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UTILIZAÇÃO DE TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA COMO UMA DAS FERRAMENTAS PARA A AVALIAÇÃO DO BEM- ESTAR DE EQUINOS SOLTOS E ESTABULADOS

DEBORA RODRIGUES DE OLIVEIRA ELEUTERIO DE AZEVEDO.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-220685

Resumo

O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de comparar o grau de bem-estar animal e a condição térmica dos membros (aferida por TIV) entre cavalos mantidos soltos e aqueles sob estabulação contínua. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com dois tratamentos e doze repetições. Para tal, utilizaram-se 24 equinos machos castrados, da raça Brasileiro de Hipismo, com idade entre 5 e 9 anos e peso médio de 500 ± 50 kg, divididos em 2 grupos experimentais: 1) RPMon, com 12 equinos mantidos em piquetes e que exerciam exclusivamente patrulha urbana; 2) Choque, com 12 animais que exerciam exclusivamente patrulha urbana e eram mantidos em regime de estabulação contínua, alojados em cocheiras com 12 m² (3 m x 4 m), de concreto e sem cama. Todos eles foram alimentados com feno de gramínea e de alfafa (Cynodon spp. e Medicago sativa) além de 5 quilos de ração/animal/dia. Os animais foram avaliados uma vez por semana, ao longo de seis semanas e foram coletados dados comportamentais, térmicos (das extremidades distais dos membros e dos olhos) e amostras sanguíneas. Observaram-se comportamentos estereotipados, concentrações séricas de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), creatino quinase (CK), lactato desidrogenase (LDH), lactato, magnésio (Mg2+), cortisol, temperaturas oculares máximas e temperaturas máximas e médias periféricas para quatro regiões anatômicas (carpo/tarso, metacarpo/metatarso, boleto e casco) de cada membro. Os equinos confinados tiveram comportamentos estereotipados e apresentaram alta concentração sérica de cortisol, indicando que eles tinham menor grau de bem-estar animal quando comparados aos manejados em piquetes de pasto, que só executaram comportamentos próprios da espécie. A termografia infravermelha de membros apresentou potencial preditivo na identificação de estresse crônico em equinos, pois a capacidade discriminante de algumas variáveis térmicas foi considerável (74,5%). No entanto, a temperatura máxima ocular não se mostrou um método eficiente na detecção de estresse para equinos, pois não se observou correlação com a concentração sérica de estresse (p>0,05). Porém, ainda são necessários mais estudos para comprovar esses achados.
The effects of housing on equine welfare and thermal conditions of limbs were investigated using 24 gelding horses, of Brasileiro de Hipismo breed, aging between 5 and 9 years old, with average weight of 500 ± 50Kg. These animals were divided into two groups: 1) RPMon, with 12 horses kept in paddocks and ridden exclusively on urban patrol; 2) Choque, with 12 horses kept in 12m² (3m x 4m) box stalls, ridden exclusively on urban patrol. All of them were feed with grass hay and alfafa hay (Cynodon spp. e Medicago sativa), plus 5Kg/animal/day of concentrated food. The sample collections took place once a week for 6 weeks. Behavior data, thermal data (from eyes, forelegs and hindlegs) and blood samples were also collected. Stereotypic behaviors, maximum eye temperature (MET), maximum and average temperatures of carpus/tarsus, metacarpus/metatarsus, fetlock and hoof of each limb were assessed. Serum concentrations of alanine aminotransferase (ALT), aspartate aminotransferase (AST), creatine kinase (CK), lactate dehydrogenase (LDH), lactate, magnesium (Mg2+) and cortisol were also measured. The housed horses presented stereotypic behavoirs as crib-biting, lip-licking and random head movements. Their cortisol serum concentration was really high, although the enzimes were inside the reference values. It shows that these horses were in a distress condition and the housing without time in paddock is an unsuitable management. In other way, the RPMon horses displayed only normal behaviors, but their serum cortisol concentration was also high. It, probably, reveals that the relationship between the handlers and the horses is not so kind at that facility. The MET didnt seem to be a good index of stress, because it had no correlation (p>0,05) with serum cortisol concentration. Some limb temperatures had a high discriminant value (74,5%), what could mean that these thermal data should be used as an index of chronic stress, although, to confirm this, further essays are necessary.
Biblioteca responsável: BR68.1