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Protocolos terapêuticos no tratamento da erliquiose monocitica canina

Azevedo, Felipe Delorme.
Seropédica; s.n; 01/03/2012. 85 p.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-531

Resumo

A bactéria Ehrlichia canis acomete principalmente os cães, no entanto, pode infectar o homem. Nos cães é causador da erliquiose monocítica canina, uma hemoparasitose muito comum na prática veterinária, que pode ocorrer de forma aguda, subclínica ou crônica, determinando manifestações clínicas diversas. A fase crônica da doença, comumente leva o animal ao óbito. É transmitida pelo carrapato vetor, Rhipicephalus sanguineus e coinfecções com outros hemoparasitos são comumente observadas. No Brasil, a erliquiose monocítica canina é a mais frequente hemoparasitose riquetsial, no entanto, a trombocitopenia cíclica canina (Anaplasma platys) e, mais recentemente, a anaplasmose granulocítica canina (Anaplasma phagocitophilum) têm sido comumente relatadas. A terapêutica destas enfermidades se faz com o uso de antibióticos, sendo a doxiciclina o fármaco de eleição. No Brasil, seu uso é comumente realizado duas vezes ao dia, durante 21 dias, na dose de 10mg/kg, o que demanda tempo e dedicação por parte dos proprietários. Portanto, o regime de administração do medicamento a cada 12 horas, por vezes, é um fator complicador. Sendo assim, diferentes protocolos terapêuticos foram avaliados neste trabalho, a fim de estabelecer protocolos que pudessem facilitar o tratamento dos animais. Um total de 51 cães, naturalmente infectados por E. canis, sendo 18 com coinfecção por A. platys, confirmados por exames moleculares de reação em cadeia da polimerase (PCR) foram submetidos a cinco regimes terapêuticos distintos: azitromicina 10 mg/kg via oral (VO) SID por 28 dias; enrofloxacino 10 mg/kg VO SID por 28 dias; dipropionato de imidocarb 5mg/kg SC 2 aplicações com intervalo de 14 dias; doxiciclina 20mg/kg VO SID por 28 dias e oxitetraciclina LA 20mg/kg IM 4 vezes com intervalos de 7 dias. Os animais foram monitorados semanalmente por meio de exames de sangue completos. Amostras de sangue periférico foram submetidas a PCR depois do tratamento. Os achados laboratoriais significativamente importantes no curso desta enfermidade foram anemia, trombocitopenia e leucopenia. Os mesmos foram excelentes parâmetros na avaliação da resposta ao tratamento, pois estes se encontravam abaixo da normalidade em decorrência da doença e após o tratamento voltaram aos valores de referência de forma significativa (p?0,05). A eficácia do tratamento com doxiciclina (20mg/Kg VO SID por 28 dias) e com oxitetraciclina de longa ação (LA) (20mg/Kg IM a cada 7 dias por 28 dias) foi comprovada através de ensaios de PCR, associados a normalização dos parâmetros hematológicos. Entretanto, os resultados evidenciaram uma falha na tentativa de tratar os animais com enrofloxacino, azitromicina e dipropionato de imidocarb, num regime de sete dias. Elevações significativas nos valores da alanina aminotransferase (ALT) e da ureia nos animais tratados com oxitetraciclina podem indicar a toxidade deste fármaco para os cães a longo prazo. Portanto concluiu-se que a doxiciclina e a oxitetraciclina LA foram eficazes no tratamento da erliquiose monocítica canina, bem como no tratamento da trombocitopenia cíclica infecciosa canina(AU)
Biblioteca responsável: BR68.1
Localização: BR68.1