of the gill lamellae. The second determined the sedative concentrations of these oils in simulated transport of 24 hours in closed bags. For this, two concentrations of eugenol (5,0 and 7,5 mg.L-1) and of L. alba (10 and 15 L.L-1) were tested. At the end of the transport, six stingrays (n=6) were euthanized to determine the physiological parameters mentioned above and histological analysis of the gills. Animals submitted to anesthesia with eugenol showed less time for anesthetic induction and longer excitatory phase, reflecting in a more time-consuming return compared to those exposed to L. alba. Streaks treated with eugenol presented lamellae with low hyperplasia and hypertrophy of epithelial and chloride cells. More severe damage, such as lamellar necrosis and apoptosis of chloride cells were observed at concentrations of 100, 125 and 150 mg.L-1. Stingrays treated with L. alba presented slight and reversible damages, showing little hyperplasia and hypertrophy of epithelial and chloride cells (more expressive in 150 and 175 L.L-1). The evaluation of the induction and return times, together with the physiological and morphological responses, indicates that the best concentrations tested for anesthesia were 75 mg.L-1 for eugenol and 200 L.L-1 for L. alba ( which allowed a better recovery condition after anesthesia, as well as causing fewer harmful effects on gill tissues and blood parameters. Sedation concentrations of 5,0 mg.L-1 eugenol and 10 L.L-1 L. alba presented the best results, since they reduced plasma lactate levels, demonstrating their sedative power. These observations are unprecedented for P. wallacei and serve as a basis for future studies involving anesthetics and their effects on the physiology of Potamotrigonides.
Biblioteca responsável: BR68.1