Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Exportar:

Email
Adicionar mais destinatários

Enviar resultado
| |

AVALIAÇÃO DA PROTEÇÃO À TOXICIDADE DO CLORETO DE CHUMBO POR ISOTERÁPICO EM MODELO DE ARTEMIA SALINA

SUHAM NOWROOZ MOHAMMAD.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-221424

Resumo

Introdução: O presente modelo experimental foi estabelecido baseado nas seguintes premissas: 1- A poluição química é uma das principais causas de intoxicações no mundo, 2- A facilidade de manuseio da Artemia salina aliada ao fato de ser um bom biomarcador toxicológico, 3- a isoterapia pode ser um recurso alternativo no tratamento de intoxicações. Objetivo: Verificar a proteção da Artemia salina ao cloreto de chumbo pela introdução de isoterápico na água. Metodologia: Os cistos de Artemia salina foram expostos a água salina contendo 0,04% (CL 10 ou concentração letal 10%, previamente determinada a partir do cálculo de viabilidade de amostras intoxicadas com diversas concentrações de PbCl2) de cloreto de chumbo em placas de cultura de 96 poços. No total, foram utilizadas 36 placas, as repetições experimentais foram realizadas ao longo de um mês, para observar a eficiência dos tratamentos (PbCl2 6cH, 30cH e 200cH). As variações de resultados entre as diferentes fases da lua foram também observadas, para controle de eventuais vieses derivados de tais variações ambientais. O registro da eclosão dos cistos foi feito por meio de um microscópio digital (aumento 1000x) para identificar a porcentagem de eclosão, a viabilidade dos náuplios nascidos e sua atividade geral. Análises físico-químicas da água foram realizadas por MEV-EDS de micro-sedimentos sólidos em suspensão e pela avaliação do comportamento dipolo da água utilizando corantes solvatocrômicos como sondas. Resultados e discussão: A intoxicação aumentou a taxa de eclosão dos cistos, mas houve redução significativa (p = 0,00003) entre os cistos tratados com água ou preparações sucussionadas, comparando-se com aqueles tratados apenas com água não submetida à agitação (controle). Esse efeito foi especialmente evidente na lua cheia. Náuplios intoxicados apresentaram aumento na atividade geral (p<0,001). Não se verificou a presença de chumbo total nos sedimentos, sugerindo ausência de efeito quelante. Nenhuma diferença significativa entre os grupos foi observada na reação aos corantes solvatocrômicos. Conclusão: A intoxicação dos cistos induz aumento na taxa de eclosão dos cistos e na atividade geral dos náuplios. A redução na taxa de eclosão após os tratamentos foi considerada como efeito protetor atribuído à agitação da água per se. Tal efeito foi mais evidente na lua cheia, quando há naturalmente o pico de eclosões. Sugere-se que nanobolhas possam ser um fator importante no clearance, embora não haja evidências de efeito quelante. As diluições isoterápicas estudadas não mostraram efeitos específicos, o que é corroborado pela ausência de efeitos sobre os corantes solvatocrômicos, considerados como marcadores de atividade biológica desses produtos.
Introduction: This experimental model was established based on the following premises: 1- Chemical pollution is one of the main causes of poisoning in the world, 2- The easiy-handling of Artemia salina combined with the fact that it is a good toxicological biomarker, 3- isotherapy can be an alternative resource in the treatment of intoxications. Objective: To verify the possible protection of Artemia salina to lead chloride by the introduction of isotherapic preparations into water. Methodology: Artemia salina cysts were exposed to sea water containing 0.04% (CL 10 or 10% lethal concentration, previously determined from the viability calculation of samples intoxicated with different concentrations of PbCl2) of lead chloride in 96-well culture plates. Thirty-six plates were used, the experimental repetitions were performed over a month, to observe the possible effects of the treatments (PbCl2 6cH, 30cH and 200cH). Variations among the different phases of the moon were also observed, to control biases from this important environmental variation. The cysts hatched were recorded using a digital microscope (1000x magnification) to identify the hatch percentage, the viability of the born nauplii and their general activity. Physico-chemical analyzes of the water were performed by SEM-EDS of suspended solid micro-sediments and by the evaluation of dipole behavior of water using solvatochromic dyes as probes. Results and discussion: Intoxication increased the rate of cysts hatching, but there was significant reduction (p = 0.00003) among cysts treated with water or succussed preparations, compared with those treated only with water not subjected to agitation (control). This effect was especially evident on the full moon. Intoxicated nauplii showed increase in general activity (p<0.001). There was no lead in the sediments, suggesting the absence of a chelating effect. No significant difference between groups was observed in relation to solvatochromic dyes interaction. Conclusion: Intoxication of cysts induces increase in the hatching rate and in the general activity of nauplii. The reduction of hatching rate after the treatments was considered as a protective effect attributed to the agitation of the water per se. This effect was more evident at the full moon when there is a peak of hatches. It is suggested that nanobubbles may be an important factor to the clearance, although there is no evidence of chelating effect. The studied isotherapic dilutions did not show specific effects, which is corroborated by the absence of effects on solvatochromic dyes, considered as markers of biological activity of these products.
Biblioteca responsável: BR68.1