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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-220131

Resumo

Dados sobre os requisitos dos locais de descanso do tamanduá-mirim em ambiente litorâneo não foram bem documentados até o momento. Estudos anteriores levantaram informações no pantanal, cerrado e llanos venezuelanos, com deficiência de dados para o restante da distribuição da espécie. O tamanduá-mirim é uma espécie de difícil visualização e, esse, pode ser um motivo da escassez de informações sobre a espécie. Objetivamos identificar os locais de descanso ocupados por tamanduás-mirins em manguezais, restinga e áreas antrópicas litorâneas, descrevendo e analisando as covariáveis ambientais associadas à seleção de locais de descanso. Adicionalmente, desenvolver um novo modelo de fixador de transmissor de VHF/GPS, com novo material, e desenvolvido de acordo com a anatomia e comportamento do tamanduá-mirim. Desenvolvemos um ranking de segurança dos locais de descanso, classificando a estratificação, a exposição a intempéries e exposição a predadores. Foram registrados 29 locais de descanso para 12 tamanduás-mirins avistados em duas ilhas do Delta do Parnaíba. Os animais foram mais registrados em manguezal (48%), sendo a maioria das estruturas em dossel e sub-bosque (79%), em forquilhas de árvores (38%) e ocos (28%). Os tamanduás-mirins em descanso foram registrados mais vezes em locais altos e com maior distância das comunidades humanas, assim como os rankings de segurança também foram maiores no ambiente de manguezal. Nos ambientes de restinga e áreas urbanizadas, os tamanduás foram registrados, em sua maioria, em estratos mais baixos e mais expostos a predadores. De acordo com nossos resultados, a seleção de locais de descanso mais baixos está relacionada com o nível de antropização, quanto mais urbanizada a área, ou mais próxima de áreas urbanizadas, mais estratos baixos eram utilizados pelos tamanduás. Houve relação positiva entre a altura da estrutura de descanso e a exposição às intempéries, quanto mais alto o local de descanso, mais protegido das intempéries os tamanduás estavam. O fixador de GPS foi testado por 45 dias no cativeiro e 320 dias em vida livre, e os animais não apresentaram comportamentos alterados ou lesões. Os resultados apresentados neste estudo mostram as exigências da área de descanso dos tamanduás-mirins em relação ao habitat, que podem auxiliar no desenvolvimento de ações de conservação para espécie em ambientes menos protegidos.

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Data on the requirements of the resting places of the lesser anteater in a coastal environment have not been well documented so far. Previous studies have raised information in the pantanal, cerrado and Venezuelan llanos, with data deficiency for the rest of the species distribution. The lesser anteater is a species that is difficult to see, and this may be a reason for the scarcity of information about the species. We aim to identify resting places occupied by lesser anteaters in mangroves, sandbank, and coastal anthropic areas, describing and analyzing the environmental covariables associated with the selection of resting places. Additionally, to develop a new model of VHF / GPS transmitter fixator, with new material, and developed according to the anatomy and behavior of the lesser anteater. We developed a safety ranking of resting places, classifying stratification, exposure to bad weather and exposure to predators. There were 29 resting places for 12 lesser anteaters seen on two islands in the Delta do Parnaíba. The animals were more registered in mangroves (48%), with most structures in canopy and understory (79%), in tree forks (38%) and hollow (28%). The resting giant anteaters were recorded more often in high places and with greater distance from human communities, as well as safety rankings were also higher in the mangrove environment. In restinga environments and anthropized areas, anteaters were mostly recorded in lower strata and more exposed to predators. According to our results, the selection of lower resting places is related to the level of anthropization, the more anthropized the area, or the closer to anthropized areas, the lower strata were used by anteaters. There was a positive relationship between the height of the resting structure and exposure to the weather, the higher the resting place, the more protected from the weather the anteaters were. The GPS fixer was tested for 45 days in captivity and 320 days in free life, and the animals showed no altered behavior or injury. The results presented in this study show the requirements of the resting area of the lesser anteaters in relation to the habitat, which can assist in the development of conservation actions for species in less protected environments.

Biblioteca responsável: BR68.1