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AVALIAÇÃO CLÍNICA E HISTOPATOLÓGICA DE FELINOS COM ESPOROTRICOSE REFRATÁRIA AO TRATAMENTO CONVENCIONAL E TRATADOS COM MILTEFOSINA

FRANCINE DOS SANTOS DA SILVA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-217585

Resumo

rothrix spp, que afeta homens e animais. Os gatos são os principais vetores da transmissão de S. brasiliensis, que é a espécie de fungo mais virulenta e está associada às manifestações clínicas mais graves. O aumento dos casos de esporotricose felina resistentes às terapias convencionais evidencia a necessidade de novos estudos em busca de tratamentos alternativos. Este estudo teve como objetivo avaliar as lesões de esporotricose felina refratárias aos medicamentos convencionais, assim como, avaliar a resposta clínica desses felinos ao tratamento com miltefosina oral. Neste estudo, 10 animais da espécie felina portadores de esporotricose nasal, que foram tratados por mais de um ano com antifúngicos sem obter cura clínica ou com recidiva da doença, foram tratados com a miltefosina oral. Cultura fúngica, citopatologia e histopatologia foram realizadas em todos os gatos antes do tratamento com miltefosina. Amostras de sangue foram coletadas para exames laboratoriais, como hemograma, uréia, creatinina sérica, ALT e fosfatase alcalina antes e durante o estudo, bem como sorologia para imunodeficiência felina (FIV) e leucemia felina (FeLV). O protocolo de tratamento foi a administração da miltefosina na dosagem de 2 mg/kg, por via oral, a cada 24 horas. Os animais foram monitorados por telefone durante todo o processo e reavaliados nos dias 0, 15, 30 e 45 do tratamento. Gatos machos, adultos e sem raça definida foram predominantemente afetados. As lesões estavam presentes no nariz (90%), orelhas (40%), áreas perioculares (10%) e membros (40%). As lesões macroscópicas mais frequentes foram nódulos e ulceras cutâneas. No estudo citopatológico, houve maior ocorrência do tipo de infiltrado inflamatório piogranulomatoso e linfocitário. Histologicamente, as dez (100%) lesões estudadas apresentaram processo inflamatório granulomatoso supurativo. Um (10%) gato recebeu tratamento por 45 dias, seis (60%) por 30 dias, um (10%) por 21 dias, um (10%) por 15 dias e um (10%) por 3 dias. Um gato não apresentou resposta ao tratamento e nove gatos apresentaram progressão da doença. A hiporexia e a perda de peso foram os sinais clínicos mais frequentes relacionados ao tratamento com miltefosina, seguidos por sialorréia, vômitos e diarreia. Poucos efeitos adversos na hematologia e bioquímica (principalmente parâmetros renais e hepáticos) foram observados durante o estudo. A miltefosina não levou à remissão clínica das lesões em gatos com esporotricose refratária.
Sporotrichosis is a fungal infection caused by species of the genus Sporothrix spp that affects both humans and animals. Cats are the main vectors of S. brasiliensis transmission, which is the most virulent fungus species and is associated with the most severe clinical manifestations. The increase in cases of resistant sporotrichosis to conventional therapies evidences the need for research on new therapies for the treatment of these cases.This study aimed to investigate the response of feline sporotrichosis lesions refractory to conventional drugs and submitted to treatment with oral miltefosine, through clinical and histopathological analysis. In this study, 10 cats with nasal sporotrichosis, which were previously treated for more than one year with conventional antifungals with incomplete clinical remision or worsening of the disease, were treated with oral miltefosine. Fungal culture, cytopathological and histopathology were performed in all cats before miltefosin treatment. Blood samples were collected for laboratory tests, such as blood count, BUN, serum creatinine, ALT and alkaline phosphatase before and during the study, as well as serology for Feline Immunodeficiency (FIV) and Feline Leukemia (FeLV). The treatment protocol was administration of miltefosine at a dosage of 2 mg / kg orally every 24 hours. The animals were monitored by telephone during the whole process and reassessed on days 0, 15, 30 and 45 of the treatment. Adult male, mongrel, and unneutered cats were predominantly affected. Lesions were present on the nose (90%), ears (40%), periocular areas (10%) and limbs (40%). Nodules and ulcers are the most common types of lesions. Cytopathological examination showed a greater occurence of the type of inflammatory piogranulomatous and lymphocytic infiltrate. Histologically, ten (100%) lesions showed suppurative granulomatous inflammation. One (10%) cat received treatment for 45 days, six (60%) for 30 days, one (10%) for 21 days, one (10%) for 15 days and one (10%) for 3 days. One cat showed no response to treatment and nine cats showed disease progression. Hyporexia and weight loss were the most frequent clinical signs related to miltefosin treatment, followed by sialorrhea, vomiting and diarrhea. Few adverse effects on hematology and biochemistry (mainly renal and hepatic parameters) were observed during the study. Miltefosine did not lead to clinical remission of lesions in cats with refractory sporotrichosis.
Biblioteca responsável: BR68.1