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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES PROCESSAMENTOS PARA ELEVAR O TEOR DA PROTEÍNA NÃO DEGRADÁVEL NO RÚMEN EM FONTES PROTEICAS

FERNANDA RIGON.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-218535

Resumo

Atender aos requisitos de proteína metabolizável para bovinos de corte de médio e alto desempenho é essencial para maximizar o crescimento produtivo dos animais, uma vez que a proteína microbiana sintetizada no rúmen não atende às suas necessidades proteicas. Neste caso, a dieta deve fornecer maior quantidade de proteína não degradável no rúmen (PNDR). Assim, diferentes métodos de processamento foram desenvolvidos para aumentar o teor de PNDR de fontes de proteína para gado de corte. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes métodos de processamento para aumentar o teor de proteína não degradada no rúmen (PNDR) sobre a fermentação ruminal dos farelos de algodão (Experimento 1) e de amendoim (Experimento 2) em sistemas in vitro. Assim, foram avaliados seis tratamentos para cada experimento: controle negativo com farelo de algodão convencional (Ncontrole), tratamento térmico em microondas com xilose 2% (Forno Microondas), tratamento térmico em forno convencional com xilose 2% (Forno convencional), tratamento térmico em autoclave com 2% de xilose (Autoclave), Tanino e um produto comercial à base de soja (Pcontrole). Os parâmetros avaliados foram a cinética de produção de gases ruminais in vitro, parâmetros de fermentação e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS). Para ambos os experimentos, um sistema de produção de gás in vitro com 25 garrafas foi utilizado para avaliar a produção total de gás (PG) (às 24 e 48h) e a cinética, bem como os perfis de fermentação. Além disso, um sistema de incubadora in vitro foi utilizado sob rotação e controle de temperatura para avaliar a DIVMS. Ambos os experimentos foram conduzidos em três rodadas de fermentação consecutivos de 48 horas. A diferença estatística foi declarada quando P < 0,05, e comparadas pelo teste de Tukey (5%). Para ambos os alimentos, o Forno convencional apresentou a menor taxa de fermentação e a maior produção total de gás (P < 0,01). Além disso, o método de processamento de Tanino apresentou menor GP total (24 e 48-h), menor digestibilidade in vitro da matéria orgânica (DIVOM) e menor energia metabolizável (EM) para farelo de algodão e farelo de amendoim (P < 0,01). Em relação aos parâmetros ruminais, o Ncontrole teve a maior produção de ácidos graxos voláteis totais (AGV) e o Tanino teve a menor produção de AGV de cadeia ramificada no Experimento 1 (P < 0,01). O Ncontrole teve o menor valor de pH final e menor concentração de nitrogênio amoniacal (N-NH3) no Experimento 2 (P < 0,01). Em ambos os experimentos, o Forno convencional e o Tanino apresentaram os menores valores de DIVMS (P < 0,01). Os diferentes métodos de processamento avaliados parecem ser eficientes na proteção da proteína da degradação ruminal. Além disso, o Forno convencional e o Tanino promoveram alterações na cinética ruminal da produção de gases in vitro e reduziram a DIVMO e DIVMS. Esses métodos de processamento são eficientes na proteção da proteína da degradação ruminal nos farelos de algodão e amendoim e podem ser utilizados como possíveis fontes alternativas de PNDR em dietas de bovinos de corte.
Meeting the metabolizable protein requirements for medium and high-performance beef cattle is essential to maximize animals´ productive growth, since the microbial protein synthesized in the rumen does not meet their protein requirements. In this case, the diet must supply a greater amount of rumen undegraded protein (RUP). Thus, the objective of this study was to evaluate the effects of the different processing methods to increase the rumen undegraded protein content on ruminal fermentation of cottonseed (Experiment 1) and peanut (Experiment 2) meals using in vitro systems. Thus, six treatments were evaluated for each feed: negative control with conventional cottonseed meal (Ncontrol), heat treatment on microwave with 2% xylose (Microwave oven), heat treatment on conventional oven with 2% xylose (Conventional oven), heat treatment on autoclave with 2% xylose (Autoclave), Tannin, and a commercial soybean-based product (Pcontrol). For both experiments, an in vitro gas production system with 25 bottles was used to evaluate total gas production (GP) (at 24 and 48h) and kinetics, as well as fermentation pattern. Furthermore, an in vitro incubator system was used under rotation and temperature control to evaluate the in vitro dry matter digestibility (IVDMD). Both experiments were conducted in three consecutive 48-h fermentation batches. Statistical difference was declared when P < 0.05, and compared by Tukey test (5%). For both feeds, the Conventional oven had the lowest fermentation rate and the greater gas pool size (P < 0.01). Furthermore, the Tannin processing method had the lower total GP (24 and 48-h), lower in vitro organic matter digestibility, and lower metabolizable energy for cottonseed and peanut meals (P < 0.01). Regarding the ruminal parameters, the Ncontrol had the greater total volatile fatty acids (VFA) concentration and Tannin had the lower branched-chain VFA production in Experiment 1 (P < 0.01). The Ncontrol had the lower ammonia nitrogen (NH3-N) concentration in the Experiment 2 (P < 0.01). In both experiments, Conventional oven and Tannin had the lowest IVDMD values (P < 0.01). These processing methods were efficient in protecting the protein from ruminal degradation in cottonseed and peanut meals. Thus, these ingredients may be used as possible alternative sources of RUP in beef cattle diets.
Biblioteca responsável: BR68.1