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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-217963

Resumo

No primeiro capítulo da tese, foi avaliado o potencial uso de aditivos naturais (óleo essencial de orégano, óleo vegetal de mamona e extrato de Baccharis dracunculifolia) e a monensina contra um grupo de bactérias ruminais. Três bactérias gram-negativas (Prevotella albensis, Prevotella bryantii e Treponema saccharophilum) e três bactérias gram-positivas (Ruminococcus albus, Ruminococcus flavefaciens e Streptococcus bovis) foram utilizadas. As bactérias foram cultivadas em meio de cultura (Hobson M2) em condições de anaeróbiose em tubos hungate de 10 mL a 39ºC. Para avaliar a capacidade inibitória, as bactérias foram incubadas por 24 horas nas concentrações finais de 10, 20,50 e 100 mg/L de cada aditivo e a densidade óptica (600nm) foi mensurada às 8, 12 e 24 horas. A monensina inibiu o crescimento das bactérias gram-positivas (P < 0,05). Em dosagens mais elevadas (> 20mg/L) foi também capaz de inibir o crescimento das bactéria gram-negativas, possívelmente pelo efeito bactericida. O óleo essencial de orégano inibiu o crescimento (P < 0,05) das bactérias gram-negativas e gram-positivas; enquanto os 29 outros compostos tiveram efeito marginal apenas em bactérias gram-positivas (óleo de mamona) ou nenhum efeito (Baccharis dracunculifolia). No segundo capítulo da tese avaliou-se o uso da tecnologia Ammonia Fiber Expansion (AFEX) que apresenta o potencial para aumentar a digestibilidade da fibra de alimentos volumosos, mas que pode 33 deixar resíduo, a acetamina, na carne. Primeiramente para se avaliar o potencial desta tecnologia, foram incubados alfafa, palha de arroz e palha de arroz tratada em três novilhas fistuladas por até 120 horas, para se determinar a cinética do desaparecimento da MS e FDN e caracterizar o perfil de colonização dos microrganismos. Posteriormente, um estudo com 40 fêmeas ovinas (37,1 ± 3,5 kg) recebendo uma das quatros dietas foram utilizadas para avaliar a performace e o resíduos de acetamina no sangue e músculo: 1) ALF = 250 g / kg de alfafa; 2) RS = 250 g / kg de palha de arroz; 3) ARS = 250 g / kg de AFEX palha de arroz e 4) ARSW = retirada da dieta ARS sete dias antes do abate. A palha de arroz tratada com AFEX apresentou maiores frações B e A+B e também maior 5 degradabilidade ruminal efetiva (P < 0.05). O perfil de colonização da palha de arroz AFEX foi mais similar a alfafa do que para a palha de arroz não tratada, por maior número de Bacteroidetes. Ovinos alimentados com dieta RS apresentaram desempenho similar aos ALF. Por outro lado, embora a ingestão de matéria seca dos ARS fora similar aos ALF o seu desempenho e eficiência alimentar foram reduzidos (P < 0.05). Uma correlação foi observada entre acetamida no sangue e no músculo dos animais alimentados com ARS. A retirada por até três dias da dieta ARS, foi suficiente para reduzir os níveis de acetamida no sangue (P < 0.05). Entretanto, o nível de acetamida no músculo foi similar até o sétimo dia de retirada. Embora o AFEX tenha aumentado a digestibilidade da palha de arroz, a inclusão de 25% deste alimento não melhorou o desempenho dos animais, entretanto um período de retirada superior a sete dias parece ser necessário para retornar os níveis basais de acetamida no músculo.

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The first chapter of this article evaluates the potential use of natural additives (oregano essential oil, castor oil and extract of Baccharis dracunculifolia) and monensin against a group of ruminal bacteria. Three gram negative bacteria (Prevotella albensis, Prevotella bryantii and Treponema saccharophilum) and three gram positive bacteria (Ruminococcus albus, Ruminococcus flavefaciens and Streptococcus bovis) were used. The bacteria were grown in culture medium (Hobson M2) under anaerobic conditions in 10 mL suspended tubes at 39ºC. To assess inhibitory capacity, bacteria were incubated for 24 hours in the concentrations of 10, 20, 50 and 100 mg / L of each additive and optical density (600nm) was measured at 8, 12 and 24 hours. Monensin inhibited the gram-positive bacteria growth (P <0.05). Also at higher doses (> 20mg / L) inhibited the gram-negative bacteria growth, possibly due to a bactericidal effect. The oregano essential oil inhibited (P <0.05) the gram-negative and gram-positive bacteria growth; while the other compounds had a marginal effect only on gram-positive bacteria (castor oil) or no effect (Baccharis dracunculifolia). In the second experiment it was evaluated the use of Ammonia Fiber Expansion (AFEX) technology, which has the potential to increase fiber digestibility of bulky foods, but can leave residues, like acetamide in the meat. First to assess the potential of this technology, alfalfa, rice straw and treated rice 30 straw were incubated in three fistulated heifers for up to 120 hours to determine the DM and NDF kinetics disappearance and to characterize the microorganisms colonization profile. Subsequently, a study with 40 female sheep (37.1 ± 3.5 kg) receiving one of the four diets was carried out to assess performance and acetamide residues in blood and muscle: 1) ALF = 250 g / kg of alfalfa; 2) RS = 250 g / kg of rice straw; 3) ARS = 250 g/ kg of AFEX rice straw and 4) ARSW = withdrawn of ARS diet seven days before the slaughter. AFEX-treated rice straw had higher B and A + B fractions and also greater effective ruminal degradability (P <0.05). The colonization profile of AFEX rice straw was more like alfalfa than untreated rice straw, due to the greater number of Bacteroidetes. Sheep fed with RS diet showed similar performance to ALF. On the other hand, although the ARS dry matter intake was similar to ALF its performance and feed efficiency was reduced (P <0.05). A correlation was observed between acetamide in the blood and muscle of animals fed with ARS. The withdrawal for up to three days from the ARS diet was sufficient to reduce the acetamide levels in the blood (P <0.05). However, the acetamide level in muscle was similar until the seventh day of withdrawal. Although AFEX has increased the rice straw digestibility, the inclusion of 25% of this food did not improve the animals performance, whereas a withdrawal period longer than seven days seems to be necessary to return the basic acetamide levels in muscle.

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