Influencia da irrigaçao sobre a disponibilidade, consumo, digestibilidade e composição química das forrageiras tropicais, Panicum maximum cv. Mombaça e Pennisetum purpureum cv. Napier

RESUMO

PALIERAQUI, Jorge Gilherme Bergottini, M.S; Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro; março de 2004; Influência da irrigação sobre a disponibilidade, composição química, digestibilidade e consumo das forrageiras tropicais, Panicum maximum cv. Mombaça e Pennisetum purpureum cv. Napier. Professor Orientador Carlos Augusto de Alencar Fontes. A pesquisa teve o objetivo de estudar a influencia da irrigação sobre a produção de biomassa e valor nutritivo das forrageiras Panicum maximum, Jacq. cv. Mombaça, e Pennisetum purpureum, Schum. cv. Napier. Foi conduzida no Núcleo de Pesquisa de Zootecnia do LZNA/CCTA/UENF anexo ao Colégio Agrícola Antonio Sarlo, em Campos dos Goytacazes, RJ, no período de junho a novembro de 2002. Envolveu quatro tratamentos, constituídos pelas combinações de dois níveis de irrigação (com e sem irrigação) e duas espécies forrageiras. Na irrigação foram adotados turnos de rega de sete dias. O volume mensal de água aplicado foi o suficiente para repor a Evapotranspiração de referencia, média histórica, de um período de dez anos, deduzindo-se o volume de precipitação pluviométrica. O delineamento experimental foi o de blocos completos casualizados, com parcelas subclasse. As forrageiras foram avaliadas sob pastejo rotacional, com período de ocupação de quatro dias e de descanso de 32 dias, utilizando-se novilhos F1 europeu-zebu, com peso vivo inicial médio de 260kg, e carga animal variável (put and take), mantendo-se a pressão de pastejo de 4 kg de matéria seca foliar por 100 kg de peso vivo. Foram avaliadas as disponibilidades de matéria seca total (MST), matéria seca verde (MSV) e matéria seca foliar (MSF) e composição bromatológica das forragens, digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) da extrusa nos quatro dias sucessivos de ocupação do piquete. Na determinação da disponibilidade de forragem, foi utilizado um quadro metálico de 1 m de lado, com um dos lados aberto, retirando-se 24 amostras por hectare. O consumo de forragem dos novilhos foi estimado duas vezes, utilizando-se o método de produção fecal/indigestibilidade. A produção fecal diária foi estimada utilizando-se o indicador óxido crômico (Cr2O3 ). Foi verificada maior disponibilidade (P?0.05) de MST e MSV no capim Napier (5.237 e 4.845kg/há, por ciclo de patejo) que no Mombaça (1.902 e 1.902 kg/ha), ocorrendo o mesmo para o tratamento irrigado, em relação ao não irrigado. As forrageiras não diferiram (P?0.05) quanto à disponibilidade de matéria seca foliar. A irrigação trouxe aumento (P?0.05) na disponibilidade de MSF. Houve diferença (P?0.01) nos teores de matéria seca (MS) entre as forrageiras, tendo o Mombaça apresentando teor mais elevado. Verificou-se maior teor nas amostras de laminas foliares que na extrusa (P?0.01). As forrageiras não diferiaram (P?0.05) quanto aos teores de proteína bruta (PB), matéria orgânica (MO), matéria mineral (MM), fibra detergente neutro (FDN) e fibra de ácido (FDA), na MS, são sendo igualmente afetados pela irrigação (P?0.05). Os teores médio de PB foram de 13,18% e 11,32% para os capins Mombaça e Napier, respectivamente. Foi observada maior DIVMS no capim Mombaça que no capim Napier. A análise de regressão indicou efeito linear por dia de pastejo, dentro de período de ocupação (P?0.01), sobre a DIVMS e dos teores de PB, FDN e FDA da extrusa, havendo decréscimo da DIVMS e dos teores de FDN e FDA, do primeiro para o quarto dia de ocupaçao dos piquetes. Os valores de consumo médio total, por 100 kg d