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Alterações reprodutivas em cabras com doença de depósito lisossomal

DAYANE DIAS COUTINHO CAVALCANTI DE LIMA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-217559

Resumo

Com o objetivo de caracterizar alterações reprodutivas em cabras com doença de depósito lisossomal induzida pelo consumo de Ipomoea carnea subsp. fistulosa, foram utilizadas seis fêmeas caprinas, distribuídas em grupo controle e grupo teste, formado por dois e quatro animais, respectivamente. As fêmeas do grupo teste receberam misturadas à ração, I. carnea, contendo 0,02% de swainsonina na dose de 2g/ kg de Peso Vivo durante 60 dias. Foram realizados exames clínicos e neurológicos, utilizando o Head Raising Test e Stand up Test. As funções reprodutivas foram avaliadas através de citologia vaginal, avaliações laparoscópicas dos ovários, análises histopatológicas do útero, tubas uterinas, ovários, hipófise, tireóide, encéfalo, pâncreas, rins e fígado, além de dosagem de progesterona (ELISA). As concentrações de progesterona foram analisadas pelo programa SAEG 7.0, aplicando análise de variância e regressão. Alterações reprodutivas foram observadas após 25 dias de início do fornecimento da planta e não cursaram com sinais neurológicos característicos de doença de depósito lisossomal. Estes só foram manifestados após 40 dias de consumo de I. carnea. Na fase de adaptação, todas as fêmeas apresentaram cio, ovulação e citologia vaginal compatível com as fases do ciclo. A partir de 21 dias de experimento, as fêmeas do grupo teste não demonstravam comportamento de cio. A análise dos esfregaços vaginais demonstrou alterações a partir do segundo ciclo avaliado, que consistiram de celularidade incompatível com a fase do ciclo estral, diferindo das fêmeas controles. À laparoscopia observou-se ausência de ovulação durante o período experimental, com observação de recrutamento folicular. As concentrações de progesterona das fêmeas teste e controles não diferiram entre si, levando em consideração as dosagens de todo o período experimental. Na avaliação do período correspondente aos dois últimos ciclos, houve diferença significativa. Foram observadas vacuolizações em neurônios de Purkinje, células foliculares da tireóide e epiteliais do pâncreas e em hepatócitos. Foi observada vacuolização e degeneração das células da teca. Concluiu-se que fêmeas caprinas intoxicadas por I. carnea, mesmo que em pequenas quantidades da planta, podem apresentar alterações reprodutivas. A doença de depósito lisossomal por ingestão de swainsonina, além do sistema nervoso central, afeta a reprodução desses animais, comprometendo o ciclo estral por alterações no perfil hormonal da progesterona, provavelmente associadas a lesões celulares nos ovários.
The objective of this study was to characterize reproductive failures in goats with lysosomal deposit disease induced by the consumption of Ipomoea carnea subsp. fistulosa, using six goat females, divided in control group and test group, formed by two and four animals, respectively. The test group females were feed with commercial ration mixed with I. carnea, containing 0.02% swainsonine at a dose of 2 g / kg of Live Weight for 60 days. Clinical and neurological examinations were performed using the Head Raising Test and Stand up Test. The reproductive functions were evaluated through vaginal cytology, laparoscopic evaluations of the ovaries, histopathological analyzes of the uterus, uterine tubes, ovaries, pituitary, thyroid, encephalon, pancreas, kidneys and liver were performed, as well as serum progesterone through ELISA. The progesterone concentrations were analyzed by the SAEG 7.0 program, applying analysis of variance and regression. Reproductive failures were observed after 25 days of initiation of the plant supply and did not present with nerve signals characteristic of lysosomal deposit disease. These were only manifested after 40 days of consumption of I. carnea. In the adaptation phase, all females (test group and control group) presented estrus, ovulation and cytology compatible with the phases of the cycle. From 21 days of experiment, the females of the test group showed no estrus behavior. Analysis of the vaginal smears showed changes from the second cycle evaluated, which consisted of cellularity incompatible with the estrous cycle phase, differing from the control females. Laparoscopy showed no ovulation during the experimental period, with observation of follicular recruitment. Serum progesterone concentrations of test and control goats did not differ from each other, taking into account the dosages throughout the experimental period. In the evaluation of the period corresponding to the last two cycles, there was a significant difference. Vacuolation lesions were observed in Purkinje neurons, follicular thyroid cells, pancreatic epithelial cells and hepatocytes. Vacuolation and degeneration of the teak cells were observed. It was concluded that goats intoxicated by Ipomoea carnea subsp. fistulosa, even in small amounts of the plant, may present reproductive failures. Lysosomal storage disease due to swainsonine intake, in addition to the nervous system, also affects the reproduction of goat females, compromising the estrous cycle due to changes in the progesterone hormone profile, probably associated with cell lesions in the ovaries.
Biblioteca responsável: BR68.1