AVALIAÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS PROTEICOS PARA AUMENTAR OS NÍVEIS DE PROTEÍNA NÃO DEGRADADA NO RÚMEN
Thesis
em Pt
| VETTESES
| ID: vtt-218905
Biblioteca responsável:
BR68.1
RESUMO
Na bovinocultura de corte moderna, os animais de alta produtividade exigem maior quantidade de proteína não degradável no rúmen (PNDR) para suprir suas exigências em proteína metabolizável. A proteína é o nutriente mais oneroso da dieta, e sua utilização em quantidades adequadas resulta em economia financeira e gera menor impacto ambiental devido a menor excreção de compostos nitrogenados via fezes e urina. A degradação ruminal das fontes proteicas é influenciada pelas suas características estruturais ou por diferentes tipos de processamento. Este projeto teve como objetivo avaliar e ranquear diferentes processamentos para aumentar a PNDR dos principais alimentos proteicos utilizados no Brasil (farelos de algodão, amendoim e soja). Os processamentos utilizados foram 1) autoclavagem a 127°C com pressão interna de 117kPa por 8, 16 ou 24 minutos, com e sem adição de xilose, 2) tostagem em estufa de secagem a 150°C por 30,60 ou 90 minutos, com e sem adição de xilose, 3) tostagem em micro-ondas por 2, 5 ou 6 minutos, com e sem adição de xilose, 4) adição de extrato de tanino 2, 4 ou 6% de solução com 70% de Ácido Tânico (700 g/kg min; Tanfeed®), e 5) quatro produtos comerciais comumente utilizados no brasil foram as amostras controle, totalizando 49 ingredientes diferentes. Para determinação da proteína degradável no rúmen (PDR) e PNDR foi utilizada a metodologia in situ descrita pelo NRC (2001). Os saquinhos provenientes da incubação de 12 horas também foram utilizados para determinação da digestibilidade intestinal da proteína in vitro. Os procedimentos estatísticos foram realizados utilizando o SAS 9.4, com P = 0,05. Os resultados obtidos de PNDR com os tratamentos tostagem micro-ondas com xilose 6 min no farelo de amendoim, tostagem forno convencional com xilose 90 min, autoclave com xilose por 8 min e adição de tanino 6% no farelo de algodão e adição de tanino 2% no farelo de soja indicam que houve aumento da PNDR e proteção da PB do alimento e, portanto, o uso dos processamentos foi eficaz em proteger a fração proteica dos alimentos sem prejudicar a digestibilidade intestinal.
ABSTRACT
In modern beef cattle farming, high-yielding animals require a greater amount of rumen undegradable protein (RUP) to meet their requirements for metabolizable protein. Protein is the most expensive nutrient in the diet, and its use in adequate amounts results in financial savings and less environmental impact due to lower excretion of nitrogenous compounds via feces and urine. Ruminal degradation of protein sources is influenced by their structural characteristics or by different types of processing. This project aimed to evaluate and rank different processes to increase the RUP of the main protein foods used in Brazil (brans of cotton, peanuts and soy). The processes used were 1) autoclaving at 127 °C with an internal pressure of 117 kPa for 8, 16 or 24 minutes, with and without addition of xylose, 2) toasting in a drying oven at 150 °C for 30, 60 or 90 minutes, with and without addition of xylose, 3) roasting in microwave for 2, 5 or 6 minutes, with and without addition of xylose, 4) addition of tannin extract 2, 4 or 6% of solution with 70% of Tannic Acid (700 g/kg min; Tanfeed®), and 5) four commercial products commonly used in Brazil were the control samples, totaling 49 different ingredients. To determine the rumen degradable protein (RDP) and RUP, the in situ methodology described by the NRC (2001) was used. The nylon bags from the 12-hour incubation were also used to determine the intestinal protein digestibility in vitro. Statistical procedures were performed using SAS 9.4, with P = 0.05. The results obtained from PNDR with the treatments microwave toasting with xylose 6 min in peanut meal, conventional oven toasting with xylose 90 min, autoclave with xylose for 8 min and addition of 6% tannin in cottonseed meal and addition of 2% tannin in soybean meal indicate that there was an increase in RUP and protection of CP in the food and, therefore, the use of processing was effective in protecting the protein fraction of food without impairing intestinal digestibility.
Texto completo:
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Base de dados:
VETTESES
Idioma:
Pt
Ano de publicação:
2021
Tipo de documento:
Thesis