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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL INSETICIDA DE PREPARAÇÕES DE FLORES DE Moringa oleifera E FOLHAS DE Schinus terebinthifolia CONTRA Sitophilus zeamais E Plutella xylostella

PEDRO RICARDO DA COSTA SILVA.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-222189

Resumo

Plutella xylostella (traça-das-brássicas) e Sitophilus zeamais (gorgulho-do-milho) são insetos de importância econômica por afetarem plantações de brássicas e grãos armazenados, respectivamente. Extratos vegetais tem sido alvo de estudos acerca de suas propriedades inseticidas. O presente trabalho avaliou o potencial inseticida de preparações de folhas de Schinus terebinthifolia (aroeira-vermelha) contra P. xylostella e de flores de Moringa oleifera (moringa) contra adultos de S. zeamais. Folhas de S. terebinthifolia (10 g) foram secas ao ar e homogeneizadas com NaCl 0,15 M (100 mL). O extrato obtido foi avaliado quanto ao efeito sobre ovos, larvas, pupas e adultos de P. xylostella. Adicionalmente, flores de M. oleifera foram homogeneizadas com água destilada e o extrato obtido foi investigado quanto ao efeito sobre S. zeamais adultos. O extrato de folhas de S. terebinthifolia causou mortalidade das larvas com valores de CL50 de 144,9 [127,3170,6] e 117,4 [88,7146,2] mg/mL para 96 e 144 h, respectivamente. O Tempo médio para dizimar 50% dos indivíduos (RT50) variou de 6,9 a 6,1 dias para o extrato nas concentrações de 50 a 150 % (mg/Ml). O extrato de folhas (150 mg/mL) também reduziu a viabilidade das pupas em 50% e apresentou efeito deterrente de oviposição. Os índices de deterrência foram 63,42% e 77% para o extrato a 20 e 50 mg/mL, respectivamente, após 24 h de tratamento. O extrato de folhas não afetou a eclodibilidade dos ovos de P. xylostella. Uma lectina (SteLL) foi isolada do extrato de folhas utilizando protocolo previamente estabelecido, contudo esta não foi tóxica para as larvas de P. xylostella. O extrato de flores de M. oleifera não promoveu mortalidade nos insetos, porém, apresentou efeito deterrente alimentar moderado nas concentrações de 0,5 a 4,5 mg/g (Índice de deterrência alimentar de 52,8% a 69%) e forte a 6,0 mg/g (Índice de deterrência alimentar de 82%). Um inibidor de tripsina isolado das flores de M. oleifera (MoFTI) por cromatografia de afinidade em coluna de tripsina-agarose causou a morte dos S. zeamais adultos, provavelmente decorrente da sua má nutrição. Adicionalmente, o extrato (6 a 0,5 mg/g) e MoFTI (3 mg/g) não foram tóxicos para sementes de milho, o que é vantajoso caso essas preparações sejam empregadas para proteção de grãos armazenados. Em conclusão, o extrato de folhas de S. terebinthifolia e o extrato de flores de M. oleifera representam novos biomateriais com potencial para controle populacional dos insetos-praga S. zeamais e P. xylostella, respectivamente.
Plutella xylostella (Diamondback moth) and Sitophilus zeamais (maize weevil) are economically important insects that affect brassica plants and stored grains, respectively. Plant extracts have been the subject of studies on their insecticidal properties. The present work studies the insecticide potential of preparations from Schinus terebinthifolia (Brazilian pepper-tree) leaves against P. xylostella and from Moringa oleifera (Drumstick Tree) against S. zeamais adults. S. terebinthifolia leaves (10 g) were air dried and homogenized with 0.15 M NaCl (100 mL). The resulting extract was evaluated for the effect on P. xylostella eggs, larvae, pupae and adults. M. oleifera flowers (50 g) were homogenized with distilled water (100 mL) and the extract was investigated for their effect on S. zeamais adults. The S. terebinthifolia leaf extract caused larval mortality with LC50 values of 144.9 [127.3-170.6] and 117.4 [88.7-146.2] mg / mL for 96 and 144 h, respectively. The average time to decimate 50% (RT50) ranged from 6.9 to 6.1 days for the leaf extract from 50 to 150% (mg / ml). The leaf extract (150 mg / mL) also reduces pupae viability by 50% and has a determining effect on oviposition. The oviposition deterrent index was 63.42% and 77% for extract at 20 and 50 mg / mL, respectively, after 24 h of treatment. Leaf extract did not affect hatchability of P. xylostella eggs. A lectin (SteLL) was isolated from leaf extract using an established protocol, but its was not toxic to P. xylostella larvae. Flower extract does not promote insect mortality, however, it shows a moderate dietary determinant effect in the 0.5 to 4.5 mg/g (52.8% to 69%) and a strong 6.0 mg/g (82% food dissociation). A trypsin inhibitor isolated from the flowers of M. oleifera (MoFTI) in trypsin-agarose column by affinity chromatography caused the death of adult S. zeamais, probably due to their malnutrition. Additionally, the extract (6 a 0.5 mg/g) and MoFTI (3 mg/g) were not toxic for corn seeds, which is advantageous if these preparations are used to protect stored grains. In conclusion, S. terebintifolia leaf extract and M. oleifera flower extract represents new biomaterials with potential for population control of S. zeamais and P. xylostella.
Biblioteca responsável: BR68.1