Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

EFEITOS CLÍNICOS, HEMOGASOMÉTRICOS E ECOCARDIOGRÁFICOS DA ASSOCIAÇÃO DA DEXMEDETOMIDINA E METADONA COM OU SEM MIDAZOLAM EM FELINOS

BRUNA MAIA CERQUEIRA CAMARA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-220994

Resumo

A população de gatos nos domicílios está em franca expansão, podendo, em alguns anos, ultrapassar a população de cães. Por possuir como particularidade uma menor tolerância a manipulação e maior estresse sob contenção, torna-se necessário trabalhos que avaliem os efeitos de diferentes protocolos de sedação/contenção química. Os efeitos sedativos, cardiorrespiratórios, ecocardiográficos e hemogasométricos da dexmedetomidina e metadona associada ou não ao midazolam foram comparados. Dezoito gatos saudáveis, jovens (4,06±0,48 kg) foram sedados, de forma aleatória, com dois protocolos, pela via intramuscular: dexmedetomidina (5ug/kg), metadona (0,3 mg/kg) e midazolam (0,3 mg/kg) (DMTM, n=9) ou dexmedetomidina7 (7,5ug/kg) e metadona (0,3mg/kg) (DMT, n=9). Foram avaliados os seguintes parâmetros cardiorrespiratórios: frequências cardíaca e respiratória, pressões arteriais sistólica, média e diastólica, oximetria, temperatura retal, nos tempos basal, 5 e 10 minutos após a latência farmacológica. Os escore de sedação, analgesia e relaxamento muscular foram avaliados antes e 5 minutos após a latência farmacológica, enquanto a hemogasometria arterial e a ecodopplercardiografia foram avaliadas antes e após 10 ou 15 minutos, respectivamente. Para análise dos dados foi utilizado delineamento em parcelas subdivididas com teste ajustado para Tukey ou teste Wilcoxon (p < 0.05). Não houve diferença entre os protocolos em relação aos parâmetros cardiorrespiratórios, hemogasométricos, ecocardiográficos avaliados. Os escores de sedação, analgesia e relaxamento muscular também não diferiram entre os protocolos, sendo o grau de sedação, analgesia e miorrelaxamento considerado satisfatório em ambos. Após a administração dos protocolos de sedação, observou-se uma diminuição significativa da FC, chegando a uma redução máxima, no momento T10, em 46% e 53% nos grupos DMT e DMTM, respectivamente. A redução da frequência cardíaca impactou nos parâmetros ecocardiográficos como o DC, que reduziu 53% e 56% nos grupos DMT e DMTM, respectivamente. Houve redução significativa na PaO2, SaO2, F. Ej e F. enc em ambos os protocolos. A SpO2 reduziu significativamente após 5 minutos da sedação no grupo DMT, porém apresentando SpO2 média mínima de 92% em T5. A f diminuiu significativamente aos 5 e 10 minutos no grupo DMTM, enquanto a PaCO2 aumentou em ambos os grupos, indicando depressão respiratória provocada pelos fármacos. O presente estudo concluiu que ambos os protocolos, nas doses empregadas, resultaram em depressão cardiorrespiratória nos gatos após sedação e que ambos os protocolos podem ser recomendados para sedação clínica de felinos jovens e saudáveis, porém deve-se avaliar as particularidades dos animais frente à redução do débito cardíaco em mais de 50%.
The population of cats in households is booming, and may, in some years, exceed the population of dogs. Because it's lower tolerance to manipulation and greater stress under containment, it is necessary to research and evaluate the effects of different sedation / chemical restraint protocols. The sedative, cardiorespiratory, echocardiographic and hemogasometric effects of dexmedetomidine and methadone associated or not with midazolam were compared. Eighteen healthy young cats (4.06 ± 0.48 kg) were randomly sedated with two protocols, through the intramuscular route: dexmedetomidine (5ug/kg), methadone (0,3 mg/kg) and midazolam (0,3 mg/kg) (DMTM, n=9) or dexmedetomidine (7,5ug/kg) and methadone (0,3mg/ kg) (DMT, n=9). The following cardiorespiratory parameters were evaluated: heart and respiratory rates, systolic, mean and diastolic invasive arterial blood pressures, pulse oximetry, rectal temperature, measured at baseline, 5 and 10 minutes after pharmacological latency. The sedation, analgesia and muscle relaxation scores were assessed before and 5 minutes after pharmacological latency, while arterial blood gas analysis and echocardiography echocardiography were assessed before and after 10 or 15 minutes, respectively. For data analysis, a split-plot design was used with the Tukey-adjusted test or the Wilcoxon test (p <0.05). There was no difference between the protocols regarding the cardiorespiratory, hemogasometric, and echocardiographic parameters used. The scores for sedation, analgesia and muscle relaxation also did not differ between the protocols, with the degree of sedation, analgesia and myorelaxation considered satisfactory in both groups. A significant decrease in HR was observed after administration of the sedative protocols, reaching a maximum reduction at T10 (46% and 53% reduction in the DMT and DMTM groups, respectively). The reduction in heart rate had an impact on echocardiographic parameters such as CO, which decreased 53% and 56% in the DMT and DMTM groups, respectively. There was a significant reduction in PaO2, SaO2, F. Ej and F. enc in both protocols. SpO2 decreased significantly after 5 minutes of sedation in the DMT group, but with a minimum mean SpO2 of 92% in T5. The respiratory rate decreased significantly at 5 and 10 minutes in the DMTM group, while PaCO2 increased in both groups, indicating respiratory depression caused by the drugs. We conclude both sedative protocols can be recommended for clinical sedation of young and healthy cats in the doses used. However, both protocols resulted in cardiorespiratory depression in cats and also the particularities of the animals should be evaluated regarding reducing cardiac output by more 50%.
Biblioteca responsável: BR68.1