AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE PRENHEZ EM ÉGUAS RECEPTORAS CÍCLICAS SUBMETIDAS A DIFERENTES PROTOCOLOS HORMONAIS

RESUMO

A transferência de embrião (TE) se tornou a biotecnologia mais difundida na reprodução equina, sendo utilizada em larga escala pelos haras e centrais de reprodução para obtenção de mais produtos por ano. A sincronização do ciclo estral entre a receptora e a doadora é um ponto crítico dentro da técnica, tornando necessário a disponibilidade de no mínimo três éguas receptoras para cada doadora, para que pelo menos uma esteja apta a receber o embrião no dia da transferência. A combinação de estrógenos e progestágenos é utilizada em éguas receptoras de embrião acíclicas, em fase de transição ou quando há escassa disponibilidade de éguas receptoras, tornando necessária uma sincronia estreita entre a doadora e a receptora. O objetivo desse estudo foi comparar três protocolos hormonais, utilizando-se 17 beta estradiol e altrenogest, e avaliar as taxas de prenhez em éguas receptoras cíclicas. Foram analisados 24 ciclos de éguas da raça Mangalarga Marchador, divididos em três grupos contendo oito ciclos em cada. No qual, todas as éguas receberam 15 mg de dinoprost trometamina no primeiro dia de tratamento, G1 recebeu 17 beta estradiol no dia 1 (20mg), dia 2 (10mg) e 300 mg de altenogest no dia 3, G2 recebeu 17 beta estradiol no dia 1 (10mg), dia 2 (10mg), dia 3 (20mg), dia 4 (10mg) e 300 mg Altrenogest no dia 5, G3 recebeu 17 beta estradiol dia 1 (10mg), dia 2 (20mg) e 300 mg Altrenogest no dia 3. Quatro dias após o tratamento com Altrenogest, era realizada a transferência de embrião, sendo administradas 1500mg/animal de progesterona longa ação neste dia. Após sete dias da transferência, foi realizado o diagnóstico de gestação e nova aplicação de progesterona na dose 1500mg/animal nas éguas gestantes, sendo esta realizada semanalmente até os 120 dias de gestação. Todos os grupos responderam as aplicações de estrógeno, sendo alcançado alto grau de edema em todas as éguas gestantes. Foi observado maior grau de edema uterino (p<0,05), nas éguas com diagnóstico de gestação negativos, no dia 3 de tratamento no G1 e G3 e no dia 4 no G2. Não houve diferença estatística nas taxas de gestação nos três grupos estudados. Sendo assim, os três protocolos estão aptos a serem utilizados na rotina prática do médico veterinário de reprodução equina

ABSTRACT

Embryo transfer (ET) has become the most widespread biotechnology in equine reproduction, being used on a large scale by stud farms and breeding centers to obtain more products per year. The synchronization of the estrous cycle between the recipient and the donor is a critical point within the technique, making it necessary to have at least three recipient mares for each donor, so that at least one is able to receive the embryo on the day of transfer. The combination of estrogens and progestogens is used in acyclic embryo recipient mares, in transition or when there is little availability of recipient mares, making a close synchrony between donor and recipient necessary. The aim of this study was to compare three hormonal protocols, using 17 beta estradiol and altrenogest, and to evaluate pregnancy rates in cyclic recipient mares. Twenty-four cycles of Mangalarga Marchador mares were analyzed, divided into three groups containing eight cycles in each. In which, all mares received 15 mg of dinoprost trometamina on the first day of treatment, G1 include 17 beta estradiol on day 1 (20mg), day 2 (10mg) and 300 mg of altenogest on day 3, G2 1 (1omg), day 2 (10mg), day 3 (20mg), day 4 (10mg) and 300 mg Altrenogest on day 5, G3 Introduction 17 beta estradiol day 1 (10mg), day 2 (20mg) and 300 mg Altrenogest on day 3. Four days after treatment with Altrenogest, as recipients were able to receive the embryo, 1500mg / animal of long-acting progesterone was administered on the day the ET was performed. After seven days of ET, a diagnosis of pregnancy and a new application of progesterone in pregnant mares was carried out, which was carried out weekly until the 120 days of pregnancy. All groups registered as estrogen applications, with a high degree of edema being achieved in all pregnant mares. A higher degree of uterine edema (p <0.05) was observed in mares diagnosed with negative pregnancy, on day 3 of treatment in G1 and G3 and on day 4 in G2. There was no statistical difference in pregnancy rates in the three groups studied. Thus, the three protocols are able to be used in the practical routine of the equine breeding veterinarian.