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Comercialização de ostras (Crassostrea spp) em praia do Nordeste Paraense: perfil dos vendedores e consumidores, análise microbiológica do produto

SAMARA MARIA MODESTO VERISSIMO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-217377

Resumo

A comercialização de ostras vem crescendo no Brasil e vem se destacando como alternativa de renda para populações ribeirinhas uma vez que exige pouco ou nenhum investimento para seu desenvolvimento. Porém, para a sua expansão a observação das demandas da clientela local, assim como a averiguação da segurança para o consumo do alimento são de fundamental importância. O estudo teve como objetivo caracterizar o perfil dos vendedores e consumidores de ostras (Crassostrea spp) em praia do Nordeste Paraense, e consistiu da aplicação de entrevistas a vendedores e consumidores de ostras cruas na praia do Atalaia, município de Salinópolis a fim de traçar o perfil tanto dos indivíduos envolvidos quanto da atividade de venda. Aliado a isso o trabalho se propôs a investigar a contaminação das ostras comercializadas na praia por Salmonella spp, Staphylococcus coagulase positiva, Escherichia coli e Coliformes a 45° C (CTer). As entrevistas aconteceram nos períodos de feriados, assim como em alta temporada entre os meses de julho de 2016 e julho de 2017. Amostras de ostras foram compradas na praia em julho de 2017 e submetidas à análise microbiológica para a pesquisa de agentes além da reação em cadeia da polimerase (PCR) para a confirmação do gênero Salmonella, quando necessário. Quanto aos vendedores de ostras entrevistados (n=32) todos eram do sexo masculino. A maioria possuía uma jornada de trabalho de oito horas (78,1%), e nunca recebeu nenhum tipo de treinamento para exercer a atividade (90,6%). As ostras comercializadas eram obtidas através por extrativismo (96,9%), oriundas principalmente do município de Primavera (68,8%). A compra de um extrativista ou extração, quando o vendedor fazia a própria colheita, costumava ocorrer no dia anterior à venda (71,9%), sendo que 62,5% desses vendedores armazenavam os moluscos coletados em temperatura ambiente até o momento da venda. Os consumidores entrevistados (n=383) eram na maioria do sexo masculino (65,3%) e relataram consumir ostras esporadicamente (85,4%), na praia (95,8%). Inclusive, nesse estudo, 59,8% mencionaram estar dispostos a incluir as ostras em suas refeições diárias se houvesse oferta. A análise microbiológica da ostra comercializada revelou o crescimento de Salmonella spp. em 33.3% das amostras dos vendedores e esse resultado foi confirmado pela PCR. Todas as amostras analisadas estavam dentro do padrão para CTer e E. coli, conforme a legislação brasileira. Já para contagem de Staphylococcus coagulase positiva observou-se que 22,2% das amostras apresentaram valores acima dos padrões oficiais. Esse estudo revela que o extrativismo de ostras ainda é uma atividade muito comum na região mas que precisa de políticas públicas e melhoria da qualidade do produto comercializado, já que as ostras comercializadas na praia podem oferecer risco à população por questões que podem ser resolvidas a partir da capacitação dos extrativistas e vendedores de ostras.
The commercialization of oysters has been growing in Brazil and has been highlighting as an income alternative for riparian populations since it requires little or no investment for their development. However, for its expansion the observation of the demands of the local clientele, as well as the safety investigation for the consumption of the food are of fundamental importance. The objective of this study was to characterize the profile of oyster sellers and consumers (Crassostrea spp.) In Northeastern Paraense beach, and consisted of interviews with sellers and consumers of raw oysters on the beach of Atalaia, Salinópolis municipality. profile of both the individuals involved and the sales activity. In addition to this, the work proposed to investigate the contamination of oysters marketed on the beach by Salmonella spp, Coagulase positive Staphylococcus, Escherichia coli and Coliformes at 45 ° C (CTer). The interviews took place during the holidays, as well as in high season between July 2016 and July 2017. Samples of oysters were purchased on the beach in July 2017 and submitted to microbiological analysis for the investigation of agents besides the reaction in polymerase chain reaction (PCR) for confirmation of the Salmonella genus, when necessary. As for the oyster sellers interviewed (n = 32), all were male. The majority had an eight-hour working day (78.1%), and never received any type of training to carry out the activity (90.6%). Commercialized oysters were obtained by extractivism (96.9%), mainly from the municipality of Primavera (68.8%). The purchase of a harvesting or extraction, when the seller made the harvest, used to occur on the day before the sale (71.9%), with 62.5% of these vendors storing the collected molluscs at room temperature until the time of sale . The consumers interviewed (n = 383) were mostly males (65.3%) and reported consuming oysters sporadically (85.4%), on the beach (95.8%). Even in this study, 59.8% mentioned being willing to include oysters in their daily meals if there was an offer. Microbiological analysis of oyster marketed revealed the growth of Salmonella spp. in 33.3% of the sellers samples and this result was confirmed by PCR. All samples analyzed were within the standard for CTer and E. coli, according to Brazilian legislation. For the Coagulase positive Staphylococcus count, 22.2% of the samples presented values above the official standards. This study reveals that oyster extractivism is still a very common activity in the region but needs public policies and improved quality of the product marketed, since oysters marketed on the beach may pose a risk to the population due to issues that can be solved the training of extractors and oyster sellers.
Biblioteca responsável: BR68.1