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Detecção de ácido ocadaico produzido por Dinophysis spp. (Eheremberg, 1839), em mexilhões Perna perna (Linné, 1758), em situação de primavera e verão, nas ilhas Guaíba e Madeira, baía de Sepetiba, Rio de Janeiro
Thesis em Pt | VETTESES | ID: vtt-6396
Biblioteca responsável: BR68.1
RESUMO
Algumas espécies de dinoflagedos, pertencentes aos gêneros Prorocentrum e Dinophysis, podem produzir a toxina ácido ocadaico (AO). Essa ficotoxina é a principal responsável pelo Envenenamento Diarreico por Moluscos, síndrome descrita pela primeira vez em 1976, no Japão, associada à uma floração de Dinophysis fortii. Essa síndrome caracteriza-se por um quadro patológico patológico de distúrbios gastrointestinais (náuseas, vômitos, dores abdominais e diarréia), que surgem poucas horas após consumo de moluscos contaminados com doses acima de 48ug de AO/g de hepatopâncreasde molusco. O consumo regular deste, com concentrações de AO inferiores à descrita acima, expõe os consumidores humanos ao alto potencial carcinogênico da toxina AO. Essa ficotoxina foi detectada em mexilhões oriundos das ilhas Guaíba e Madeira, em coletas realizadas na primavera (2003) e no verão (2004). Para sa duas situações, as concentrações médias da toxina AO encontraram-se bem abaixo do necessário ao desencadeiamento dos sintomas gastrointestinais (Primavera 6,37ng AO/g de hepatopâncreas de molusco, para Guaíba e 14,83ng AO/g hepatopâncreas, para Madeira. Verão 24ng AO/g hepatopâncreas, para Guaíba e 23,7ng AO/g hepatopâncreas, para Madeira). Esses valores alertam para o perigo dos efeitos crônicos do AO em consumidores regulares de moluscos extraídos das ilhas Guaíba e Madeira.As amostras foram analisadas através de cromatografia líquida de alta eficiência, com detecção por fluorescência, derivadas com trietilamina a 30%. A análise qualitativa do fitoplâncton revelou a presença de cinco espécies de dinoflagelados pertencentes ao gênero Dinophysis ( D. acuminata, D. caudata, D tripos, D. rotundata e D. forti) e de duas espécies pertencentes ao gênero Prorocentrum (P. micans e P. gracile). Dois morfotipos de Prorocentrum não puderam ser identificados até o nível de espécie e foram tipados. Todas as espécies de interesse estiveram presentes em abundâncias relativas muito baixas menos de 6% da população total para cada espécies de Prorocentrum, exceto P. sp. 1 na ilha da Madeira no verão (12%), e menos de 1% para cada espécies de Dinophysis, exceto para D. acuminatana ilha Guaíba no verão (1,51%). Suspeita-se que o AO detectado tenha sido por Dinophysis spp., pois quatro das espéices identificadas são consideradas potencialmente produtoras de AO ( D. acuminata, D. caudata, D. fortii e D. rotundata), mesmo em baixas densidades, caracterizando assim a ocorrência de um evento tóxico. Até o presente momento as espécies identificadads de Prorocentrum não são relatadas como produtoras de toxinas diarreicas. Quanto as espécies que foram apenas tipadas, mesmo que fossem toxígenas, não poderiam ser responsabilizadas, pois Prorocentrum spp. toxígenos somente são capazes de produzir toxinas em situação de floração (altas densidades populacionais). Na ilha Guaíba localizam-se os principais bancos de mexilhão utilizados para exploração comercial, que abastecem a região deo litoral sul do estado do Rio de Janeiro, conhecida como Costa Verde (entre os Municípios de Itaguaí e Mangaratiba). A detecção do ácido ocadaico nessa região deve servir de alerta quanto a necessida de proteger a saú pública através de monitoramento da sanidade destes moluscos
Palavras-chave
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Base de dados: VETTESES Idioma: Pt Ano de publicação: 2004 Tipo de documento: Thesis
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Base de dados: VETTESES Idioma: Pt Ano de publicação: 2004 Tipo de documento: Thesis