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Abordagem da asfixia neonatal e infecção bacteriana em neonatos caninos: uso da troponina I e avaliação da sepse

KEYLLA HELENA NOBRE PACIFICO PEREIRA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-221618

Resumo

O primeiro estudo teve como objetivo avaliar e comparar os níveis de troponina cardíaca I (cTnI) em cães recém-nascidos com asfixia e não asfixiados, correlacionando com a avaliação do escore Apgar modificado, saturação de oxigênio, glicemia, lactatemia e hemogasometria. O estudo visou determinar o possível uso da troponina I como marcador de lesão isquêmica do miocárdio e indicador de hipóxia perinatal grave em cães neonatos. Foram avaliados 15 animais no grupo parto eutócico (GE), 15 animais no grupo cesariana (GC) e 13 animais no grupo hipóxia (com asfixia) (GH). No GH os recém-nascidos exibiram acidose mista proeminente (p<0,05) (respiratória por aumento pCO2 e metabólica por redução do pH, HCO3, BEecf e aumento do lactato) em comparação ao GE e GC, em decorrência da hipoxemia grave. Os parâmetros no escore de Apgar e hemogasometria demonstraram que estes cães nasceram com asfixia, apresentando baixa vitalidade e necessidade de manobras reanimatórias. Os níveis de troponina I estavam dentro dos padrões de referência para cães hígidos nos grupos GE e GC. No GH os níveis de troponina I foram significativamente mais elevados do que o GE e GC (p<0,05) e estavam acima dos padrões de referência para cães hígidos. Conclui-se que a troponina I é um marcador de hipóxia e lesão miocárdica em cães neonatos. O objetivo do segundo estudo foi descrever a incidência de sepse em cães recém-nascidos, os aspectos clínicos envolvidos, os principais agentes bacterianos isolados e as taxas de mortalidade. Das 152 ninhadas e 762 neonatos avaliados, 14,8% (113/762) apresentaram sepse ou choque séptico, e a taxa de mortalidade entre os filhotes afetados foi de 25,6% (29/113). Diferenças significativas (p <0,0001) nos parâmetros clínicos (frequência cardíaca e respiratória, glicemia, temperatura corporal, saturação periférica de oxigênio e reflexos) foram observadas entre neonatos saudáveis e neonatos com sepse e choque séptico. Os principais e mais relevantes sinais clínicos foram: apatia, redução do reflexo de sucção, diarreia, tríade neonatal, insuficiência de ganho de peso, bradicardia, dispneia, mucosas cianóticas, eritema corporal, redução da saturação periférica de oxigênio, cianose e necrose dos tecidos das extremidades. A mãe pode ter sido a principal fonte de infecção para 87,6% (99/113) dos neonatos com sepse. O agente bacteriano mais isolado foi a Escherichia coli, responsável por 25,6% (29/113) dos casos de sepse. A morbidade e mortalidade da sepse neonatal em cães são altas. A avaliação clínica e o diagnóstico de sepse em neonatos diferem daqueles em animais adultos. Assim, o conhecimento das particularidades neonatais da sepse é essencial para o manejo clínico adequado e maior sobrevida desses pacientes.
The first study aimed to evaluate and compare the levels of cardiac troponin I (cTnI) in asphyxiated and non-asphyxiated newborn dogs, correlating with the modified Apgar score, oxygen saturation, glycemia, lactatemia and blood gas analysis. The study aimed to determine the possible use of troponin I as a marker of myocardial ischemic injury and an indicator of severe perinatal hypoxia in neonatal dogs. Fifteen animals in the eutocic delivery group (EG), 15 animals in the cesarean group (CG) and 13 animals in the hypoxia group (asphyxiated) (GH) were evaluated. In GH, newborns showed prominent mixed acidosis (p<0.05) (respiratory due to pCO2 increase and metabolic due to reduced pH, HCO3, BEecf and increase in lactate) compared to EG and GC, due to severe hypoxemia. The parameters in the Apgar score and blood gas analysis showed that these dogs were born asphyxiated, with low vitality and need for resuscitation maneuvers. Troponin I levels were within the reference standards for healthy dogs in the GE and GC groups. In GH, troponin I levels were significantly higher than in GE and GC (p<0.05) and were above the reference standards for healthy dogs. It is concluded that troponin I is a marker of hypoxia and myocardial injury in neonatal dogs. The aim of the second study was to describe the incidence of sepsis in newborn dogs, the clinical aspects involved, the main bacterial agents isolated and the mortality rates. Of the 152 litters and 762 neonates evaluated, 14.8% (113/762) had sepsis or septic shock, and the mortality rate among affected pups was 25.6% (29/113). Significant differences (p < 0.0001) in clinical parameters (heart and respiratory rate, blood glucose, body temperature, peripheral oxygen saturation and reflexes) were observed between healthy neonates and neonates with sepsis and septic shock. The main and most relevant clinical signs were: apathy, reduced sucking reflex, diarrhea, neonatal triad, failure to gain weight, bradycardia, dyspnea, cyanotic mucous membranes, body erythema, reduced peripheral oxygen saturation, cyanosis and tissue necrosis from the ends. The mother may have been the main source of infection for 87.6% (99/113) of neonates with sepsis. The most isolated bacterial agent was Escherichia coli, responsible for 25.6% (29/113) of sepsis cases. The morbidity and mortality of neonatal sepsis in dogs is high. Clinical evaluation and diagnosis of sepsis in neonates differ from those in adult animals. Thus, knowledge of neonatal sepsis particularities is essential for proper clinical management and better survival of these patients.
Biblioteca responsável: BR68.1