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Transmissão do vírus da leprose dos citros por Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) para plantas associadas a pomares cítricos

Nunes, Maria Andréia.
Jaboticabal; s.n; 18/12/2007. 68 p.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-4411

Resumo

Este trabalho teve como objetivo investigar a possibilidade de plantas utilizadas como cercas-vivas e quebra-ventos, bem como plantas invasoras comuns em pomares cítricos, hospedarem o Citrus leprosis virus, cytoplasmic type (CiLV-C) e servirem de inóculo para os citros. Em casa-de-vegetação, ácaros provenientes de uma criação-estoque sobre frutos de laranja Pêra, com sintomas de leprose, foram transferidos para folhas isoladas por barreira adesiva de: hibisco (Hibiscus rosa-sinensis L.), malvavisco (Malvaviscus arboreus Cav.), grevílea (Grevilea robusta A. Cunn.), urucum (Bixa orellana L.), trapoeraba (Commelina benghalensis L.) e laranja [Citrus sinensis (L.) (Osbeck)]. Após 90 dias da infestação, os ácaros descendentes foram transferidos para mudas de laranja ?Natal?. Amostras de tecidos das plantas testes se mostraram positivos para todas as plantas inoculadas com ácaros virulíferos por análise de RT-PCR utilizando-se de ?primers? específicos para detecção do CiLV-C e foram verificadas a presença de partículas virais em hibisco, laranja, malvavisco, e trapoeraba em análise de Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Em campo, laranja, malvavisco, grevílea e sansão-do-campo foram plantados próximos a plantas-teste de laranja e infestados com ácaros virulíferos. Essas espécies foram avaliadas quanto à presença de ácaros, à incidência e à severidade da doença. Foi possível observar que a incidência e a severidade da leprose foram maiores nas plantas de laranja que estavam próximas às laranjeiras infestadas, seguidas daquelas próximas a malvavisco e sansão-do-campo, que diferiram estatisticamente de grevílea. Estes resultados indicam que as plantas analisadas podem ser importantes na epidemiologia da doença
The objective of this work was to investigate the possibility that hedgerows, windbreaks, and weeds normally found in citrus orchards could host Citrus leprosis virus, cytoplasmic type (CiLV-C), serving as its source of inoculum. In greenhouse, mites reared onto sweet orange fruits var. ?Pêra? symptomatic for leprosis were transferred to leaves, isolated by adhesive barrier, of Hibiscus rosasinensis, Malvaviscus arboreus, Grevilea robusta, Bixa orellana, Commelina benghalensis and Citrus sinensis. After 90 days of infestation, the descendant mites were transferred to Natal sweet orange plants to verify the transferability of the virus back to citrus. Non-viruliferous mites, which had no feed access to diseased tissue, were used as control. Localized lesions (chlorotic or necrotic spots, ringspots) developed in almost all tested plants. Tissue samples of plants infested with viruliferous and non-viruliferous mites were submitted to RT-PCR with specific primers to CiLV-C. Transmission electron microscopy analyses detected the presence of viral inclusions in C. benghalensis H. rosa-sinensis, M. arboreus, and C. sinensis. In experimental groves, C. sinensis, G. robusta, M. arboreus and Mimosa caesalpinaefolia were planted and infested with viruliferous mites around citrus plants. There was a clear variation in leprosis incidence and severity observed in sweet orange plants depending on the alternative host cultivated beside them. The higher intensity of the disease was observed in sweet orange plants that were close to C. sinensis, followed by those close to M. arboreus and Mimosa caesalpinaefolia. The intensity of leprosis in sweet oranges planted near G. robusta was significantly lower than in those cultivated close to the other hosts. These results suggest that the alternative hosts tested can play a role in the epidemiology of the disease, serving as sources of inoculum of the virus
Biblioteca responsável: BR68.1