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Bactérias patogênicas importantes em saúde única isoladas de animais 18 silvestres e animais domésticos: similaridade molecular, formação de biofilme 19 e resistência a antimicrobianos

DEBORA RODRIGUES SILVEIRA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-221677

Resumo

Dados sobre animais silvestres portadores e disseminadores de patógenos 11 bacterianos são escassos pela dificuldade de se obter amostras, sendo necessários 12 mais levantamentos para determinação da importância das bactérias veiculadas por 13 estes animais em saúde única. Nesta tese, objetivou-se determinar a ocorrência 14 destas bactérias no trato gastrintestinal de aves silvestres de vida livre e animais 15 domésticos da mesma propriedade, animais silvestres em reabilitação e morcegos 16 que habitam construções humanas bem como analisar algumas características dos 17 isolados. No primeiro estudo, foram coletadas amostras das fezes de aves silvestres 18 de vida livre e de até cinco exemplares de cada espécie doméstica em uma 19 propriedade pluriativa. No segundo, foram coletadas amostras de animais recebidos 20 em um centro de reabilitação da fauna silvestre. No terceiro, foram amostrados 21 morcegos de diferentes abrigos em construções humanas no extremo sul do Brasil. 22 Foram realizadas as pesquisas de S. aureus, Y. enterocolitica, Salmonella e 23 Campylobacter (apenas dos animais em reabilitação), por técnicas microbiológicas 24 convencionais seguidas de confirmação por PCR, teste de resistência à cefoxitina dos 25 isolados S. aureus, formação de biofilme (S. aureus isolados dos animais em 26 reabilitação), pesquisa de genes enterotoxigênicos (S. aureus isolados de animais das 27 propriedades) e comparação dos perfis moleculares (isolados S. aureus obtidos das 28 propriedades e dos morcegos e Y. enterocolitica obtidas de morcegos) por rep-PCR. 29 O percentual total de amostras das quais foi obtido algum isolado foi 13,2 % (93/703). 30 S. aureus estava presente em 7,5 % (12/160) dos animais domésticos e em 11,4 % 31 (62/543) dos animais silvestres. S. aureus resistente à meticilina (MRSA) foi isolado 32 de 3,7% (6/160) dos animais domésticos e de 8,8 % (48/543) dos animais silvestres. 33 Já Y. enterocolitica foi isolada de 2,4 % (17/703) dos animais, Salmonella de 0,3 % 34 (2/703) e Campylobacter de 0,3 % (1/324). Dos S. aureus obtidos dos animais das 35 propriedades 35,3% (6/17) possuíam algum gene enterotoxigênico. De 40 isolados 36 obtidos de animais silvestres em reabilitação identificados como S. aureus, 72,5% 37 foram capazes de formar biofilme. Foram encontrados isolados indistinguíveis e 38 intimamente relacionados em animais domésticos e silvestres na mesma propriedade. 39 Cepas indistinguíveis pela rep-PCR também indicaram que há transmissão intra e 40 interespecífica de S. aureus entre os morcegos e entre os abrigos. Os resultados 41 destacam o importante papel dos animais silvestres na perpetuação e transmissão de 42 bactérias patogênicas, especialmente S. aureus, incluindo MRSA. Considerando-se a 43 variedade de espécies, que podem ser portadoras destas bactérias torna-se 44 necessário que medidas higiênico-sanitárias sejam adotadas, a fim de minimizar a 45 possibilidade de transmissão desses microrganismos e de diminuir o risco de infecção.
Data on wild animals carrying and spreading bacterial pathogens are scarce 12 due to the difficulty of obtaining samples, and further surveys are necessary to 13 determine the importance of the bacteria transmitted by these animals in public health. 14 In this thesis, the objective was to determine the occurrence of these bacteria in the 15 gastrointestinal tract of free-living wild birds and domestic animals of the same farm, 16 wild animals in rehabilitation and bats that inhabit building as well as to analyze some 17 characteristics of the isolates. In the first study, samples of free-living wild birds feces 18 and up to five specimens of each domestic species were collected on a pluriactive 19 farm. In the second, samples of animals received at a wildlife rehabilitation center were 20 collected. In the third, bats from different roosts were sampled in buildings in the 21 extreme south of Brazil. Investigation were carried out for S. aureus, Y. enterocolirtica, 22 Salmonella and Campylobacter (only for animals undergoing rehabilitation), by 23 conventional microbiological techniques followed by PCR confirmation, resistance test 24 to cefoxitin from S. aureus isolates, biofilm formation (S aureus isolated from animals 25 under rehabilitation), search for enterotoxigenic genes (S. aureus isolated from animal 26 of the farms) and comparison of the molecular profiles (isolates S. aureus obtained 27 from the farms and bats and Y. enterocolitica obtained from bats) by rep- PCR. The 28 total percentage of samples from which some isolate was obtained was 13.2% 29 (93/703). S. aureus was present in 7.5% (12/160) of domestic animals and in 11.4% 30 (62/543) of wild animals. Methicillin-resistant S. aureus (MRSA) was isolated from 31 3.7% (6/160) of domestic animals and 8.8% (48/543) from wild animals. Y. 32 enterocolitica was isolated from 2.4% (17/703) of the animals, Salmonella from 0.3% 33 (2/703) and Campylobacter from 0.3% (1/324). Of the S. aureus obtained from animals 34 on the farms 35.3% (6/17) had some enterotoxigenic gene. Of 40 isolates obtained 35 from wild animals in rehabilitation identified as S. aureus, 72.5% were able to form 36 biofilm. Indistinguishable and closely related isolates were found in domestic and wild 37 animals in the same property. Strains indistinguishable by rep-PCR also indicated that 38 there is intra and interspecific transmission of S. aureus between bats and roosts. The 39 results highlight the important role of wild animals in the perpetuation and transmission 40 of pathogenic bacteria, especially S. aureus, including MRSA. Considering the variety 41 of species, which may be carriers of these bacteria, it is necessary that hygienic-42 sanitary measures be adopted, in order to minimize the possibility of transmission of 43 these microorganisms and to reduce the risk of infection.
Biblioteca responsável: BR68.1