FREQUÊNCIA DE LIMPEZA DE BEBEDOUROS SOBRE O CONSUMO DE ÁGUA E DE MATÉRIA SECA DE ANIMAIS NELORE EM CONFINAMENTO COMERCIAL

RESUMO

A demanda mundial por proteína animal é crescente devido ao aumento da população e da renda em países em desenvolvimento. Com o crescimento dessa demanda e a forte pressão sobre a pegada hídrica de animais confinados, entender o uso da água na produção animal passa a ser de extrema importância para esse sistema de criação. A ausência de controle da qualidade da água pode significar perdas de desempenho animal no curto ou no longo prazo. Portanto, objetivou-se com este estudo avaliar o efeito da frequência de limpeza dos bebedouros no consumo de água e de matéria seca pelos animais Nelore. Parra isso, foram conduzidos dois experimentos no confinamento Fazenda Santa Helena de Água Boa do Grupo Mantiqueira, de Água Boa, MT, com duração de 30 dias cada um. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos e cinco repetições, sendo os tratamentos constituídos por dias de lavagem dos bebedouros. Foram utilizados 2.000 animais machos da raça Nelore, divididos em 20 currais com 100 cabeças cada. No primeiro experimento os tratamentos avaliados foram 1- Lavagem dos bebedouros em dias alternados e; 2 Lavagem dos bebedouros a cada três dias. No segundo experimento, os tratamentos foram 1- Lavagem dos bebedouros a cada três dias e; 2- Lavagem dos bebedouros a cada cinco dias. A mensuração do consumo de água foi realizada por meio de hidrômetros e a de alimentos pelo Software Feed Manager®. As análises de variância foram realizadas usando do software R, através da função aov. Utilizouse o pacote emmeans para cálculo das médias de mínimos quadrados, considerando 0,10 como nível crítico para a ocorrência do erro tipo I, em ambos os experimentos. Não houve efeito (P> 0,10) de tratamentos sobre o Consumo de Matéria Seca (CMS) e sobre a ingestão de água nos dois experimentos. Mesmo que não exista recomendação sobre a higienização de bebedouros para bovinos de corte confinados, esses dados sugerem que o intervalo de cinco dias pode ser aplicado sem prejudicar o consumo de matéria seca e a ingestão de água. No entanto, mais estudos devem ser conduzidos para avaliar esse efeito no desempenho animal, bem como em outras condições de criação.

ABSTRACT

The world demand for animal protein is growing due to the increase in population and income in developing countries. With the growth of this demand and strong pressure on the water footprint of confined animals, understanding the use of water in animal production becomes of extreme importance for this breeding system. The lack of water quality control can mean losses of animal performance in the short or long term. Therefore, the objective of this study was to evaluate the effect of the frequency of cleaning drinking fountains on the consumption of water and dry matter by Nellore animals. For that, two experiments were conducted in the feedlot Fazenda Santa Helena de Água Boa of the Mantiqueira Group, in Água Boa, MT, each lasting 30 days. A completely randomized design was used, with two treatments and five repetitions, with treatments consisting of washing days for drinking fountains. 2,000 male Nellore animals were used, divided into 20 pens with 100 heads each. In the first experiment, the medications taken were 1- Washing of drinking fountains on alternate days and; 2 Washing of drinking fountains every three days. In the second experiment, the treatments were 1- Washing of drinking fountains every three days and; 2- Washing of drinking fountains every five days. The measurement of water consumption was performed using hydrometers and food was measured using the Software Feed Manager®. The analyzes of variance were performed using the software R, through the function aov. The package used was used to calculate the averages of collections, considering 0.10 as the critical level for the occurrence of type I error, in both experiments. There was no effect (P> 0.10) of treatments on Dry Matter Consumption (CMS) and on water intake in both experiments. Even though there is no recommendation on the hygiene of drinking fountains for confined beef cattle, these data improved that the five-day interval can be printed without prejudice to the consumption of dry matter and water intake. However, further studies should be conducted to assess this effect on animal performance, as well as other conditions of rearing.