Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

Avaliação do efeito da associação entre selegilina e trilostano no tratamento do hiperadrenocorticismo canino pituitário-dependente: ensaio clínico randomizado

GUILHERME LUIZ CARVALHO DE CARVALHO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-216447

Resumo

O hiperadrenocorticismo pituitário-dependente canino (HPD) é um distúrbio endócrino comum. Seu manejo clínico geralmente requer terapia com trilostano de uso contínuo, o que pode causar elevação do ACTH endógeno (ACTHe) e adrenomegalia, além de necessidade de recorrentes reajustes de dose. A terapia com selegilina foi previamente indicada para o tratamento da HPD canina a nível hipofisário. Não há estudos associando trilostano e selegilina para o tratamento de HPD em cães. O objetivo do presente estudo foi avaliar resultados clínicos, clínico-patológicos, imagísticos e hormonais em cães com HPD tratados com trilostano (Tri) ou com trilostano e selegilina (Tri + Sel). Quinze cães com diagnóstico de HPD espontâneo foram avaliados: Oito foram tratados com trilostano (Tri) e sete foram tratados com Tri + Sel. Para tal, foi realizado um ensaio clínico randomizado. Os cães foram submetidos a exame clínico, e análises de hemograma, bioquímica sérica, urinálise e ultrassonografia abdominal, além de determinação das concentrações de ACTH endógeno e cortisol pós-ACTH nos dias zero (D0), 30 (D30), 90 (D90) e 180 (D180) de tratamento. Não houve diferença significativa (p > 0,05) na variação endógena de ACTHe no grupo Tri (mediana D0 = 20,85 pg/dL; mediana D180 = 79,0 pg/dL; p = 0,07) e grupo Tri + Sel (mediana D0 = 103 pg/dL, mediana D180 = 98,25 pg/dL, p = 0,57). Ambos os grupos apresentaram níveis de cortisol pós-ACTH significativamente menores no final do estudo (Tri mediana D0 = 15 g/dL; D180 = 5,2 g/dL; p = 0,002 versus Tri + Sel mediana D0 = 17,23 g/dL; D180 = 2,26 g/dL; p = 0,006). Além disso, ambos os grupos necessitaram de ajustes de dosagem de trilostano (p = 0,01). No entanto, nenhuma diferença estatística foi observada neste quesito entre os grupos ao final do estudo. Houve menor variação na espessura das adrenais do grupo Tri + Sel (adrenal esquerda D0 = 0,65 cm; mediana D180 = 0,71; p = 0,7) quando comparada ao grupo Tri (mediana da adrenal esquerda D0 = 0,77 cm; mediana D180 = 0,97 cm; p = 0,09). O mesmo foi observado para a espessura da glândula adrenal direita (Tri + Sel mediana D0 = 0,65 cm; mediana D180 = 0,58 cm; p = 0,2 versus Tri mediana D0 = 0,58 cm; mediana D180 = 0,77 cm; p = 0,04). Além disso, os pacientes do grupo Tri + Sel parecem ter alcançado melhor controle metabólico ao longo da avaliação se observados os valores de fructosamina e colesterol total. Não obstante, nenhuma diferença no controle clínico ou no estado da função cognitiva foi percebida entre os grupos. A associação entre trilostano e selegilina parece uma terapia complementar segura e promissora para o HPD canino. No entanto, mais estudos são necessários avaliando um maior número de pacientes para esclarecer o real efeito dessa associação, assim como maior tempo de seguimento.
Canine pituitary-dependent hyperadrenocorticism (PDH) is a common endocrine disorder. Clinical management usually demands lifelong trilostane therapy, which may cause endogenous ACTH (eACTH) elevation, adrenomegaly, and recurrent dose adjustments requirements. Selegiline therapy have been prior indicated for canine PDH treatment at pituitary level. There are no studies associating trilostane and selegiline for PDH treatment in dogs. The objective of this study was evaluate clinical, clinical-pathological, imagistic, and hormonal results in dogs with PDH treated with trilostane (Tri) or with trilostane and selegiline (Tri+Sel). Fifteen client-owned dogs diagnosed with spontaneous PDH were evaluated: eight were treated with trilostane (Tri) and seven were treated with trilostane and selegiline (Tri+Sel) in a randomized clinical trial. Dogs underwent clinical examination, serum biochemical analysis, urine analysis, abdominal ultrasound, endogenous ACTH, and post-ACTH cortisol concentrations on days zero (D0), 30 (D30), 90 (D90) and 180 (D180) of treatment. There was no significant difference at 95% confidence level on endogenous ACTH variation between group Tri (median D0 = 20.85 pg/dL; median D180 = 79.0 pg/dL; p = 0.07) and group Tri+Sel (median D0 = 103 pg/dL; median D180 = 98.25; p = 0.57). Both groups showed significant lower post-ACTH cortisol levels at the end of study (Tri median D0 = 15 g/dL; D180 = 5.2 g/dL; p = 0,002 versus Tri+Sel median D0 = 17.23 g/dL; D180 = 2.26 g/dL; p = 0.006). Also, both groups needed trilostane dosage adjustments (p = 0,01). However, no statistical difference was observed between the groups at the end of the study. Nonetheless, there was minor variation on left adrenal glands thickness of group Tri+Sel (left adrenal median D0 = 0.65 cm; median D180 = 0.71; p = 0.7) when compared with group Tri (left adrenal median D0 = 0.77 cm; median D180 = 0.97 cm; p = 0.09). The same was observed for right adrenal glands thickness (Tri+Sel median D0 = 0.65 cm; median D180 = 0.58 cm; p = 0.2 versus Tri median D0 = 0.58 cm; median D180 = 0.77 cm; p = 0.04). Moreover, patients in group Tri+Sel seemed to have achieved better metabolic control throughout fructosamine and total cholesterol evaluation. Notwithstanding, no differences on clinical control or cognitive function status was perceived between groups. The association between trilostane and selegiline seems a safe and promising complementary therapy for canine HPD. However, further studies are need with larger patient number to clarify the real effect of this association, as well as longer follow up.
Biblioteca responsável: BR68.1