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Estratégias de sincronização de onda folicular com o benzoato de estradiol em fêmeas da Raça Gir (Bos taurus indicus)

Pinheiro, Leticia Del Penho Sinedino.
Niterói; s.n; 01/05/2012. 76 p.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-602

Resumo

O presente estudo comparou a redução da dose usual de 2 mg de benzoato de estradiol (BE) para 1 mg, visando a sincronização da emergência de onda folicular em fêmeas bovinas da raça Gir (Bos taurus indicus) no início de protocolo de IATF. Em uma segunda etapa, avaliou-se o efeito da administração do BE sobre o desenvolvimento dos folículos em momentos distintos do ciclo estral: nas fases de pré-desvio e dominância folicular. O experimento foi realizado na Fazenda Monte Verde, em Uberaba, MG. Vinte e duas fêmeas Gir (n=10 novilhas e n=12 vacas não lactantes) foram submetidas a protocolo de sincronização de estro com dispositivo intravaginal de progesterona (P4) e receberam 1 (G1mg, n=11) ou 2 mg de BE (G2mg, n=11), em dia ao acaso do ciclo estral considerado dia zero (D0). Foi realizado acompanhamento diário da dinâmica folicular ovariana por ultrassonografia (US), de D0 a D4, concomitantemente com coletas de sangue. Em D8, retirou-se o dispositivo e administrou-se 0,25 mg de cloprostenol sódico. Em D9 foram aplicados 0,01 mg de acetato de buserelina como indutor de ovulação e acompanhada a dinâmica folicular diariamente, até a ovulação. Na segunda etapa, fêmeas que ovularam foram divididas ao acaso em dois grupos, e receberam 2 mg de BE no dia três (GD3, n=4) e no dia cinco (GD5, n=4) após a ovulação. Seguido a esses tratamentos, o desenvolvimento folicular foi acompanhado por US por seis dias, concomitantemente com coletas de sangue. A dose de 2 mg de benzoato de estradiol (G2mg) foi eficaz em induzir atresia folicular em 90,9% (10/11) dos animais, independentemente da categoria animal e do estádio folicular. Apesar de ter sido observada regressão folicular em todos os animais tratados com 1 mg de BE (G1mg), esta não apresentou redução no diâmetro folicular suficiente (P>0,05). Foi observada, de D0 a D4, a emergência de nova onda folicular em 63,63% (7/11) das fêmeas do G1mg e em 45,45% (5/11) do G2mg, com média do intervalo entre o tratamento e a emergência folicular de 3,4±0,8 e 3,0±1,0 dias (P>0,05), respectivamente. A concentração plasmática de P4 dos 22 animais do experimento aumentou de 2,1±2,0 ng/mL para 7,6±3,0 ng/mL 24 h após a inserção do dispositivo (P<0,05), apresentando pico (8,0±3,0 ng/mL) 48 h após o início do tratamento, caindo para 6,4±2,5 ng/mL com 72 h, e manteve-se constante até 96 h. Visando a ovulação para a segunda etapa, cinco vacas e uma novilha (6/11; G1mg) e quatro vacas (4/11; G2mg), ovularam. As novilhas tiveram um desempenho muito inferior ao das vacas, com taxa de ovulação de 10% (1/10) contra 75% (9/12). Os diâmetros médios dos folículos pré-ovulatórios foram de 10,8±1,2 mm (G1mg) e 10,0±1,2 mm (G2mg), P>0,05. O BE administrado na fase de pré-desvio (GD3) provocou atresia folicular (2,0±1,4 dias) e emergência de nova onda folicular (3,7±0,1 dias) em 100% (4/4) dos animais. Já na fase de dominância (GD5), o BE não foi capaz de sincronizar a onda folicular e os folículos persistiram durante o acompanhamento por US. Além disso, o BE administrado na dominância causou luteólise precoce em 50% dos animais tratados (2/4). Conclui-se que a redução da dose de 2 mg para 1 mg de benzoato de estradiol, associada à progesterona, não propiciou melhora na sincronização de onda folicular em novilhas e vacas não lactantes da raça Gir. Para promover sincronização de onda folicular em qualquer estádio do ciclo estral o benzoato de estradiol deve ser utilizado em associação à fonte de progesterona exógena.(AU)
Biblioteca responsável: BR68.1
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