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AVALIAÇÃO DE CLONES DE PALMA FORRAGEIRA NO AGRESTE E SERTÃO DE PERNAMBUCO

ANDRE PEREIRA FREIRE FERRAZ.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-216116

Resumo

A palma é um importante recurso forrageiro para o semiárido brasileiro. Contudo, a ocorrência das cochonilhas do carmim (Dactylopius opuntiae) e de escama (Diaspis echinocacti) vêm colocando em risco a produção da planta. Objetivou-se avaliar caracteres morfológicos, produção e qualidade da forragem e a incidência das cochonilhas do carmim e de escama em clones de palma forrageira cultivados em São Bento do Una e Sertânia, Pernambuco, além da avaliação da diversidade genética entre os clones. Foram avaliados 10 clones: IPA-20, F8, F21, Miúda, IPA Sertânia, Orelha de elefante mexicana, IPA-100421 "Sel. 21-6" (6), IPA-100418 "Sel. 21-7" (7), IPA-100419 "Sel. 21-13" (13) e IPA-100420 "Sel. 21-21" (21). Os genótipos foram casualizados em blocos, com três repetições, e realizadas duas colheitas bienais, em 2015 e 2017. Foram avaliadas as características altura e largura de planta; número de cladódios; comprimento, largura e espessura de cladódio, índice de área de cladódio, interceptação luminosa, produção de forragem, eficiência no uso da água, estande de plantas e caracteres bromatológicos. A incidência das cochonilhas foi avaliada a partir de escalas de notas variando de 0 a 5, em que a menor nota (0) representou ausência do inseto na planta, e na maior, 5, os insetos estiveram presentes em todos os cladódios e em alta infestação (>75%). Os dados foram submetidos a análise de variância conjunta e as médias dos genótipos comparadas pelo teste de Scott-Knott (p0,05). Foi avaliada a divergência genética entre os genótipos nos diferentes ambientes, através do agrupamento de Tocher e UPGMA. Como medida de dissimilaridade foi utilizada a distância generalizada de Mahalanobis (D2) e estimadas as variáveis que mais contribuíram para a diversidade genética. Os clones 6, 7, 13 e 21, de modo geral, apresentaram maior altura e largura de plantas, além de estarem entre os que mais produziram cladódios por planta. A produção de forragem (t MS ha-1 2 anos-1) diminuiu em ambos os locais de cultivo, de 2015 para 2017 (p<0,05), sendo que em São Bento do Una foram obtidas maior produção de forragem, de 28 e 14 t MS ha-1 2 anos-1, em 2015 e 2017, respectivamente. No entanto, independentemente dos locais e das colheitas, os genótipos 6, 7, 13, 21 e Orelha de elefante mexicana foram os mais produtivos, com média de 18,82 ± 12,19 t MS ha-1 2 anos-1. Os genótipos 6, 13 e 21 também apresentaram maior eficiência no uso da água (p<0,05) (26,08 ± 17,34 kg MS ha-1 mm-1). O estande de plantas não variou (p<0,05) nos diferentes ambientes na colheita de 2015. Por outro lado, diminuiu na segunda colheita (2017), e Sertânia apresentou o menor número de plantas vivas (66% do estande inicial). Em Sertânia, o clone IPA 20 foi o que apresentou menor estande (55% das plantas iniciais). Já em São Bento do Una, o clone 7 foi o que apresentou menor desempenho quanto à sobrevivência (57%). De modo geral, plantas do gênero Nopalea apresentaram maior teor de matéria seca. Todos os clones apresentaram alta digestibilidade da matéria orgânica (>800 g kg-1). Na colheita de 2015, Sertânia foi o local mais atacado pela cochonilha do carmim (1,00 ± 0,31) em relação à São Bento do Una (0,57 ± 0,21). Neste último local, os ataques pela cochonilha de escama foram mais severos (1,93 ± 0,23). A estimativa de D2 indicou que os pares formados pelos clones 21 e Orelha de elefante mexicana foram os mais distantes geneticamente, e os clones F21 e F8 os mais similares. Foram identificados três grupos divergentes em ambos os métodos de agrupamento (Tocher e UPGMA). Os genótipos 6, 7, 13, 21 e Orelha de elefante mexicana apresentaram maior desempenho produtivo em ambos os ambientes avaliados. Os genótipos 13 e 21 apresentaram maior potencial para utilização em locais onde ambas as cochonilhas ocorrem. Em adição, as cultivares Orelha de elefante mexicana, IPA Sertânia e Miúda podem ser cultivadas em locais de ocorrência da cochonilha do carmim. Recomenda-se evitar o plantio dos clones IPA 20, F21 e F8, pois os mesmos podem ser atacados por ambas as cochonilhas. Os caracteres largura de cladódio, número total de cladódios, teor de matéria seca, produção de forragem e número de cladódios de quinta e terceira ordem foram os que mais contribuíram para a divergência genética encontrada.
Forage cactus is an important forage resource for the Brazilian semi-arid region. However, the occurrence of carmine cochineal (Dactylopius opuntiae) and armored scales (Diaspis echinocacti) has been putting plant production at risk. The objective of this study was to evaluate the morphological characteristics, quality and forage production and the incidence of carmine cochineal and armored scales in forage cactus clones cultivated in São Bento do Una and Sertânia, Pernambuco State, besides the genetic diversity among the clones. Ten clones were evaluated: IPA 20, F8, F21, Miúda, IPA Sertânia, Orelha de elefante mexicana, IPA-100421 Sel. 21-6 (6), IPA-100418 Sel. 21-7 (7), IPA-100419 Sel. 21-13 (13) e IPA-100420 Sel. 21-21 (21). The genotypes were randomized in blocks with three replications, and the harvests were carried out in 2015 and 2017. The plants were evaluated for the width and plant height; number of cladodes; length, width and cladode thickness; cladode area index, light interception, forage production, water use efficiency, plant stand and bromatological characters. The incidence of the cochineal insects was evaluated from scales varying from 0 to 5, where the lowest score (0) represented absence of the insect on plant, and in the largest score (5) insects were present in all cladodes and in high infestation (>75%). The data were submitted to joint analysis of variance and the means of the genotypes compared by the Scott-Knott test (p0.05). The genetic divergence between the genotypes in the different environments was evaluated through the Tocher and UPGMA clustering methods. As a measure of dissimilarity was used the generalized Mahalanobis distance (D2) and estimated the relative importance of characters to genetic diversity. Clones 6, 7, 13 and 21, in general, presented higher height and width of plants, besides being among those that produced more cladodes per plant. The dry matter production (tons ha-1 2 years-1) decreased in both cultivation sites, from 2015 to 2017 (p <0.05), and in São Bento do Una, forage production was higher and varied from 28 to 14 tons MS ha-1 2 years-1 in 2015 and 2017, respectively. However, regardless of locations and harvests, genotypes 6, 7, 13, 21 and Orelha de elefante mexicana were the most productive (18.82 ± 12.19 tons DM ha-1 2 years-1). Genotypes 6, 13 and 21 also showed higher water use efficiency (p<0.05) (26.08 ± 17.34 kg DM ha-1 mm-1). The plant stand did not vary (p<0.05) in the different environments in the harvest of 2015. On the other hand, it decreased in the second harvest (2017), and Sertânia presented the lowest number of live plants (66% of the initial stand). In Sertânia, clone IPA 20 was the one that presented the smallest stand (55% of the initial live plants). In São Bento do Una, clone 7 presented the lowest survival performance (57%). In general, plants of the Nopalea genus presented higher dry matter content. All clones showed high organic matter digestibility (> 800 g kg-1). In the harvest of year 2015, Sertânia was the place most attacked by carmine cochineal (1,00 ± 0,31) in relation to São Bento do Una (0,57 ± 0,21). In the latter place, attacks by armored scales were more severe (1.93 ± 0.23). The D2 estimate indicated that the pairs formed by clones 21 and Orelha de elefante mexicana were the most genetically distant, and the clones F21 and F8 were the most similar. Three divergent groups were identified in both clustering methods (Tocher and UPGMA). Genotypes 6, 7, 13, 21 and Orelha de elefante mexicana showed higher productive performance in both environments. Genotypes 13 and 21 showed greater potential for use in sites where both cochineal insects occur. In addition, Orelha de elefante mexicana, IPA Sertânia and Miúda cultivars can be grown in places where carmine cochineal occurs. It is recommended to avoid planting the IPA 20, F21 and F8 clones, as they can be attacked by both cochineal insects. The cladode width, total number of cladodes, dry matter content, dry mass production and number of fifth and third order cladodes were the main contributors to the genetic divergence found.
Biblioteca responsável: BR68.1