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"Coprodutos de destilaria de milho: valor nutricional e efeitos na alimentação de suínos em crescimento e terminação"

VINICIUS RICARDO CAMBITO DE PAULA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-218308

Resumo

A presente tese foi dividida em três capítulos e consistiu na avaliação das digestibilidades de nutrientes de coprodutos do milho oriundos da produção de etanol que utilizam esse cereal como matéria-prima, além da avaliação dos efeitos do fornecimento dos coprodutos em dietas de suínos, sobre parâmetros de interesse zootécnico como desempenho, características e qualidade de carne, perfil de ácidos graxos e viabilidade econômica. No primeiro capítulo, avaliou-se as digestibilidades totais aparentes de nutrientes e a metabolizabilidade da energia, pelos métodos da coleta total e do indicador, a digestibilidade total estandardizada do fósforo e as digestibilidades ileais, aparente e estandardizada, dos aminoácidos e da proteína bruta de grãos secos de destilaria de milho com solúveis dos Estados Unidos, de um farelo de milho com solúveis do Brasil e grãos secos de destilaria de milho de alta proteína dos EUA e do Brasil. No segundo capítulo, avaliou-se a composição química e as digestibilidades da energia e do extrato etéreo do óleo extraído dos grãos secos de destilaria de milho produzido no Brasil, em comparação com óleo de milho de destilaria dos Estados Unidos e com óleos de soja, degomado e refinado. O terceiro e último capítulo consistiu na comparação do desempenho zootécnico, digestibilidade aparente de dietas, características e qualidade de carne, perfil de ácidos graxos e viabilidade econômica de suínos alimentados com uma dieta padrão, composta por milho e farelo de soja, em relação a animais que receberam dietas com inclusões elevadas de grãos secos de destilaria de milho de alta proteína, 40, 33 e 25%, nas fases de crescimento 1, 2 e de terminação 1, respectivamente. Adicionalmente, as dietas com o coproduto foram suplementadas ou não com um aditivo a base de algas e argila ou a enzima xilanase. Em todos os três estudos adotou-se delineamento em blocos casualizados, totalizando 10 repetições para os experimentos dos capítulos 1 e 2, e 8 repetições por tratamento no capítulo 3. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P < 0,05). No primeiro estudo, não houve diferença (P > 0,05) para a digestibilidade dos nutrientes entre os métodos avaliados, e a maioria das digestibilidades dos nutrientes, da energia e dos aminoácidos dos grãos secos de destilaria de alta proteína do Brasil foram maiores (P < 0,05) em relação aos demais coprodutos, enquanto os coprodutos norte americanos apresentaram maior digestibilidade total estandardizada do fósforo do que os coprodutos brasileiros. O farelo de milho com solúveis do Brasil foi o coproduto que de forma geral apresentou os menores valores digestíveis. No capítulo 2, o óleo de milho de destilaria do Brasil apresentou menor quantidade de ácido linoleico e maior quantidade de ácido oleico e palmítico que os demais óleos avaliados. O valor de anisidina, o teor de ácidos graxos livres e a acidez das amostras dos óleos de milho de destilaria foram superiores aos dos óleos de soja. A digestibilidade total aparente da energia bruta e o valor de energia digestível não diferiram entre as fontes de óleos. A digestibilidade do extrato etéreo do óleo de milho de destilaria brasileiro foi menor comparada a dos óleos de soja, mas semelhante ao do óleo de milho de destilaria dos Estados Unidos. No capitulo 3, os animais que receberam as dietas com os grãos secos de destilaria de milho de alta proteína apresentaram pior desempenho, e de forma geral, menor digestibilidade dos nutrientes do que os animais alimentados com a dieta com milho e farelo de soja. Entretanto, os animais que receberam a dieta com o coproduto e a enzima xilanase apresentaram maior (P < 0,05) peso vivo final e ganho de peso diário do que os animais alimentados com o coproduto sem aditivos, além de maior comprimento de intestino delgado e grosso. Os suínos que receberam as dietas com os coprodutos apresentaram menor (P < 0,05) rendimento de carcaça e quantidade de ácidos graxos saturados no músculo Longissumis dorsi comparados aos animais que receberam a dieta a base de milho e farelo de soja. A inclusão dos aditivos nas dietas com os coprodutos não influenciou no custo da dieta por quilograma de peso vivo ganho, mas foram maiores do que na dieta a base de milho e farelo de soja.
The thesis was divided into three chapters and consisted of evaluating the nutrient digestibilities of co-products from the ethanol distillery that use corn as a raw material, in addition to evaluating the effects of suppling co-products in pig diets on parameters of zootechnical interest such as performance, meat characteristics and quality, fatty acid profile and economic viability. In the first chapter, nutrient digestibility and energy metabolizability were evaluated by the total collection method and index method, the standardized total tract digestibility of phosphorus and the apparent and standardized ileal digestibility of amino acids and crude protein of corn distillers dried grains with solubles from the USA, a corn bran with solubles from Brazil and corn high protein distillers dried grains from the USA and Brazil. In the second chapter, the chemical composition and digestibilities of energy and ether extract of corn oil extracted from distillers dried grains from a corn distiller plant from Brazil were evaluated, in comparison with corn distiller oil from USA and with refined and degummed soy oils. The third and last chapter consisted of the comparison of performance, apparent total tract digestibility of diets, meat characteristics and quality, fatty acid profile and economic viability of pigs fed a standard diet, based on corn and soybean meal, to animals receiving diets with high inclusions of corn high protein distillers dried grains, 40, 33 and 25%, in the growing 1, 2 and finishing 1 phases, respectively. Additionally, diets with the co-product were supplemented or not with an additive based on algae and clay or the enzyme xylanase. In all three chapters a randomized block design was adopted, with 10 replications for the experiments in chapters 1 and 2, and 8 replications per treatment in chapter 3. Data were submitted to analysis of variance and means were compared by Tukey's test (P < 0.05). In the first chapter, there was no difference (P > 0.05) for nutrient digestibility between the evaluated methods, and most nutrient and energy and amino acid digestibilities of high protein distillers dried grains from Brazil were higher ( P < 0.05) compared to the other co-products, while the North American co-products presented higher standardized total tract digestibility of phosphorus than the Brazilian co-products. Corn bran with solubles from Brazil, in general, had the lowest digestible values. In chapter 2, corn distiller oil from Brazil had a lower amount of linoleic acid and a higher amount of oleic and palmitic acid than the other oils evaluated. The anisidine value, the free fatty acid content and the acidity of the corn distillers oils were higher than those of the soybean oils. The apparent total tract digestibility of gross energy and the digestible energy value of oils did not differ between oil sources. The apparent total tract digestibility of ether extract of the corn distiller oil from Brazil was lower compared to that of the soybean oils, but similar to that of the corn distiller oil from USA. In chapter 3, the pigs fed diets with corn high protein distillers dried grains presented lower performance, and in general, lower nutrient digestibility. However, animals that received the diet with the co-product and the xylanase enzyme had greater (P < 0.05) final body weight and daily weight gain and larger length of small and large intestine than animals fed with the co-product without additives. Pigs fed diets with co-products had lower (P < 0.05) carcass yield and amount of saturated fatty acids in Longissumis dorsi muscle compared to animals fed diet based on corn and soybean meal. The inclusion of additives in the diets with co-products did not influence the cost of the diet per kilogram of gained body weight, but it was greater than the diet based on corn and soybean meal.
Biblioteca responsável: BR68.1