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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-217394

Resumo

O principal objetivo deste estudo foi avaliar, em forma de questionário, a percepção dos consumidores que se alimentam fora de casa em relação aos perigos de doenças transmitidas por alimentos (DTA), com intuito de obter dados que possam ser utilizados para elaboração de um plano educacional, visando aspectos de prevenção de doenças e melhorias na saúde pública da população. O questionário obteve um total de 1515 respostas. Investigou-se os perfis dos entrevistados, onde tivemos a maior quantidade de respostas do gênero feminino (67%) defronte ao masculino (32,3%), e 0,2% preferiram não informar. Com relação ao nível de escolaridade o maior percentual foi com ensino superior concluído (29,5%), a maior faixa etária ficou entre 18-29 anos (52,3%) e maioria de solteiros (57,8%). Visando uma investigação mais específica, notamos que as pessoas se alimentam rotineiramente em restaurantes (64,5%) superando aquelas que se alimentam esporadicamente (35,5%). A escolha alimentar, em relação ao que é observado primeiramente nos estabelecimentos, denotou a preferência pela limpeza e atendimento (95,1%). A maioria consome carne em restaurantes (96,7%), e considera a carne de peixes como a mais saudável (58,5%). Entretanto, a carne bovina é a mais consumida (30,1%) entre os respondentes, mesmo sendo a terceira considerada mais saudável na opinião destes, que preferem consumi-las principalmente ao ponto ou bem passada (93,8%). O peixe cru na forma de comida japonesa é consumido por 44,8%, e apresentou associação com os que consomem carne mal passada (p<0,0001), e 83,2% consomem vegetais crus em restaurantes. No entendimento dos inquiridos sobre DTA, 91,1% acreditam que as carnes podem veicular doenças, sendo a carne suína a mais temida (89%). Também consideram as verduras e/ou legumes (89%), a água (85,7%) e alimentos orgânicos (71,4%) como possíveis transmissores de doenças. A salmonelose (90,5%) é considerada a DTA mais importante. Já 99,1% entendem que é possível os alimentos serem contaminados pela mão do manipulador, compreendem que a contaminação não é eliminada totalmente em vegetais usando temperos como vinagre e limão (96,2%). Acreditam que verduras, legumes e frutas possam conter resíduos de agrotóxicos (98,7%), do mesmo modo acham que os alimentos de origem animal podem conter resíduos de antibióticos e/ou outros medicamentos (86,1%), considerando a carne o alimento com maior quantidade (51,5%). Mesmo com a divulgação por parte de associações de produtores afirmando o contrário, e a proibição por legislações governamentais, 67,5% creem que a carne de frango contém hormônios que os animais receberam na alimentação, e afirmam terem este conhecimento através dos meios de comunicação (47,7%). Caso tivessem uma indisposição por ingerir alimentos de restaurantes, a maioria dos consumidores reclamariam à vigilância sanitária (40,6%). Em estudo complementar, foram avaliadas as condições higiênico-sanitárias de carne bovina (bife) e vegetais folhosos crus (alface/rúcula), em dois restaurantes self-service. A quantificação de E. coli nas amostras de carne bovina (bife), estão dentro dos parâmetros estabelecidos, com as três semanas com resultados de conformidade em ambos os restaurantes. Em vegetais folhosos levou aos resultados de não conformidade na segunda semana de coleta no restaurante A, e na segunda e terceira semana no restaurante B com alta contagem. Obtivemos nessa investigação dados preocupantes nos quais devemos estar atentos à saúde pública, sendo assim, consideramos a educação compreensiva aos consumidores parte fundamental para a sociedade obter uma boa qualidade de vida.

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The main objective of this study was to evaluate, in the form of a questionnaire, the perception of the consumers who feed away from home in relation to the dangers of foodborne diseases (DTA), in order to obtain data that can be used to elaborate a plan educational, aiming at aspects of disease prevention and improvements in public health of the population. The questionnaire obtained a total of 1515 responses. We investigated the profiles of the interviewees, where we had the largest number of female respondents (67%) versus male (32.3%), and 0.2% preferred not to report. Regarding the educational level, the highest percentage was with higher education (29.5%), the largest age group was between 18-29 years (52.3%) and the majority of unmarried students (57.8%). Aiming at a more specific investigation, we noticed that people routinely feed themselves in restaurants (64.5%), surpassing those that eat sporadically (35.5%). The food choice, in relation to what is observed first in the establishments, denoted preference for cleaning and care (95.1%). Most eat meat in restaurants (96.7%), and consider fish meat as the healthiest (58.5%). However, beef is the most consumed (30.1%) among respondents, even though the third is considered healthier in the opinion of those who prefer to consume them mainly to the point or well past (93.8%). Raw fish in the form of Japanese food is consumed by 44.8%, and was associated with those consuming raw meat (p <0.0001), and 83.2% consume raw vegetables in restaurants. In the opinion of the respondents about DTA, 91.1% believe that meat can carry diseases, with pork being the most feared (89%). They also consider vegetables and / or vegetables (89%), water (85.7%) and organic foods (71.4%) as possible transmitters of diseases. Salmonellosis (90.5%) is considered the most important DTA. Already 99.1% understand that it is possible for food to be contaminated by the hand of the manipulator, they understand that the contamination is not totally eliminated in vegetables using seasonings such as vinegar and lemon (96.2%). They believe that vegetables, fruits and vegetables may contain pesticide residues (98.7%). Likewise, they believe that foods of animal origin may contain residues of antibiotics and / or other medicines (86.1%). food (51.5%). Even with the announcement by producer associations stating the opposite, and the ban by government legislation, 67.5% believe that chicken meat contains hormones that the animals received in food, and claim to have this knowledge through the media (47.7%). If they had an unwillingness to eat food from restaurants, most consumers would complain to health surveillance (40.6%). In a complementary study, the hygienic-sanitary conditions of beef (steak) and raw leafy vegetables (lettuce / arugula) were evaluated in two self-service restaurants. The quantification of E. coli in the beef samples (steak), are within the established parameters, with the three weeks with results of conformity in both restaurants. In leafy vegetables led to the results of noncompliance in the second week of collection in restaurant A, and in the second and third week in restaurant B with high count. We have obtained in this research data concerning which we must be attentive to public health, and we consider that the understanding education to consumers is fundamental for society to obtain a good quality of life.

Biblioteca responsável: BR68.1