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Estudo retrospectivo de infecções fúngicas em caninos e felinos na região Sul do Rio Grande do Sul

Gomes, Angelita Dos Reis.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-2179

Resumo

O crescente registro de infecções fúngicas, em caninos e felinos, ocorrido nas últimas décadas, destaca a importância da compreensão epidemiológica na ocorrência deste fenômeno. O objetivo deste trabalho foi conhecer possíveis influências e fatores de risco de cães e gatos com resultados positivos para cultura de fungos patogênicos, apresentando resultados gerais e avaliando detalhadamente as três infecções de maior frequência. Foi realizado um estudo observacional de caráter retrospectivo das infecções causadas por fungos, diagnosticadas em cães e gatos na região de Pelotas, RS, Brasil, no período de 1980 a 2011. Foram analisados 1739 registros de amostras clínicas de caninos e felinos com suspeitas fúngicas, provenientes dos bancos de dados do Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Micologia Veterinária (MICVET) e do Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD), ambos da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (FAVET- UFPel). Houve crescimento fúngico em 52,85% das amostras, das quais 37,49% corresponderam ao crescimento de fungos patogênicos e 15,36% de fungos sapróbios, em 47,15% não houve crescimento fúngico. O inverno teve a maior frequência de diagnósticos positivos, com 29,75%. As fêmeas foram 48,76% e os machos 44,11% e 7,13% não identificados. Do total de amostras os caninos tiveram 79,30% e os felinos 20,70%. A maioria dos casos positivos ocorreu em animais jovens, com até dois anos de idade (26,80%). Os três diagnósticos micológicos de maior ocorrência foram a malasseziose 59,98%, dermatofitose 18,56% e esporotricose 14,26%. A espécie Malassezia pachydermatis foi isolada em 100% dos casos, destes 94,88% eram caninos e 5,12% felinos. Não foi observada influência da sazonalidade em cães (P= 0,0151). As fêmeas foram maioria com 54,72% (P = 0,008), assim como 20,49% dos caninos com até dois anos de idade (P= 0,0003). As raças definidas, Cocker Spaniel (10,24%) e Poodle (8,89%) foram mais afetados (P= 0,0000). Em 21,02% as amostras eram relacionadas à dermatite e em 78,98% a otite por M. pachydermatis. O isolamento de dermatófitos ocorreu em 18,56% das infecções fúngicas, em 74,38% nos caninos e 25,62% em felinos. A sazonalidade não foi considerada fator de risco, em caninos (P= 0,6900), ou felinos (P= 0,1917), assim como o sexo em cães (P=0,0218), e gatos (P= 0,6880). A faixa etária entre um e 24 meses teve 56,67% dos registros em caninos e 64,52% nos felinos (P=0,000). Yorkshire Terrier com 10% (P=0,000), e Persa 29,03% (P= 0,0087) foram maioria. O comprimento do pelo nas raças definidas não teve influência em caninos (P= 0,9161), mas teve em felinos (P= 0,0209). Microsporum canis foi a espécie mais isolada tanto em caninos 57,78% como em felinos 77,42%, Microsporum gypseum teve 30% de isolamento em caninos e 9,68% em felinos, Trichophyton mentagrophytes 3,33% em caninos e 3,22% em felinos. A infecção por Sporothrix schenckii teve frequência de 14,26%, sendo 13,98% em caninos e 86,02% em felinos. Não houve diferença significativa para a sazonalidade, em caninos (P=0,0719), ou felinos (P=0,1068). Em 71,25% o isolamento se deu em machos felinos (P=0,000), em caninos não houve diferença significativa. A idade mais afetada foi entre dois e quatro anos com 23,75% (P=0,0003). Não houve diferença entre raças definidas tanto em felinos (P=0,0588), como em caninos (P= 0,8964), os animais SRD foram a maioria, em 82,50% dos felinos e 53,85% dos caninos. Conclui-se que os dados gerais demonstram que a maioria de caninos e fe
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