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AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE HERPESVÍRUS (ALPHA E GAMMA) NO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR DE EQUINOS E MUARES

DANIELA PILZ.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-216433

Resumo

O Brasil possui o maior rebanho de equinos da América Latina e o terceiro mundial. Somados aos muares (mulas e burros) e asininos (jumentos e jumentas) são 8 milhões de animais. As viroses possuem grande importância sanitária e econômica na equideocultura mundial, destacando-se as infecções herpéticas. As doenças respiratórias estão entre as mais comuns entre os equinos. No Brasil, até o momento, existem poucos estudos que definem as principais causas de morbidade e mortalidade nos equídeos. Os objetivos deste estudo foram avaliar a presença de DNA de herpesvírus equino (EHV) no trato respiratório superior de equinos assintomáticos e detectar a presença de EHV em potros muares sintomáticos e assintomáticos nos primeiros seis meses de idade. No primeiro estudo foi avaliada a presença de EHV -1, -2, -4 e -5 em 17 amostras de soro e lavado traqueal coletados de potros muares sintomáticos e assintomáticos, de uma fazenda do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Três lavados traqueais foram coletados de cada animal durante 6 meses, desde o primeiro mês de idade. A detecção do vírus foi realizada pela técnica de nested-PCR, utilizando primers específicos para o EHV -1, -2, -4 e -5 identificados pelo gene da glicoproteína B (gB). Dos resultados obtidos pela técnica de nested-PCR foram confirmados por sequenciamento. As amostras positivas para EHV-1 e -4 na nested-PCR, foram testadas pelo Kit de ELISA Svanovir® EHV-1 / EHV-4 Ab (Svanova) para a detecção de anticorpos. Doze lavados traqueais (10 mulas) foram positivos para EHV. Quatro amostras foram positivas para EHV-2, 5 (4 mulas) para EHV -5, 2 amostras (2 mulas) para EHV-1 e 1 (1 mula) para EHV-4. O soro dos animais com infecção aguda e convalescentes testados pela técnica de ELISA foram negativos para EHV-1. Entretanto, para EHV-4 o soro na fase convalescente foi positivo, sugerindo infecção aguda. Estes resultados sugerem que as mulas podem ser portadoras de EHV e são importantes fontes de infecção, uma vez que equinos e muares habitam o mesmo ambiente. O segundo estudo teve como objetivo avaliar a presença de DNA de herpesvírus no trato respiratório superior de equinos assintomáticos. Foram coletados 18 suabes nasais de um rebanho localizado no Paraná e 8 de um rebanho localizado no Rio Grande do Sul. A técnica de nested-PCR foi utilizada para o diagnóstico de EHV -1, -2, -4 e -5 pela amplificação da glicoproteína B (gB). A identidade das sequências foi confirmada em comparação com sequências depositadas em GenBank. Este estudo identificou alta frequência de gamaherpesvírus em equinos assintomáticos, sendo 15,4% para EHV-2, 46,1% EHV-5, 15,4% para EHV-2 e -5. Todas as amostras foram negativas para EHV-1 e -4. A alta taxa de detecção de EHV-2 e -5 em equinos assintomáticos deste estudo sugere que as infecções causadas pelo gamaherpesvírus podem ser endêmicas no país. O diagnóstico de EHV-1, -2, -4 e -5 em equinos e muares demonstra uma associação comum destas viroses em equídeos.
Brazil has the largest herd of horses in Latin America and the third in the world, added to mule (mules) and asininos (donkeys) are 8 million animals. Viruses have an economic and sanitary importance in the equideoculture world, mainly for infections caused by herpesvirus. Respiratory diseases have more incidence among horses populations all over the world. In Brazil, until now, there are few publicatios that shown the main causes of morbidity and mortality in equines. The aims of this study were to evaluate the presence of equine herpesvirus DNA in the upper respiratory tract of asymptomatic horses and to identify the presence of EHV in symptomatic and asymptomatic mules foals in the first six months of age. The first study aimed to assess the presence of equine herpesviruses -1, -2, -4 and -5 in mule foals during this early period. For this purpose, serum and tracheal wash samples were collected from 17 symptomatic and asymptomatic mule foals from a farm in Brazil, Rio de Janeiro state. Three tracheal wash were collected from each animal during six months, since of the first month of age. The virological detection was performed by nested-PCR technique, by specific primers for EHV-1, -2, -4 and -5, targeting the B glycoprotein (gB) gene. The results of nested-PCR were confirmed by sequencing. Acute and convalescent sera of mule foals having PCR positive results for EHV-1 or -4 were tested with Kit ELISA Svanovir® EHV-1/EHV-4-Ab (Svanova) for differentiation of antibodies response against both viruses. Twelve tracheal samples (10 mules) were positive for EHV. With the specific EHV primers (gB), 4 samples were positive for EHV-2, and 5 samples (4 mules) were positive for EHV-5. In addition, 2 samples (2 mules) were positive for EHV-1, and 1 sample was positive for EHV-4. The acute and convalescent sera of these foals, tested by ELISA, were negative for EHV-1. For the EHV-4 positive foal, the acute serum was negative, but the convalescent serum was highly positive, indicating seroconversion and suggesting active infection. These results suggest that mules may be carriers for equine herpesviruses, and important sources of infection since horses and mules usually inhabit the same environment. The second study evaluated the presence of EHV-2 and -5 in horses from Brazil. 18 nasal swabs were collected from a herd located in Paraná and 8 from a herd located in Rio Grande do Sul. The nested-PCR technique was used to detect EHV-2 and -5 with the partial amplification of gB, the same was done for EHV-1 and -4. The identity of the sequences was confirmed in comparison with sequences deposited in GenBank. This study identified a high frequency of gamma equine virus in adult asymptomatic horses, 15,4% for EHV-2, 46,1% for EHV-5 and 15,4% for EHV-2 and -5. All samples were negative for EHV-1 and -4. The high detection of EHV-2 and -5 in asymptomatic horses, in this study, suggests that gammaherpesvirus infections may be endemic in Brazil. EHV-1, -2, -4 and -5 diagnoses in horses and mules suggests a common association of these viruses in equideos populations.
Biblioteca responsável: BR68.1