Amônia respiratória na avaliação do status nutricional proteico em bovinos
Thesis
em Pt
| VETTESES
| ID: vtt-218505
Biblioteca responsável:
BR68.1
RESUMO
Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o uso da amônia respiratória como bioindicador de nutrição proteica em bovinos e avaliar o ajuste de modelos de predição da excreção de nitrogênio urinário (NU), com amônia respiratória (AE), nitrogênio ureico sérico (NUS) e nitrogênio amoniacal no rúmen (NAR). Os tratamentos avaliados foram dietas com 10%, 13% e 16% de proteína bruta (PB) na matéria seca. Foram utilizados seis novilhos não castrados da raça Holandês, com idade média de 9 meses e massa corporal média inicial de 279,91 kg, em delineamento duplo quadrado latino 3x3. As dietas foram fornecidas às 7h e às 19h. Os horários de avaliação foram às 0h, 6h, 12h e 18h. Foi avaliada a relação do teor dietético de PB sobre o fluxo de amônia respiratória e a concentração de amônia ar expirado e rúmen. Adicionalmente, analisou-se o método de NH3 respiratória em comparação com NUS e NAR. Para a escolha do modelo mais adequado, os modelos foram testados por meio de regressão linear múltipla, observando o nível de significância de 5% e com base no coeficiente de determinação. Os modelos múltiplos testados envolveram o consumo de matéria seca, teor proteico da dieta, consumo de proteína, AE, NUS e NAR. Foi observado aumento linear (P<0,05) no consumo e digestibilidade aparente de PB, bem como excreção de nitrogênio na urina (ENU) e nas fezes e efeito linear positivo (P<0,05) de fluxo, concentração de NH3, NUS e NAR com o aumento da proteína da dieta (P<0,05). A NH3 expirada e NUS apresentaram diferença significativa (P<0,05) entre os horários de amostragem, em que as maiores médias ocorreram às 12h. Também houve correlação positiva (r >0,5) de fluxo, concentração de amônia, NUS e NAR com consumo de PB, níveis de PB da dieta e ENU. A maior correlação encontrada ocorreu entre NAR e ENU (r=0,85). O modelo de regressão linear da excreção de nitrogênio na urina em função do teor de proteína na dieta (P<0,05) apresentou coeficiente de determinação de 37,9. O melhor modelo com a AE foi ajustado (P<0,05) incluindo o teor de proteína dietética e o consumo de proteína bruta (R2 = 42,5) com fator de inflação de variância (FIV) menor que 2,01. O melhor modelo com o NUS foi ajustado (P<0,05) incluindo o teor de proteína na dieta (R2 = 31,8; FIV = 1,49). O melhor modelo com o NAR foi ajustado (P < 0,05) incluindo o teor de proteína na dieta e consumo de matéria seca (R2 = 67,8; FIV < 1,6). Concluiu-se que o AE apresenta menor ajuste em regressão múltipla que o NAR, e maior ajuste que modelos com NUS e somente com teor proteico da dieta. Concluiu-se que a excreção de amônia respiratória pode ser utilizada como bioindicador de nutrição proteica e que AE pode ser utilizada para predição da excreção urinária de nitrogênio em bovinos.
ABSTRACT
This work was carried out with the objective of assessing the use of breath ammonia as a bioindicator of protein nutrition in cattle and to assess the adjustment of predictive models of urinary nitrogen (UN) excretion with breath ammonia (BA), serum urea nitrogen (SUN), and rumen ammonia nitrogen (RAN). The assessed treatments were diets with 10%, 13%, and 16% of crude protein (CP) in the dry matter. Six non-castrated Holstein calves were used, with a mean age of 9 months and a mean initial body mass of 279.91 kg, in a 3x3 double Latin square design. Diets were provided at 700 am and 700 pm. The assessment was carried out at 1200 am, 0600 am, 1200 pm, and 0600 pm. The relationship of dietary CP content on breath ammonia flow, and ammonia concentration in expired air and rumen was assessed. Additionally, breath NH3 method was analyzed in comparison with SUN and RAN. To choose the most appropriate model, the models were tested by means of multiple linear regression, observing a significance level of 5% and based on the coefficient of determination. The multiple models tested involved dry matter intake, dietary protein content, protein intake, BA, SUN, and RAN. A linear increase (P <0.05) was observed in the intake and apparent digestibility of CP, as well as nitrogen excretion in urine (NEU) and feces, and positive linear effect (P <0.05) of flow, NH3 concentration, SUN, and RAN with increased dietary protein (P <0.05). Expired NH3 and SUN showed a significant difference (P <0.05) between the sampling times, in which the highest averages occurred at 1200 pm. There was also a positive correlation (r >0, 5) of flow, ammonia concentration, SUN and RAN with CP intake, dietary CP levels, and NEU. The highest correlation found was between RAN and NEU (r = 0.85). The linear regression model of nitrogen excretion in urine due to protein content in the diet (P <0.05) showed a determination coefficient of 37.9. The best model with BA was adjusted (P <0.05) including dietary protein content and crude protein intake (R2 = 42.5) with a variance inflation factor (VIF) lower than 2.01. The best model with SUN was adjusted (P <0.05) including dietary protein content (R2 = 31.8; VIF = 1.49). The best model with the RAN was adjusted (P < 0.05) including dietary protein content and dry matter intake (R2 = 67.8; VIF < 1.6). It is concluded that BA presents a lower adjustment in multiple regression than RAN, and greater adjustment than models with SUN and only with dietary protein content. Whats more, breath ammonia excretion can be used as a bioindicator of protein nutrition and BA can be used to predict urinary nitrogen excretion in cattle.
Texto completo:
1
Base de dados:
VETTESES
Idioma:
Pt
Ano de publicação:
2021
Tipo de documento:
Thesis