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Análise dos efeitos da fração de alcalóides totas extraida das vagens de Prosopis juliflora Sw.D.C. (Algaroba) sobre células gliais do sistema nervoso central

Hughes, Juliana Bentes.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-6356

Resumo

A Prosopis juliflora é amplamente utilizada na alimentação humana e de várias espécies animais, especialmente bovinos. Quadros de intoxicação por esta planta, nesta espécie, têm sido relatados, principalmente quando a mesma é oferecida como única fonte alimentar, desencadeando uma doença de sintomatologia nervosa. Neste estudo, objetivou-se avaliar os efeitos in vitro da fração de alcalóides totais (FAT) extraída das vagens da Prosopis juliflora utilizando modelos de cultura primária de astrócitos obtidos do córtex cerebral de ratos e de células gliais transformadas da linhagem GL-15, derivada de um glioblastoma multiforme humano. Concentrações entre 0,03 a 30 µg/ml da FAT foram avaliadas no período de 24 e 72 h. Em astrócitos, o teste do MTT não mostrou toxicidade da FAT após 24 h de exposição em concentrações até 3 µg/ml. Após 72 h, a FAT também não apresentou toxicidade, podendo-se observar um aumento da atividade das desidrogenases mitocondriais nas concentrações entre 0,3 e 3 µg/ml. Nestas concentrações foi observado aumento na permeabilidade da membrana após 72 h de exposição à FAT, quando avaliada através da coloração com o corante de exclusão Azul de Tripan. Nas células GL-15, o teste do MTT e a atividade da LDH mostraram uma citotoxicidade dose-dependente do composto em concentrações a partir de 0,3 µg/ml desde 24 h de exposição à FAT. Para estas células, após 72 h, a FAT iniciou seu efeito tóxico na concentração de 0,03 µg/ml. À concentração de 30 µg/ml a FAT foi citotóxica desde 24 h de exposição para ambos tipos celulares. Em células GL-15 foi observada uma parada do crescimento quando analisada a taxa de incorporação de [3H]-timidina em células em divisão. A taxa de incorporação de foi reduzida em cerca de 20 % após 24 h e em cerca de 38 % após 72 h em relação às condições controle. As curvas de crescimento avaliadas por Azul de Tripan mostraram uma forte redução do número de células GL-15 atingindo efeito máximo no tratamento com 30 µg/ml da FAT após 24 e 72 h. Análises por imunocitoquímica e western blotting (WB) foram realizadas para as proteínas do citoesqueleto vimentina e GFAP em ambos tipos celulares. Na imunocitoquímica avaliada em astrócitos foi observado alterações nas concentrações de 0,3 e 3 µg/ml da FAT após 72 h, concentrações nas quais as células apresentaram processos multipolares por toda a placa. Estes resultados corroboram com os obtidos por WB, nos quais observou-se uma regulação positiva da expressão de GFAP nas células tratadas com 0,3 e 3 µg/ml, após 72 h de exposição ao composto. A expressão de vimentina apresentou-se elevada, porém sem alterações significativas nas concentrações de 0,03 a 3 µg/ml. Por outro lado, na presença da mais baixa concentração (0,03 µg/ml), as células GL-15 expressaram vimentina e modificaram sua morfologia com um aumento do número de células GFAP positivas. Análises por WB demonstram que as células GL-15 expostas às mais altas concentrações (3 e 30 µg/ml) apresentaram muito pouca expressão de vimentina e GFAP. Os resultados obtidos neste estudo sugerem que os alcalóides da P. juliflora podem estar envolvidos nos efeitos neurotóxicos induzidos pela planta. Avaliações com a utilização de alcalóides purificados poderão permitir maiores esclarecimentos sobre a identificação daquele(s) mais ativo(s), possibilitando sua possível aplicação no tratamento de gliomas
Biblioteca responsável: BR68.1