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ALTERAÇÕES MORFO-FISIOLÓGICAS EM Biomphalaria glabrata SAY, 1818 (PULMONATA, PLANORBIDAE) POR INFECÇÃO EXPERIMENTAL DE Echinostoma paraensei LIE & BASCH, 1967 (TREMATODA, ECHINOSTOMATIDAE)

Alves, Victor Menezes Tunholi.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-494

Resumo

Com ciclo biológico complexo, os parasitos pertencentes ao gênero Echinostoma, caracterizam-se por apresentar o hábitat restrito à luz intestinal dos hospedeiros definitivos, na qual se destacam as aves aquáticas, mamíferos, incluindo o homem, e ocasionalmente algumas espécies de répteis e peixes. Possuem como primeiro hospedeiro intermediário moluscos límnicos, onde os miracídios penetram ativamente e desenvolvem até as fases de cercárias e crustáceos, anfíbios, peixes e moluscos límnicos como segundo hospedeiro intermediário onde ocorre a formação de metacercárias, fase infectante ao hospedeiro definitivo. Neste estudo, Biomphalaria glabrata foi infectada com diferentes doses miracidiais (5 ou 50) de E. paraensei e após uma, duas, três e quatro semanas de infecção os moluscos foram dissecados para a coleta da hemolinfa, conchas e tecidos (complexo gônadaglândula digestiva- GGD). Observou-se a oviposição dos moluscos. Na hemolinfa foram dosadas proteínas totais, uréia, ácido úrico, cálcio, colesterol e triacilglicerol, bem como as atividades das transaminases (ALT e AST). Nos tecidos foram mensurados os conteúdos de lipídeos neutros (ácidos graxos, triacilglecerol, colesterol e colesterol esterificado) e nas conchas, quantificados os conteúdos de carbonato de cálcio (CaCO3). Diferenças significativas foram observadas no estado bioenergético dos moluscos infectados com ambas as doses miracidiais em relação ao grupo controle (não-infectado), provavelmente em consequência da intensa formação de aminoácidos gliconeogênicos a partir do catabolismo protéico em resposta ao estresse gerado pelo parasitismo. O aumento da calcemia pode ser justificado devido ao alto consumo energético nos moluscos infectados, onde o metabolismo anaeróbico pode estar mais ativo culminando com o acúmulo de ácidos orgânicos que diminuem o pH da hemolinfa. Simultaneamente, acentuados decréscimos dos conteúdos de cálcio nas conchas foram constatados em B. glabrata infectadas por ambas as doses miracidiais (5 e 50) de E. paraensei, o que coincidiu com o pico da calcemia nestes mesmos organismos. Diminuições no conteúdo de proteínas totais na hemolinfa dos organismos infectados foram observadas, relacionando-se com o provável aumento das vias gliconeogênicas. Este consumo protéico é confirmado pelo aumento das atividades das transaminases (ALT e AST), efeito também decorrente ao aparecimento de rédias no molusco, bem como, ratificado pelo acúmulo de ácido úrico e uréia. Aumentos significativos na oviposição também foram evidenciados. Em adição, a significativa alteração no perfil lipídico dos moluscos infectados indica intensa utilização desse substrato tanto pelo hospedeiro intermediário quanto pelo parasito, sugerindo sua provável participação no metabolismo energético e estrutural. Os resultados observados neste estudo indicam que a infecção com cinco ou 50 miracídios de E. paraensei provocou consideráveis alterações metabólicas em B. glabrata, sendo que os moluscos expostos a maior carga miracidial apresentaram os maiores danos, caracterizando uma resposta dose-dependente
Biblioteca responsável: BR68.1