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EFEITO ANALGÉSICO DO TRAMADOL VIA EPIDURAL EM SINOVITE INDUZIDA EM OVINOS
Thesis em Pt | VETTESES | ID: vtt-217290
Biblioteca responsável: BR68.1
RESUMO
Este trabalho foi dividido em três capítulos, sendo o primeiro a revisão de literatura. Nos capítulos 2 e 3, objetivou-se estabelecer a dose de lipopolissacarídeo (LPS) de E. coli, administrada via intra-articular, capaz de desenvolver sinais de sinovite em ovinos sem desencadear sinais sistêmicos, para padronização de um modelo álgico para estudos de dor, e avaliar os efeitos analgésicos do tramadol, via epidural, após indução da sinovite experimental. No estudo descrito no capítulo 2, foram utilizados 14 ovinos machos, castrados, clinicamente saudáveis. O LPS foi diluído em PBS estéril e administrado no recesso medial da articulação femorotibiopatelar direita. Na fase 1 do estudo, administrou-se 0,5 mL de PBS isoladamente (n = 2) e contendo 0,5 (n = 2); 1,0 (n = 2); 1,5 (n = 2) e 2,0 ng de LPS (n = 2) por animal. Na segunda fase, administrou-se em quatro animais 0,3 mL das doses de 1,0 (n = 2) e 2,0 g de LPS (n = 2). Na fase 3, foram inoculadas as doses de 0,5 (n = 2) e 1,0 g (n = 2). O intervalo entre as fases foi de 30 dias. Realizaram-se aferições de parâmetros clínicos (FC, FR e TR), avaliação por escalas de claudicação, dor à flexão do membro e edema local, e exame ultrassonográfico da articulação. Os momentos de avaliação foram basal e uma, três, seis, nove, 12, 18, 24 e 48 horas após a administração do LPS. As doses testadas na fase 1 não produziram resposta homogênea e os sinais de sinovite foram sutis. Na fase 2, observou-se claudicação leve a moderada para todas as doses sem evidência de sinais sistêmicos. Os escores de claudicação mantiveram-se entre 1 e 2 (0-5) em 24 horas. O máximo de dor à flexão foi observado entre nove e doze horas (escore 3; 0-3). Alterações ultrassonográficas sugeriram efusão e celularidade. Na fase 3, a dose de 0,5 g produziu resposta clínica semelhante à 1,0 g. Os escores de claudicação e dor se assemelharam à fase anterior. Achados ultrassonográficos foram semelhantes ao anterior. A dose de 0,5 g foi considerada a mais adequada, por ser a menor dose testada, capaz de causar claudicação em todos os animais, sem gerar sinais sistêmicos da inflamação. No estudo descrito no capítulo 3, foram utilizados 12 ovinos machos, castrados, clinicamente saudáveis. A dose de 0,5 g de LPS foi inoculada no recesso medial da articulação femorotibiopatelar esquerda. Os animais foram divididos em grupo tratamento (GT), tratados com 2,0 mg/kg de tramadol via epidural, e grupo controle (GC), tratados com solução salina 0,9%, a cada seis horas, durante 24 horas. Avaliou-se as frequências cardíaca e respiratória, temperaturas retal e periférica, e determinou-se escores de claudicação, dor à flexão do membro e edema local, antes e uma, três, seis, nove, 12, 24 e 48 horas após a administração do LPS. Análises cinética e cinemática da marcha foram realizadas antes, seis e 24 horas após a administração do LPS. Os resultados das variáveis clínicas e biomecânicas foram submetidos à análise de variância (ANOVA) seguida de teste de Student-Newman-Keuls. Os resultados dos escores foram submetidos aos testes de Kruskall-Wallis e Friedman. Considerou-se nível de significância de 5%. Todos os animais apresentaram claudicação, com início três horas após a indução da sinovite e máxima resposta inflamatória ocorreu em seis horas. As escalas de claudicação e dor à flexão do membro sugeriram que o tratamento reduziu a intensidade da dor entre os grupos. Todavia, o tramadol não foi capaz de adiar o início dos sinais clínicos ou interferir em sua duração. Apenas os animais do GC pouparam o membro esquerdo ao apoiarem sobre as plataformas, seis horas após a administração do LPS, e observou-se mudança significativa no ângulo mínimo da articulação e da variação angular, evidenciando que o movimento de flexão do membro foi alterado pela sensação dolorosa. A remissão completa dos sinais ocorreu em até 48 horas. A administração de 2,0 mg kg-1 de tramadol, via epidural, promoveu analgesia em ovinos submetidos a sinovite experimental, diminuindo a intensidade da sensação dolorosa nos momentos de máxima resposta inflamatória.
ABSTRACT
Our study was divided into three chapters, the first being literature review. In chapters 2 and 3, we aimed to establish the dose of lipopolysaccharide (LPS) of E. coli, administered intra-articularly, capable of developing signs of synovitis in sheep without triggering systemic signals, to standardize a pain model, and to evaluate the analgesic effects of tramadol, via epidural, after induction of experimental synovitis. In the study described in Chapter 2, 14 male, castrated, clinically healthy sheep were used. The LPS was diluted in sterile PBS and administered into the medial recess of the right femorotibiopatellar joint. In phase 1, 0.5 ml of PBS was administered alone (n = 2) and containing 0.5 (n = 2); 1.0 (n = 2); 1.5 (n = 2) and 2.0 ng LPS (n = 2) per animal. In the second phase, 0.3 mL of the doses of 1.0 (n = 2) and 2.0 g of LPS (n = 2) were administered in four animals. In phase 3, doses of 0.5 (n = 2) and 1.0 g (n = 2) were administered. The interval between phases was 30 days. Clinical parameters (HR, RR and RT), lemeness scales, limb pain on flexion and local edema, and ultrasonographic examination of the joint were evaluated. Evaluation moments were baseline and one, three, six, nine, 12, 18, 24 and 48 hours after LPS administration. The doses tested in phase 1 did not produce a homogeneous response and the signs of synovitis were subtle. In stage 2, mild to moderate lameness was observed for all doses with no evidence of systemic signs. The claudication scores were maintained between 1 and 2 (0-5) in 24 hours. The maximum flexion pain was observed between nine and twelve hours (score 3; 0-3). Ultrasonographic changes suggested effusion and cellularity. In phase 3, the 0.5 g dose produced a clinical response similar to 1.0 g. The claudication and pain scores resembled the previous phase. Ultrasonographic findings were similar to the previous one. The dose of 0.5 g was considered the most adequate because it was the lowest dose tested, capable of causing lameness in all animals, without systemic signs of inflammation. In the study described in Chapter 3, 12 male, castrated, clinically healthy sheep were used. The dose of 0.5 g LPS was inoculated into the medial recess of the left femorotibiopatellar joint. The animals were divided into treatment group (GT), treated with 2.0 mg/kg of tramadol via epidural, and control group (CG), treated with 0.9% saline every 6 hours for 24 hours. Heart and respiratory rates, rectal and peripheral temperatures were assessed, and limb lameness, limb pain on flexion and local edema were determined before and one, three, six, nine, 12, 24 and 48 hours after administration of the LPS. Kinetic and kinematic gait analyzes were performed before, six and 24 hours after LPS administration. The results of the clinical and biomechanical variables were submitted to analysis of variance (ANOVA) followed by Student-Newman-Keuls test. The results of the scores were submitted to the Kruskall-Wallis and Friedman tests. A significance level of 5% was considered. All animals presented lameness, beginning three hours after induction of synovitis and maximal inflammatory response occurred within six hours. The limb lameness and pain on flexion scales suggested that the treatment reduced the intensity of pain between the groups. However, tramadol has not been able to postpone the onset of clinical signs or interfere with its duration. Only animals GC spared the left member while bearing weight on the platform, six hours after LPS administration, and there was significant change in the minimum joint angle and angular displacement, indicating that the limb flexion movement was changed by pain. Complete remission of signs occurred within 48 hours. Administration of tramadol 2.0 mg/kg, epidural, promoted analgesia in sheep under experimental synovitis, decreasing the intensity of the pain sensation at times of maximum inflammatory response.
Palavras-chave
Texto completo: 1 Base de dados: VETTESES Idioma: Pt Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Thesis
Texto completo: 1 Base de dados: VETTESES Idioma: Pt Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Thesis