Tratamento alcalino e térmico no subproduto do cacau para alimentação de ruminantes

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a cinética de fermentação ruminal da casca de cacau tratada com os agentes alcalinos e térmicos utilizando-se a técnica in vitro semiautomática de produção de gases. Amostras de casca de cacau foram submetidas aos métodos de tratamento alcalino (efeitos de fonte e dose) e térmico (efeito do tempo de exposição), assim distribuídos controle; tratamento alcalino com hidróxido de cálcio Ca(OH)2, diluído em água, nas doses de 15,0, 30,0 e 45,0 g/kg de CC, base da matéria natural; tratamento alcalino com óxido de cálcio - CaO, diluído em água, nas doses de 15,0, 30,0 45,0 g/kg de CC, base da matéria natural; e tratamento térmico em autoclave com pressão de 1,23 kg/cm (15 psi) e temperatura de 123º C durante 30, 60 e 90 minutos. As incubações in vitro pela técnica semi-automática de produção de gases foram conduzidas conforme descrito por Santos et al. (2010), A pressão (psi = pressão por polegada quadrada) foi aferida nos tempos 1, 2, 3, 4, 6, 8,10, 12, 14, 17, 20, 24, 28, 36, 48, 60, 72, 84, 96, 108,120 horas após a incubação. A taxa de degradação (kd) e o volume final dos gases(VF) dos CNF se comportaram negativamente a inclusão de Ca(OH)2 e CaO, entretanto, para os carboidratos fibrosos estes parâmetros se comportaram positivamente com a inclusão dos agentes alcalinos. Para cada porcentual de Ca(OH)2 estima-se um acréscimo de 5,74% no VF dos carboidratos fibrosos (CF). Para o CaO, estima-se que o nível de 2,9%, promova maior aproveitamento dos carboidratos da casca de cacau. Quando submetida a pressão e temperatura, a casca de cacau piorou todos os parâmetros estimados. Para cada minuto de exposição ao calor, diminui 0,4% no volume final total dos gases (VFT)