Fertilidade de touros e suas interações com fatores relacionados as fêmeas em programas de inseminação artificial em tempo fixo

RESUMO

O presente estudo avaliou os fatores que influenciam as respostas de programas de inseminação em tempo fixo (IATF) em fazendas comerciais de gado de corte. Para isto um total de 803.628 informações de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) foram analisadas. O objetivo principal foi verificar o efeito da fertilidade dos reprodutores [Baixa (n= 30 touros, Média (n= 68 touros) e Alta (n= 131 touros)] e suas interações com a resposta de inseminações realizadas em fêmeas de diferentes categorias [Nulípara (n=162.895); Primípara (n=117.30); Multípara (n=479.122) e Solteira (n=44.301)], classe de escore de condição corporal [ECC; Alto (n=211.733); Médio (n=450.265) e Baixo (n=141.630)], grupo genético da matriz [GGM; Bos indicus (n=674.849); Bos taurus (n=14.629) e Cruzada (n=114.150)] e ordem de serviço [1ª IATF (n=663.919) e Ressincronização (n=139.709)]. As variáveis foram analisadas pelo procedimento GLIMMIX do SAS®, sendo os efeitos de inseminador, fazenda, touro, protocolo de sincronização e raça do touro considerados como aleatórios no modelo estatístico. A classe de fertilidade do touro apresentou efeito significativo (P<0,0001) sobre a P/IATF. Não houve interação entre classe de fertilidade e categoria animal (P=0,12) sobre a P/IATF, no entanto, efeito significativo nas interações de ECC (P=0,02) e ordem de serviço (P=0,04). Portanto, a classe de fertilidade do touro contribui significativamente na reposta dos programas de IATF. Não há efeito de interação entre a fertilidade dos touros e as diferentes categorias animais, no entanto, a ordem de serviço, o GGM e ECC alteraram a classe de fertilidade dos touros sobre a P/IATF. De forma geral a ordem de serviço altera somente a amplitude de variação da classe de fertilidade de touros. Entretanto, quando se utiliza touros de Alta e Média fertilidade em fêmeas taurinas ou aquelas com ECC baixo, tais touros apresentam P/IATF semelhantes.

ABSTRACT

The present study evaluated the factors that influence the responses of fixed-time insemination programs (IATF) in commercial beef cattle farms. For this, a total of 803,628 information on artificial insemination in fixed time (FTAI) were analyzed. The main objective was to verify the effect of the reproductive fertility [Low (n = 30 bulls, Medium (n = 68 bulls) and High (n = 131 bulls)] and their interactions with the response of inseminations carried out in females of different categories [ Nulliparous (n = 162,895); Primiparous (n = 117.30); Multiparous (n = 479.122) and Not Lactating (n = 44.301)], body condition score class [BCS; High (n = 211.733); Medium (n = 450.265) ) and Low (n = 141,630)], genetic group of the matrix [GGM; Bos indicus (n = 674,849); Bos taurus (n = 14,629) and Cruzada (n = 114,150)] and service order [1st FTAI (n = 663,919) and Resynchronization (n = 139,709)] .The variables were analyzed using the SAS® GLIMMIX procedure, with the effects of inseminator, farm, bull, synchronization protocol and bull breed considered as random in the statistical model. of the bull showed a significant effect (P <0.0001) on P / IATF. There was no interaction between fertility class and animal category (P = 0.12) on P / FTAI, however, a significant effect of the interaction between BCS (P = 0.02) and order of service (P = 0.04). Therefore, the bull's fertility class contributes significantly to the response of the FTAI programs. There is no interaction effect between the fertility of the bulls and the different animal categories, however, the order of service, the GGM and BCS changed the fertility class of the bulls on the P / FTAI. In general, the service order only changes the range of variation in the fertility class of bulls. However, when bulls of High and Medium fertility are used in female Bos Taurus or those with low BCS, such bulls have similar P/FTAI.