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Avaliação epidemiológica da aspergilose em Pinguins-de-Magalhães no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (FURG)

Filho, Rodolfo Pinho Da Silva.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-2191

Resumo

O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM-FURG) trabalha essencialmente com pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) debilitados, com a intenção de reabilita-los e devolvê-los ao seu habitat natural. No entanto, muitos exemplares recebidos acabam desenvolvendo aspergilose, uma doença fúngica oportunista frequentemente responsável pela morte de aves em cativeiro, associada ao estresse sofrido por estes animais. Neste sentido, este trabalho objetivou realizar um levantamento epidemiológico de seis anos da aspergilose em pinguins-de-Magalhães em reabilitação no CRAM-FURG. Para isso, foi realizado um estudo de coorte retrospectivo a partir de informações coletadas do banco de dados do CRAM-FURG referentes aos pinguins recebidos no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2009. Os animais foram classificados em dois grupos, sendo o grupo “caso” referente a pinguins que morreram por aspergilose, e o grupo “controle” aquele composto por animais que foram liberados ou morreram por outras causas. As variáveis analisadas quanto a fator de risco foram idade, sexo, petrolização, proveniência, uso de itraconazol profilático, tempo de cativeiro, peso corpóreo e parâmetros sanguíneos como hematócrito e proteínas plasmáticas totais. Durante esse período o Centro recebeu 366 pinguins de Magalhães, dos quais 39 foram excluídos do estudo por não apresentarem dados disponíveis no banco de dados sobre sua causa mortis, resultando num total de 327 animais. Durante o período estudado, 66 pinguins morreram por aspergilose, sendo Aspergillus fumigatus o principal agente etiológico encontrado, com 98,5% dos casos. A mortalidade proporcional por aspergilose foi de 48,5% no período de seis anos de estudo, e a densidade de incidência encontrada foi de 7,3 casos de aspergilose/100 pinguins-mês. Aproximadamente 75% dos casos de aspergilose ocorreram em animais provenientes de outros Centros de reabilitação, sendo este considerado um fator de risco para a doença, com risco relativo maior que 3,0. Também foram encontradas diferenças significativas entre os grupos “caso” e “controle” em relação ao tempo de cativeiro, valores de hematócrito e proteínas plasmáticas totais na chegada ao Centro, e ganho de peso durante o período de cativeiro. Os achados deste estudo demonstram a interferência negativa da aspergilose na reabilitação de pinguins-de-Magalhães, com alta densidade de incidência, e responsável por importante mortalidade destes animais. Em adição, elucidam os melhores parâmetros a serem utilizados para determinação de animais em risco para a aspergilose, permitindo direcionar o tratamento profilático mais efetivamente
Biblioteca responsável: BR68.1