Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

CONCENTRAÇÃO DO LACTATO L E DE OUTROS CONSTITUINTES BIOQUÍMICOS NO LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO DE BOVINOS COM ENCEFALITES VIRAL OU BACTERIANA

JULIANA MASSITEL CURTI.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-216971

Resumo

A concentração elevada de lactato L no líquido cefalorraquidiano (LCR) é utilizada como critério confiável, na rotina clínica, para reforçar o diagnóstico das encefalites bacterianas no homem, distinguindo-as das encefalites virais. Nos animais, há poucas informações sobre o assunto e é incerto que a sua concentração no LCR possa contribuir para o diagnóstico diferencial entre as encefalites. Não há estudos que tenham investigado essa hipótese em bovinos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a concentração do lactato L e de outras variáveis bioquímicas no LCR de bovinos sadios e com encefalites viral ou bacteriana. Foram colhidas e avaliadas amostras de LCR de bovinos sadios (n=10) e naturalmente acometidos pela raiva (n=15), meningoencefalite por BoHV-5 (n=16), histofilose (n=6) e encefalite bacteriana (n=4). O LCR foi colhido por punção no espaço atlanto-occiptal. O plasma fluoretado foi obtido após a centrifugação do sangue colhido, por punção da veia jugular, imediatamente antes da colheita de LCR. No LCR fresco, foram realizadas as análises físicas, bioquímicas (proteínas e glicose) e celulares rotineiras. Para as demais determinações bioquímicas, as amostras de LCR e de plasma foram conservadas por congelação até o processamento. As concentrações de lactato L foram mensuradas no LCR e no plasma. As concentrações de Na+, de K+, de Cl-, de Ca e de Mg foram determinadas somente no LCR. A análise de variância foi empregada para comparação entre os grupos e a correlação entre as variáveis foi estudada. A concentração de lactato L no LCR foi maior na encefalite bacteriana quando comparada à dos bovinos sadios. No entanto, não houve diferença entre as encefalites virais e bacterianas. As concentrações dos eletrólitos no LCR não diferiram, mas Na+ e Cl- tenderam a aumentar na encefalite bacteriana. A concentração de Ca foi menor nos bovinos doentes. A concentração de lactato L no LCR se correlacionou com a concentração de lactato L no plasma, com as concentrações de Na+, de Cl-, de proteínas e de glicose e com o número de células nucleadas, polimorfonucleadas (PMN) e mononucleadas (MN) presentes no LCR. Apesar do número reduzido de casos de encefalite bacteriana incluídos no estudo, pode-se concluir que a concentração de lactato L no LCR não possui importância como critério diagnóstico que auxilia na diferenciação entre as encefalites virais e as bacterianas em bovinos. Outros estudos como maior número de observações são necessários para esclarecer esse aspecto no caso específico da listeriose.
The high concentrations of L lactate in cerebrospinal fluid (CSF) is used as a criteria in the clinical practice to reinforce the diagnosis of bacterial encephalitis in humans, distinguishing them from viral encephalitis. In animals, there are little informations on the subject and it is uncertain that its concentration in CSF may contribute to the differential diagnosis between encephalitis. There arent researches investigating this hypothesis in cattle.The aim of this study was to evaluate the L lactate and other bichemical components concentrations in CSF of healthy cattle and suffering from viral or bacterial encephalitis. The samples of CSF were collected and evaluated from healthy cattle (n=10) and naturally affected by rabies (n=15), BoHV-5 meningoencephalitis (n=16), histophilosis (n=6) and bacterial encephalitis (n=4). The CSF was collected at the atlanto-occiptal site. Blood were obtained from the jugular vein, and after fluoridated plasma was obtained by centrifugation, immediately before CSF was collected. In fresh CSF physical, biochemical (protein and glucose) and cellular analysis were performed. For another biochemicals determination, CSF and plasma were kept frozen until processing. The L lactate concentrations were mensuared in CSF and plasma. The concentrations of Na+, K+, Cl-, Ca, Mg were mensuared only in CSF. The analysis of variance was used for comparison between groups and correlation test was studied. The L lactate CSF concentrations were higher in bacterial encephalitis than in healthy cattle, however did not differ between viral and bacterial encephalitis. The eletrolytes concentrations of CSF did not differ, however Na+ and Cl- tended to increase in the bacterial encephalitis. The Ca concentrations were lower in encephalitis cattle. The L lactate CSF concentrations were correlated with L lactate plasma concentrations, Na+, Cl-, protein and glucose and the number of nucleated cells, polymorphonuclear and mononuclear cells, presented in CSF. Despite the small number of cases of bacterial encephalitis included in this study, it may be concluded that L lactate concentration is not important as a diagnostic method for differentiaton between viral and bacterial encephalitis in cattle. Additional studies with higher number of observations are necessary to clarify this aspect in the especific listeriosis case.
Biblioteca responsável: BR68.1