Larvicultura de piava, Megaleporinus obtusidens: transição alimentar, densidade de estocagem e taxa de arraçoamento

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da transição alimentar, densidade de estocagem e taxa de arraçoamento sobre a larvicultura da piava, Megaleporinus obtusidens; O momento adequado para realizar a transição alimentar para o alimento inerte foi determinado no experimento 1, que utilizou um delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos, utilizados para avaliar o melhor período para início da transição alimentar, e dois controles, um exclusivamente com dieta inerte e outro com rotíferos; A densidade de estocagem e as taxas de arraçoamento foram avaliadas no experimento 2, conduzido em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 2, composto pelos fatores densidade de estocagem (10; 20 e 30 larvas L-1) e taxa de arraçoamento (100% e 150% do peso da biomassa inicial); Ambos experimentos tiveram duração de 30 dias; A sobrevivência das larvas do experimento 1 variou de 45,77 a 68,44 %, não tendo sido registrada mortalidade total em nenhum tratamento e nem diferença significativa entre eles; Verificou-se, portanto, que as larvas de piava aceitaram a ração desde o início da alimentação exógena, porém apresentaram um baixo desempenho zootécnico; No experimento 2 a sobrevivência foi mais elevada na densidade de 30 larvas L-1, independentemente da taxa de arraçoamento; O comprimento total e a taxa de arraçoamento das larvas não estiveram relacionados (p>0,05) à densidade; O peso final mostrou tendência de aumento na densidade de 20 larvas L-1 nas duas taxas de arraçoamento (p>0,05); Para a larvicultura de M; obtusidens recomenda-se a densidade de 30 larvas L-1 e a taxa de arraçoamento de 100% do peso da biomassa inicial.

ABSTRACT

The objective of the study was to evaluate the effect of the transition of this feed, stocking density, and feeding rate on the larvae of piava, Megaleporinus obtusidens. The appropriate time to perform the feeding for the inert food was determined in experiment 1, which used a completely randomized design, with seven treatments, applied to evaluate the best period to start the food transition, and two controls, one exclusively with an inert diet and another with rotifers. The stocking density and feed rates were evaluated in experiment 2, conducted in a completely randomized design in a 3 x 2 factorial scheme, composed of stocking density (10; 20 and 30 L-1 larvae) and feed rate (100% and 150% of the initial biomass weight) factors. Both experiments last 30 days. The survival of larvae in experiment 1 varied from 45.77 to 68.44%, with no total mortality recorded in any treatment, and no difference was registered between them. Therefore, the larvae of piava accepted the ration since the beginning of the exogenous feeding, but present low zootechnical performance. In experiment 2, the survival was higher in the density of 30 L-1 larvae, regardless of the feeding rate. The total length and feeding rate of the larvae were not related (p> 0.05) to density. The final weight showed a tendency to increase the density of 20 L-1 larvae at both feeding rates (p> 0.05). For the larviculture of M. obtusidens, it is recommended the density of 30 L-1 larvae and the feed rate of 100% of the initial biomass weight.